Oh! coração.
Oh! mestre dos sentimentos humanos,
dá-me o antídoto da sonolência,
que de paz e benevolência,
faça pasmo o siso meu.
Mestre da vida que és,
e diante do elogio que ora ensaio,
desejarás fazer num só raio,
engendrar-me no apogeu.
Quando palpitas sei que estudas,
e se bates sei que aprendes, mas,
é com seu descompasso que me ensinas.
Ora já cativo de meu galanteio,
e que és pertence do meu pensar,
não hesites em atender minh’alma,
que te exige palpitar, bater e descompassar.
Oh ! maestro dos meus sentidos,
me perdoa este jeito todo atrevido,
mas a força que me explode no peito,
só deseja aprender amar.
AdeGa/86
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