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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->UMA REPÚBLICA A BRASILEIRA -- 20/06/2002 - 10:25 (LUIZ CARLOS LOCATELLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Obs. O Texto a seguir é o primeiro episódio de uma série para TV. Os outros episódios serão escritos caso alguém se interessa em produzir.
Obrigado, o autor.

UMA REPÚBLICA A BRASILEIRA


PERSONAGENS:

Núcleo 1: Os Faz Tudo: (Jovens)

Túlio: ( O Fanta) – Fantasma amigo.
Tico: ( O Físico Inventor)
Mila: ( A Tri-atleta, Líder do grupo)
Sara: ( A bailarina )

Núcleo 2: O Escritório:

Heron Fernandes. (escritor em decadência)
Armandão: O Detetive, Esquecido, surdo.
Matilde: A boneca. Secretária. Insinuosa.

Núcleo 3: As donas. ( que ninguém se esqueçam )

Gina: A Irmã Gorda. Feia. Invejosa. Mesquinha.
Soraya: A irmã magra. Bonita. Bondosa.

Núcleo 4: As Problemáticas. E o problemático.

Sula: Trabalha num Hospício. (leva para casa)
Zeca: O Revoltado. (drogas, segredos, etc. )
Judite: A burra. Só fala bobagens.
Kátia: Mística. Acredita em tudo.

Núcleo 5: O Músico. (50 anos.)

Victor: (coroa legal, músico, toca e canta.)

Obs. O escritor, só entra na Segunda História.


PRIMEIRO EPISÓDIO.

ONDE COMEM 10, COMEM 11 OU MAIS.

Personagens: Todos os Fixos.

Convidados: (Vários figurantes, e pontas)

Chefe do Espaço para Shows.

04 jovens para a mesa de jogo.

SEQ. 01: INT./RUÍNAS/DIA. (2 M)

Uma camioneta estaciona perto de um pequeno palco.

O motorista desce, anda sempre rápido, vai até a porta e abre.

CHEFE:
Vamos descarregar esse equipamento logo. Tem normas rígidas aqui. Os portões fecham a 6.

Os técnicos começam a descarregar o equipamento, para o show a noite.

O Detetive Armandão está ao longe observando tudo. Toma nota de alguma coisa tropeça ao sair andando, esquece a caneta, depois volta pegar, parece estar perdido, mas é o jeito dele.

O chefe do local, que cuida do som, vê o detetive e se invoca.. dirige-se até ele.

CHEFE:
Ei, você?

O detetive olha para trás para ver se tem alguém.

CHEFE:
Estou falando com você mesmo.

O detetive aponta para si. Se atrapalhando, derrubando uma mesa com cadeiras.

ARMANDÃO:
Eu?

O chefe está perto dele.

CHEFE:
O que você quer aqui? Não me lembro de Ter te visto antes?




ARMANDÃO:
Há Eu só estou olhando. Legal aqui. Muito velho, paredes altas, tijolos a vista. Local perfeito para um esconderijo. Você não acha?

CHEFE:
Esconderijo de que homem, se explica? Venha comigo.

ARMANDÃO:
De bandido.

Se encaminham falando para um local de espetinhos.

Corte.

Aqui as 3 meninas e Zeca do núcleo 4, passam perto do local onde arrumam os artesanatos.

SULA:
Isso tá parecendo as celas dos doidos que eu cuido lá no manicômio.

ZECA:
Eu achei da massa cara. Aí, legal..

JUDITE:
Será que tem calcinha pra vender aqui?

KATIA:
Me identifiquei, vou procurar velas.

Saem andando. De repente Katia da um grito.

KATIA:
Zeca!....................

Zeca leva um tremendo susto e para no lugar.

ZECA:
O que foi que eu fiz?

KATIA:
Será que você não respeita a vida.! Pobre formiguinha, você tá boazinha.

Se abaixa falando com ela.

ZECA:
Cara, você fez esse forfel todo, por causa de uma formiga?



