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Artigos-->Historinha Bonitinha -- 08/04/2000 - 01:12 (Fernando Antônio Gonçalves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A querida Maria Gildina de Santana Roriz, uma amiga notável de Goiânia, advogada de primeira qualidade e integrante dos quadros mais representativos da elite intelectual daquela capital, vez por outra me envia umas cartas contendo narrações encantadoras. De uma delas, extraí a história abaixo, acrescentando alguns retoques, deixando-a mais condizente com a nossa cultura regional. Ei-la:

“A cada meio-dia, um pobre velho sertanejo entrava na Matriz, situada na praça principal da cidade, saindo rapidamente poucos segundos depois. Suas idas e vindas despertaram a atenção de um fuxicoso sacristão, que um dia, sem muito lero-lero, perguntou-lhe de supetão, à saída do templo:

- O que danado você vem fazer aqui na igreja, meu bom velho, entrando e saindo tão rapidamente, todos os dias?

- Venho rezar, respondeu o velhinho, sem pestanejar.

- Mas é muito estranha essa forma sua de rezar, retrucou o xeleléu do pároco. Não acredito que você reze tão rapidamente assim, me parecendo que você está de olho é naquelas pratarias que se encontram em cima do altar principal da matriz e que custam um dinheirão.

- É muito fácil de explicar, amigo. Na verdade, eu não sei recitar aquelas orações compridonas, que se encontram nos livros bem encadernados dos bem situados. Por isso, todo santo dia, eu entro na igreja e só digo "Oi, Jesus, é o Zé". E num minuto já estou de saída, voltando para a minha carrocinha de vender mariola. É só uma frase bem curtinha, mas tenho certeza que Ele me escuta.

Alguns dias depois, o velho Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital beneficente. Na enfermaria, durante a sua permanência, passou a exercer uma grande influência sobre todos, conquistando-os pela sua simpatia e imensa fidelidade aos ensinamentos do Homem de Nazaré. Os doentes mais acabrunhados tornaram-se bem mais alegres e muitas risadas foram ouvidas, transformando o ambiente triste de quase toda enfermaria num local onde uma fraternidade sem pieguismos grassava por todos os recantos.

- Zé, disse-lhe a irmã mais nova, quando da visita semanal, os outros doentes estão dizendo que foi você quem mudou tudo, aqui na enfermaria. Eles dizem que você está sempre muito alegre e de bem com a Vida.

- Verdade verdadeira, maninha. Estou sempre muito alegre. É por causa de uma visita que recebo todo finzinho de manhã. E ela me faz muito feliz, me deixando sempre com uma vontade danada de quero-mais.

A irmã ficou curiosa, ansiosa para saber quem seria a tal visita, a tal que deixava o seu irmão em tão alto astral. Já tinha até notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia, embora muito bem limpa. O Zé era um velho solitário, sem ninguém, há muito tempo viúvo sem filhos.

- Que visita importante é essa, Zé? A que horas ela vem ?

- Ela vem todos os dias, mana, respondeu Zé, com um brilho diferente nos olhos. Todos os dias, sempre no finzinho da manhã, por volta do meio dia, ela chega de mansinho, fica em pé perto da cama e do meu rosto, passa a mão nos meus cabelos, sorri pra mim e diz de um jeito bem maneiro:

- Oi, Zé. É Jesus. Tás melhor?

- E eu respondo que tou sempre ótimo, sentindo-me feliz, bem pertinho d’ELE”.

PS. Para o meu muito querido irmão Hélder Câmara, igualzinho ao Zé, que está mostrando ao mundo, pela Internet – http://www.domhelder.com.br - a melhor maneira de receber uma visita d’ELE.

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