Se tens mesmo que evaporar,
oh ! aroma silvestre,
inebrias antes os sentidos,
e estendes-me adormecido na relva,
alucinando as visões do paraíso.
Acaso de mim tenhas que partir,
oh ! doce prazer de paz,
levas contigo os sentidos,
e deixas-me viver em senil estado,
acreditando que a ti tenho perene.
Quando a terra tiver que deixar,
oh ! inegável indignação,
hei de mostrar-te inconsolável,
e ao invés de somente me fazer partir,
que de sob meus pés escape este chão.
AdeGa/98
|