KATIA:
Não liga não, viu. Ele não sabe o que fala. (levanta-se) As formigas tem vida como a gente. Por isso temos que respeitar elas como qualquer ser vivente.

Os amigos se olham e saem andando, Katia fica.

Corte.

O chefe e o detetive conversam.

CHEFE:
Por favor, capricha num aí pra mim. Num não. Dois. Acho que você ainda não entendeu. Isso que você está vendo é um espaço cultural. Aqui as pessoas exploram suas criatividades. Como esse espetinho por exemplo.

ARMANDÃO.:
To vendo. Quem vai tocar hoje lá no palco hoje?

CHEFE:
O reconhecidíssimo Victor Paixão.

Armandão leva um grande susto ao ouvir o nome. Se engasga, perde a fala, sai andando apavorado. Trombando em tudo. Deixa a máquina fotográfica. Depois volta pegar. Está com muito medo.

O chefe sai andando para o lado do palco.

Chega perto do palco.

CHEFE:
Vamos passar o som rápido, porque o cara que vem tocar, gosta do equipamento bem regulado. Ele é bem chato com essas coisas.

Os caras fazem cara feia.

Corte.

Alguém aperta o Play. O som é passado e começa então a tocar a música do tema. (instrumental)

Corte.

SEQ. 02: INT./RUÍNAS/NOITE. (2 M)

Uma luz se ascende, e corta para Victor que toca no palco. Há muita gente assistindo.

Um grupo do Pensionato está bem na frente.

Mas atrás surge o Detetive, ele fica de longe observando.

Faz uma foto, mas se atrapalha em alguma coisa depois vai.

LOCUTOR:
Palmas para ele que ele merece, gente.

O músico reverencia agradecendo e continua tocando.

LOCUTOR:
Queremos avisar que temos barracas servindo espetinhos, ....

Corte.

Zeca está só numa mesa. Parece estar nervoso.
Olha em volta depois no relógio.
Chega um cara e deixa um envelope, ele entrega outro.
Quando ele vai abrir o envelope, chega Judite gritando.

JUDITE:
Te peguei. (ri)

Zeca leva um susto e esconde o envelope no bolso.

JUDITE:
O que você guardou ai? Me mostre.

ZECA:
Não é nada de mais. É só uma carta. I garota desencana.

JUDITE:
De uma namorada... você arrumou um namorada. Me conta. Fala como ela é?

ZECA:
Ela é feia, baixa e gorda. Há e tem a pele toda enrugada.

JUDITE:
Credo Zeca, você é tão novinho fica arrumando essas coisas.

ZECA:
A gente vai agarrando no que pode. E você porque não ficou lá perto do palco com a turma, Brother?

JUDITE:
Cansei daquele Rock In Roll. Tá muito meloso.

ZECA:
Aquilo é instrumental meloso. são músicas , para os babacas curtir. Coisa de trouxa.. Será que você não aprende.? Maluco curte outra coisa, falou?

Zeca sai andando e rindo.


JUDITE:
Porque será que eu não dou uma dentro? (levanta-se e sai andando.)

Sula chega do lado de Judite, assustando..

As duas saem andando, e se falando.

SULA::
E ai Judite Tudo Em cima?

JUDITE:
Não repete o meu nome que eu não gosto. Acho que sou burra de nascença por causa do nome.

SULA:
Ou o seu nome é uma homenagem.?

JUDITE:
O que você quer dizer com isso?

SULA:
Nada não. Só estou brincando. Vim para cá porque não agüento mais aquelas duas.

JUDITE:
Quem:


SULA:
Gina e Soraya. Elas são frescas demais. Parecem duas peruas. Soraya até que é legal, mas deixa a desejar.

JUDITE:
Calma mulher, moramos na casa delas.

SULA:
Mas pagamos as contas...

CORTE.

SEQ. 03: INT./PENSIONATO/MANHÃ. (1.30)

Mostrar a placa, Pensionato Brasil.

