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Humor-->Aos Delegados de Polícia -- 18/01/2000 - 20:01 (Luiz Torres da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A O S D E L E G A D O S D E P O L Í C I A

( O f i m d o s M a c h õ e s )


Um dos meus prediletos passeios em Brasília é velejar, em noite de lua cheia, no Lago Paranoá, mormente no percurso entre o Palácio da Alvorada e a Prainha .É uma das oportunidades para gostosos papos com amigos e, normalmente, alguns visitantes recomendados. O papo supera a música, o karaokê e até o chimarrão ou o cafezinho, que nunca faltam.
Num desses passeios tive a oportunidade de ouvir de um Delegado de Polícia, parente de um dos amigos, histórias sobre o dia a dia nas delegacias e os problemas humanos que por elas passam, levando-nos a deduzir que o clima prevalente normalmente é pesado, pouco permitindo instantes amenos. Um desses, entretanto, ocorreu com o narrador, em noite de plantão. Sua delegacia era localizada junto a uma favela famosa – daquelas que permanentemente estão suprindo de manchetes os meios de comunicação. Disse ele que naquela noite – surpreendentemente calma, a patrulha trouxe um detido, acusado de perturbar a ordem num botequim. Ao lhe ser apresentado o prisioneiro verificou que se tratava de um Gay já mais maduro do que o normal e que, por seu tempo na ativa, sentia-se à vontade para assumir lideranças e “botar a boca na corneta”- expressão popular bastante conhecida. Por isso falava alto e o que bem entendia.
Quando o Delegado quis saber o porque de sua atitude no botequim, fato que originara a detenção, foi bem claro e disse que alguns “machinhos” o provocaram e, “sabe como é” não pensara duas vezes. Jogou cerveja em todos eles e, quebrando a garrafa ,provocara-os para um “tira-teima”- porque adorava briga.
Tentando amenizar a situação o Delegado achou por bem fazer análise de seu procedimento e aconselhá-lo a ser menos agressivo. Foi interrompido pelo gay que, com seus gestos bastante exagerados lhe retrucou: “ pode deixar de psicologia comigo, não preciso dela nem dos conselhos que a acompanham. Sei bem, disse, o que representa sentar nessa cadeira e aturar tudo o que aqui acontece. Seria bem mais fácil acabar a perturbação. E como o senhor é tranqüilo e educado, vou lhe fornecer a fórmula. Como sabe e todos sabemos, o problema das favelas é a proliferação de machões. A luta pelo domínio do espaço é fonte para surgirem pretendentes e. com eles, as confusões das drogas finas e da maconha. A conquista do poder e do espaço é fascínio e obsessão. Daí os tiroteios constantes e vítimas inocentes. Isso tudo, continuou ele, porque vocês Delegados são os bobos da corte dos governos, que pouco se preocupam com a segurança, as condições de trabalho dos policiais, o espaço físico e superlotação, e da própria população. Sabe como poderia acabar com tantos casos policiais? Muito simples. Montando uma cela Motel e lá colocar os machões notáveis e pretensiosos, eventualmente presos. Ali aguardaria a visita da “equipe” que executaria a “missão”! Dois ou quatro para segurar o homem e outro para completar o “serviço”. O prêmio para a equipe seria afrouxar sua detenção, mas secretamente cadastrando-os para não retornarem detidos, sob pena de passar pelo Motel. E concluiu sua tese, com ar de doutor, perguntando: Ó doutor já imaginou “chefão” desmunhecado? Já imaginou que uma simples passagem pela Delegacia seria suficiente para levantar dúvidas? Asseguro-lhe que as celas iriam criar teias de aranha nas paredes por falta de “clientes”. Os machões da zona mudariam de território, seguramente.
Ao lembrar a história acima relatada – naturalmente mais anotada por seu lado cômico, não deixei de encontrar alguma lógica e coerência na sugestão oferecida ao meu convidado, por considerá-la procedente. Daria para imaginar um MACHÃO “DESMUNHECANDO”? Cabe filosofar,não? A O S D E L E G A D O S D E P O L Í C I A





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