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Poesias-->Boas coisas más -- 07/01/2002 - 13:14 (Ademir Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Estou espiando pela fresta,

bem por onde se me permite a vida.



Pela fresta que tenho,

olhar lá fora,

onde a vida se namora,

o sol cruza as nuvens,

e o riacho se afoga no mar.



Onde a chuva vem lamber as folhas,

sei que me permite ainda,

a vida espiar pela fresta da noite,

onde a serpente engole a presa,

e de frio o enfermo só faz gemer.



Onde a sirene põe alerta o ladrão,

e cochila o ébrio sobre a mesa,

espio enquanto se me permite,

que a serra faz chorar a madeira,

e o fogo apaga o lamento da lenha.



O fogo dissipa o choro e a lenha,

e lança cinzas aos olhos da lua,

mais ainda me permite a vida,

ver em vão a ave procurar migalhas,

e a corte já não reverencia o rei.



A rainha mulher do dia quer ficar nua,

e ao gato novo queima o zinco,

e muito mais me foi permitido,

que espiar pela fresta da vida,

enquanto a vida me puder espiar.



AdeGa/98

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