Gina Abre a porta de um quarto e sai com uma vassoura cantando como se fosse o Victor. Apaixonada. Mas canta desafinado. (escolher uma música)

As pessoas vão se levantando, e ela vai cumprimentando um a um.


GINA:
Bom dia? Bom dia?

Diz bom dia cantando.

GINA:
Bom dia meninos e meninas? Vamos nos alegrar.

TICO:
Há hoje é Domingo.

GINA:
Pede cachimbo. Cachimbo é de ouro, bate no touro. O touro é valente bate na gente. A gente e fraco, cai no buraco. O buraco é fundo...

TODOS:
Acabou-se o mundo.

GINA:
Ei moçada, como sempre, apenas um naco de pão e um copo de leite. Se não vai faltar.

SORAYA:
Deixa eles comerem mais. Hoje é Domingo pede cachimbo. Lembra-se?

TODOS:
Deixa vai.

GINA: (olha pra lá, olha pra cá, sorri)
Não. Só um naco de pão e um copo de leite. Quem quiser mais vai comprar...

SORAYA:
Puxa você é má minha irmã. Os anjos vão ficar revoltados com você.

GINA:
E quem é que vai pagar a conta no final do mês? Os anjos? (andam pela casa) Precisamos urgentemente dispensar uns três.

ZECA:
Pô essa mulher é muita irada, aí. Que pobreza!

Corte.
Aqui estão do lado de fora, colando o lixo numa lixeira.

GINA:
Tem gente demais morando nessa casa. Não estamos dando conta do serviço.

Elas entram e vão direto a sala.


GINA:
Eles sujam roupas demais, sujam pratos demais, sujam tudo demais, é muita gente.

Eles vão entrando na sala, ouvindo a fala dela, ela percebe e grita.

GINA:
É Isso mesmo. Precisamos diminuir pelo menos uns três. A menos que...

MILA:
A menos que?

GINA:
A menos que vocês me ajudem na limpeza.

SARA:
Nós já pagamos por isso. E muito caro. Contrate uma empregada.

GINA:
Pra que? Pra levar tudo o que temos embora.

As pessoas desistem e saem para a cozinha.

Gina fica só. Ela olha pra os lados. Vai até uma porta.

GINA:
O que será que aquele detetive faz aí dentro sozinho?

Chega-se perto da porta e tenta ouvir.

Corte.

SEQ. 04: INT./Q. E. D./ MANHÃ. ( 1 m )

O quarto está com as luzes apagadas.

Há uma luz vermelha acesa. O Detetive revela algumas fotos. Ele atrapalha-se e pega uma foto velha juntas.

A luz apaga. Ele não consegue acender.

O detetive acende um Fósforo. Se queima ai acender a vela.

Começa a comparar as fotos que estão dentro do revelador, e as que estão fora.

Takes de todos os ângulos. O homem fica meio alucinado.

Ele descobre que são a mesma pessoa.

São fotos de Victor tocando e cantando no palco. E de um criminoso com a mesma cara.

Aos poucos ele faz uma careta e o sinal da cruz. Sai do quarto apavorado,deixando as fotos.

Dá de cara com Gina na Porta que disfarça.

SEQ. 05: INT./SALA PENS./ MANHÃ. ( 2 m)

O Detetive entra transtornado na sala. Está sem fala. Parece estar engasgado. Vai até o sofá e senta-se.
Gina bate nas costas dele.

GINA:
Acuda São Brás, que o sujeito tá morrendo. Acuda são Brás que o sujeito está morrendo. Acuda logo. Antes que essa peste vire defunto

Nisso o Detetive arregala os olhos , tosse e começa a falar.

DETETIVE:
Você já ouviu falar do grande Bandido da Machadinha de Pedra?

GINA:
Aquele que mata as pessoas massacrando a cabeça com uma pedra na ponta de um pedaço de pau?

DETETIVE:
Esse mesmo.

GINA:
E daí o que tem ele?

