Consolai-me,
dançante chama,
com a astúcia de que vos faz vergar o vento,
sem contudo,
dobrar-vos ao fim do lume.
Dai-me bravura,
que no ímpeto de aprendiz,
em que o braço se faz manso ao mandarim,
estarei a postos,
defronte aos contendores.
Estarei a copiar-vos,
assim nos vendavais até,
quando ensejais a escuridão por ensinamento,
e num instante mais,
vindes oferecer a luminosidade.
Discípulo e amante,
acaso vos perder em tempestade,
haverei de lançar fagulhas da própria alma,
para resgatar-vos a luz,
e distribuir-vos para a humanidade.
AdeGa/2001
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