DETETIVE:
Nada. Nem sei porque toquei no assunto, credo. Na verdade eu quero falar do grande safado, que incita jovens a jogarem baralho clandestinamente, jogarem no bicho, enfim praticar pequenos delitos sem saber. E tudo a dinheiro... acho que distribui umas outras coisas por aí.

GINA:
Que safado! Que sujeito sem vergonha! ( Pausa) Qual o problema?

Aqui as pessoas vão entrando e se aglomeram na sala.

DETETIVE:
Qual o Problema? O problema é que tudo começa quando se é pequeno. Pequenos Jogos, pequenos furtos, pequenas drogas. Mas depois tudo cresce, e...

GINA:
E daí?


DETETIVE: (fala disparado)
E daí que ele está em nossa cidade. O cara que faz isso é mal, muito mal. Mal de verdade. Um assassino. Estou falando de um líder desses tipos de delitos, que arrastam os menores para o mal caminho. Para o caminho da...

Alguém bate à porta.

As pessoas todas se assustam.

DETETIVE:
Virgem Santa, que dessa vez eu não morra.

ZECA:
Se forem os Home, eu tô limpo. Falô?

Soraya que está mais perto, vai abrir. Ficam todos olhando.

SORAYA:
É você Aqui no nosso cafofo? Entra.

Victor Paixão entra com um violão nas mãos.

O Detetive que falava no assassino, perde a fala e se engasga novamente. Fica apavorado.

As pessoas ficam todas surpresas.

Victor Vê que ele não está bem, vai cumprimentá-lo.

VICTOR:
Acho que você está muito emocionado, calma não precisa ficar assim. (vai apertar sua mão.)

O Detetive desmaia.

VICTOR:
Deve ser emoção. Bem gente, tem vaga para mais um aqui?. Tem vaga para um músico pobre?

TICO:
Não. O lugar está cheio demais. Tem muito serviço aí para elas. Por isso pode procurar outro lugar. Aqui não vai dar.

GINA:
Não, que é isso. Brincadeira dele. Eu sou a Gina a Dona. Olha onde comem 10, comem 11.

SORAYA: (abobalhada)
E eu sou a Soraya, a irmã dela. muito mais interessante. E digo o mesmo

VICTOR:
E então, tenho uma vaga?

O detetive está acordando e ouve a conversa. E tenta fazer algum gesto. Soraya bata nas mãos dele.

GINA:
Se não tivesse um quarto, você ficaria no meu quarto. Na minha cama.

As moças todas se apresentam ao mesmo tempo.

MOÇAS:
Escolhe com qual quer dormir. É fácil.

VICTOR:
Acho que vou me dar muito bem aqui, eu fico.

O Detetive desmaia novamente.

VICTOR:
Pode ficar tranqüilo meu amigo. Sou da paz.

ZECA:
O cara não acha? (sai)

Todos riem e começam a se cumprimentar.
CORTE.

SEQ. 06: EXT./FEIRA LIVRE/MANHÃ. (2. M)

Tico, Mila e Sara estão na feira Livre.

Caminham procurando alguma coisa.

Carregam algumas sacolas etc.

Param numa banca e apalpam os produtos, saem andando.

Passam em frente a um vendedor de CDs. Pegam um CD do Victor Paixão e pagam e saem andando.

Param num pasteleiro, pedem três pastéis.

De repente os relógios deles tocam ao mesmo tempo.

Eles se olham e saem correndo sem pegar um pedido feito.

O feirante apenas balança a cabeça.

Corte

Os três estão de bicicletas, correm por lugares bonitos ao som de uma boa música. (cantada por Victor Paixão. )

Ø Passam pelo Viaduto, saída para Astorga.
Ø Passam uma estrada de chão.

Corte

Chegam correndo, param as bicicletas e entram no meio de uma pequena mata.

TICO:
Que lugar mais esquisito ele escolheu para o encontro dessa vez,
credo. !

Corte.

Chegam perto de uma lagoa, apontam um local e se aproximam. É Parque dos Pássaros.

Correm para a Ponte da Ilha.

Corte.

Fanta está de costas e sentado na ponta da ponte. Os três chegam devagar tentando assustar os três.

De repente Fanta está atrás deles, e eles se assustam.


FANTA:
E ai moçada, tudo tranqüilo.?

MILA:
Nós estamos bem, mas um pouco cansados, apesar do preparo físico.

FANTA:
Eu acho que vocês reclamam demais. Bem temos um probleminha muito sério para resolver dessa vez. Um aliciador de menores ao jogo e outras cocitas mas. . Precisamos dar uns concelhos a ele.

SARA:
O homem é frio, violento.?

FANTA:
Muito, por isso temos que tomar muito cuidado. Mas podem ficar tranqüilo, sairemos bem. Vamos.

Saem correndo do parque em direção de onde vieram.

Corte.

SEQ. 07: INT./PENSIONATO/DIA. ( 2.00 M )

Katia está em seu quarto queimando incenso. Há muitas velas acesas. Ela acende mais 2 e se ajoelha devagar.

Fala palavras estranhas.

KATIA:
Emeduja a ramurra odaroman, eu uotse adarepsesed.

(me ajude a arrumar namorado, eu estou desesperada)

Mostrar a tradução no rodapé.

O local está tomado por fumaça. Ela fica meia abobada.

De repente ela começa a tossir.

Corte.

Cortar para fora, com Victor dedilhando o violão, ele ouve o barulho, para de tocar depois continua.

Do lado de dentro, Katia vai levanta-se, tenta sair andando mais acaba caindo desmaiada, derrubando uma cadeira.

Corte.

Victor ouve o barulho, coloca o violão no sofá e entra no quarto correndo.

Corte.

Dentro do quarto cheio de fumaça, Victor toma ela nos braços e sai para fora do quarto.

Corte.

Victor trás ela para fora e pões no chão da sala.

Faz respiração boca a boca e depois aperta o peito.

O Detetive entra e fica olhando a cena. Quando vê a cena, perde a fala novamente.

Victor Vê o rapaz desesperado, pega um copo de água que estava sobre a mesinha e dá para Armandão.

Armandão pega a água e dá uma golada. Se engasga e cospe tudo na moça.

Katia ao receber a água, acorda do desmaio.



KATIA:
Foi você quem me salvou? Meus orixás ouviram minhas preces.
Muito obrigado meu amo.

ARMANDÃO:
Cada macaco no seu galho. Só quero ver o dia em o galho não suportar o peso do macaco.

O Detetive sai nervoso sem dizer nada sério.

Chegam os três correndo e topam com o detetive saindo.

TICO:
Tá amarelo hein?

MILA:
Será que ele comeu coco macaúba?

SARA: (rindo)
Ou passou cocô de neném na cara.?

Passam pelos dois no chão.

MILA:
Atacou rapidinho a menina...

Os três entram no quarto com pressa.

Gina vem entrando.

GINA:
Eu não entendo esses três. Não se largam. Devem viver um triângulo amoroso. Só pode. (grita) Não quero reclamações de pai aqui na minha porta depois não.

Em seguida eles já saem com uma mochila cada..

TICO:
Não se preocupe Gina, Nem deu tempo.

GINA:
Isso é o cúmulo.

SORAYA:
Não fique assim maninha, eles tem mais é que aproveitar. Curtir a vida

Victor então pega seu violão e começa a tocar e cantar para Katia.

As irmãs observam um pouco e Gina fica enciumada e acaba com a festa pedindo para saírem porque vai fazer uma geral.

GINA:
Acho melhor vocês saírem porque preciso terminar o serviço.

Os dois vão saindo devagar.

VICTOR:
Vamos dar umas voltas pela cidade...

Caras de Gina e Soraya rindo de Gina.

Corte.

Passagem de tempo.

SEQ. 08: INT./ESCRITÓRIO DETETIVE/DIA. ( 1.30 m)

O Detetive põe a cara na porta novamente, observa vê que está limpo. Entra devagar.

O detetive entra para dentro do escritório. (seu quarto)

Corte.

Dentro do quarto ele Toma um pouco de água e engasga-se novamente. Cospe sobre uma pequena mesa onde dorme uma boneca.

A boneca acorda e fica brava, depois se insinua ao Detetive.

BONECA:
Ai que desajeitamento! Será que você nunca vai aprender a tomar um gole de água.?

ARMANDÃO: (assusta-se)
Você falando novamente? Eu não acredito. Nunca vou me acostumar com a idéia de Ter um boneco falante na minha mesa.


BONECA:
Alto lá. Boneco não. Sou uma linda boneca. Do sexo feminino. Ou você também não sabe o que é isso?

ARMANDÃO:
Eu sei muito bem o que é uma garota.

BONECA:
Então porque você nunca quis ficar comigo?

ARMANDÃO:
Porque você é minha secretária. Vão dizer que é assédio Sexual...

BONECA:
Não é nada disso. Você é um frouxo mesmo. Não tem coragem para nada. Porque escolheu essa profissão. Isso é trabalho pra homem de verdade.

ARMANDÃO:
O que é, tá me chamando de maricas agora é?

BONECA:
Só estou dizendo que você tem que tomar atitudes, ser forte e pegar o bandido.

ARMANDÃO:
Mas ele está aqui dentro.

BONECA:
Será? Você tem certeza?

ARMANDÃO:
Melhor eu investigar melhor, e quando tiver certeza, vou prender o safado.

BONECA:
Isso meu herói.

Armandão sai do quarto decidido. Joga beijos para ela... a boneca fica só olhando.

CORTE.

SEQ. 09: INT./CASA DE JOGO/DIA. (2.00 M)

Os três heróis entram correndo num velho barracão.

Logo em seguida estão acompanhados do Fanta.

Estão todos vestidos de super Heróis. Muito engraçados. Roupas próprias.

Quatro JOVENS jogam carteado.

JOGADOR 1:
Aí gente, chegou o circo.

JOGADOR 2:
Acho que vamos Ter um show hoje.

JOGADOR 3:
Quem sabe um serviço diferente.

TICO:
Que nada, vocês estão encrencados garotos.

Começam a rodear a mesa de jogos e falando um a um.

MILA:
Quantas pessoas você conhece que já ficou rico jogando baralho a dinheiro.

SARA:
Quantas pessoas honestas, ricas, decentes. vocês conhecem que jogam a dinheiro?

FANTA:
Quantos jogadores compulsivos, foram para o céu depois que morreram?

JOGADOR:
I que papo é esse? Vocês são alguns loucos fugitivos?

TICO:
Somos o Clube da Razão. Os inseparáveis. Falamos a verdade e mostramos o bom caminho.

MILA:
Ou seja, fazemos a nossa parte, como ela deve ser.

SARA:
Quanto a decisão, são vocês que devem tomar.

FANTA:
Se o jogo é para os vivos, ou para quem sabe viver?

JOGADOR 3:
Não estou gostando disso.

JOGADOR 4:
Vamos acabar com esses babacas agora mesmo.

Eles tentam se levantar., Fanta apenas olha para eles.

Eles não conseguem se levantar.

JOGADOR 1:
Quem são vocês, bruxos?

TICO:
Vocês já sabem quem somos? Já dissemos.

MILA:
Que tal, vão continuar fazendo o errado a troco apenas de satisfazer o prazer.?




SARA:
Porque não desistem disso, e vão para casa. Brincar com os amigos, arrumar namoradas. Andar pela praça, ver gente saudável.

Os quatro começam a se levantar.

JOGADOR 1:
Eles tem razão?

JOGADOR 2:
O que estamos fazendo aqui?

JOGADOR 3:
Muito obrigado gente.

Saem todos correndo e felizes.

FANTA:
Um bom conselho vale muito mais que mil ações.

TICO:
Mas agora precisamos encontrar o chefe.

Ouvem os pneus de um carro cantando. Saem correndo.

Corte.

Os 4 saem correndo para fora. Dão de cara com o Detetive que vem chegando.

O detetive não reconhece os 4 e tira uma foto deles.

Eles saem da visão deles, como ninjas.

O detetive apenas limpa os olhos.

Corte.

FIM DA SEGUNDA PARTE ( = OU – 7,5 Minutos)

SEQ. 10: INT./ PENSIONATO/DIA. ( 0.30 SEGUNDOS)

Os moradores do Pensionato cantam com Victor. Alguns dançam engraçado.

Corte.

SEQ. 11: EXT./ ESTRADA/DIA. ( 1.00 m)

Os 4 heróis estão numa estrada pedindo carona.

MILA:
Porque será que aquela mágica nunca deixa a gente perto do alvo?

FANTA:
Heróis precisam trabalhar.

SARA:
É terrível ser herói no Brasil. Temos que andar de caronas.

Passa um carro e não para.

Corte:

O bandido encosta o seu carro numa garapeira beira de estrada.

Desce sem que vemos o seu rosto.

Se encaminha para o lado do balcão.

BANDIDO:
Por favor, capricha num copo gigante.

Corte.

SEQ. 12: INT./ PENSIONATO/ DIA. ( 2.00 m)

Enquanto cantam o Detetive chega correndo e perde o medo. Dá voz de prisão ao músico ficam todos assustados.

ARMANDÃO:
Custou muito eu tomar essa coragem seu vadio, bandido desgraçado. Mas agora você não escapa. Esteja preso.

VICTOR:
Eu preso, por que? O que eu fiz?

ARMANDÃO:
Não se faça de inocente agora. Eu sei de tudo. Tudo o que você faz. Tive certeza hoje.

VICTOR:
Você está me confundindo com alguém. Sou apenas um músico que tenta viver da profissão.

O detetive diz que artista ele também é.

ARMANDÃO:
Artista eu também sou.

Corte.

EM PB, Armandão toca um Rock pesado, está vestido de roqueiro, as pessoas gritam desesperadas, todos aplaudem.

Corte.

VICTOR:
Já que é assim, prove pra gente tocando, aqui está a minha arma.

ARMANDÃO:
Você está querendo me enganar para depois fugir. Gente esse cara é um assassino. Vejam essa foto.

O DETETIVE ABRE UM CARTAZ COM A FOTO DELE.

Todos se assustam e pulam para trás.

ZECA:
Irado Cara. Você é mau. Puts.

GINA:
Não deve ser ele, é engano.

SORAYA:
Eu concordo.

GINA:
Concorda? Então tem coisa errada. Ele é culpado. Amarrem ele até a polícia chegar.


KATIA:
E saber que eu quase dei um beijo nele. Safado.

VICTOR:
Gente eu não fiz nada..

CORTE.

SEQ. 13: EXT./ BARRACA DE CANA./ DIA. (2.00 Minutos)

O bandido está tomando um caldo de cana.

Os 4 heróis chegam de carona numa camioneta velha e cheia de lixo.

Os 4 apontam para o homem que toma suco.

Correm até ele.

O bandido então se vira, é um homem idêntico ao músico.

Os 4 se assustam.

SARA:
É Victor paixão.

O homem saca uma arma para atirar nos 4.

BANDIDO:
Tão me achando com cara de trouxa?

Os heróis param de correr.

MILA:
Acho que ele quer atirar.

BANDIDO:
O que vocês pensam que são? Heróis?

SARA:
Os seus anjos da guarda.

O homem então da uma gargalhada, e os 4 se aproximam.
Num estalo ele fica sério e aponta a arma novamente.

BANDIDO:
Não se aproximem eu posso atirar.

FANTA:
Nossa, como esse lugar está ficando quente não é mesmo?

Nesse instante a arma se aquece nas mãos do bandido, ele tenta segurar mas não agüenta. Solta a arma e ela cai virando apenas fumaça.

BANDIDO:
Quem são vocês?

TICO:
Já respondemos. Viemos lhe salvar.

Mila chega com uma cadeira, coloca atrás do homem no meio do pátio.

Fanta chega perto, e estende o braço. Depois abaixa.

O homem senta-se na cadeira tranqüilamente, como se nada tivesse acontecendo. Rodeiam, fica um em cada posição. Em pé atrás, abaixado em sua frente, com o pé na cadeira do homem. E outro longe.



BANDIDO:
Não vieram me prender?

TICO:
E adiantaria?

BANDIDO:
Não vão me matar?

SARA:
Para que, para se transformar num fantasma como... como um fantasma.?

FANTA:
Só queremos lhe ajudar.

MILA:
O senhor é pai não é?

Daqui para frente o homem apenas balança a cabeça para concordar ou discordar.

Uma valsa começa a ser tocada. E enquanto sara dança, no meio do nada, Mila fala aos seus ouvidos

MILA:
O senhor gostaria de que um filho seu perdesse tudo o que tinha numa mesa de jogo e depois ainda fosse assassinado por qualquer bandido, porque não tinha dinheiro para pagar dívidas? Ser honesto, Ter um trabalho digno, oferecer trabalho digno, é muito melhor. O Homem, não corre perigo de vida assim, e vive muito mais tranqüilo.

O homem apenas olha.

Sara dançando diz.

SARA:
Eu gostaria de ver todas as pessoas do mundo vivendo em liberdade e paz. Como não consigo. Tento mostrar como ela é, seria bom ver o senhor, livre dessa sua prisão interior. Dance comigo?

O homem começa a chorar, e abaixa a cabeça. Não diz nada. Os heróis vão saindo devagar e vão para a estrada pedir carona. O homem levanta os braços para cima e grita.

BANDIDO:
Alguém me ajude. (sai com eco) Esperem vou levar vocês

Corte.

SEQ. FINAL: INT./PENSIONATO/DIA. (1.30 m)

O músico está amarrado e todos seguram, paus, panelas, sapatos etc.

Dá-se a notícia no Rádio.

LOCUTOR:
Temos uma notícia para dar em edição extraordinária . O grande aliciador de menores em pequenos crimes, entregou-se hoje a polícia e diz que de hoje em diante vai dedicar-se a caridade. E segundo ele, foi obra de um tal Clube Secreto dos Novos Heróis.

Começam a soltar o músico. Vão se desculpando com ele. O músico apenas canta o tempo todo.

Nisso entram os três, trazendo uma correspondência para o detetive.

TICO: ( ao Músico)
E aí meu chapa, como foi o seu dia?

VICTOR:
Me senti um pouco preso.

As pessoas riem, o músico pega um violão.

O detetive abre o envelope, são fotos. Ao olhar as fotos dos 4, só tem 3. Ele perde os sentidos e desmaia novamente.
Um dos 3 heróis pega a foto, e diz que ele deve Ter levado um susto com a cara desses Novos Heróis.

SARA: ( pegando a foto)
Acho que ele se assustou com a cara desses Novos Heróis.

Todos riem .

Alguém bate a porta.

Soraya abre. Surge, então um cara alto, bem vestido com uma mala nas mãos. Parece estar pesada. Tem um papel nas mãos. Olha o número, o nome e depois pergunta.

HERON:
Aqui é o Pensionato Brasil.? Será que tem vaga para um escritor com a criação em decadência. Que precisa de um canto calmo, de uma pensão calma, de uma cidade tranqüila, para tentar escrever pelo menos mais um livro?

TODOS
Onde comem 11, comem 12.

ZECA:
Isso daqui vai ficar que nem cela de penitenciária.

O cara entra e começa a se apresentar
para todos, e todos se apresentando.
Freazing.
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