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Artigos-->A qualidade de nosso dia a dia -- 16/12/2003 - 00:03 (Priscila de Loureiro Coelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Em nossa correria diária, deixamos de nos atentar a pequenos detalhes que fazem toda a diferença. No mais das vezes não percebemos as nuanças de nossa atividade mental que, em verdade, determinam a qualidade de nossas atividades, e em grande parte as escolhas que vamos fazendo, ainda que não nos demos conta disso.

Sabe-se, após tantos estudos e pesquisas, que nossa mente movimenta-se permanentemente, numa coerente atividade compatível a natureza da vida.

A vida é basicamente energia, e como tal expressa-se, manifesta-se através do movimento. Assim, nossa vida é a expressão do movimento que nossa energia adota. Conforme a qualidade que possui será sua expressão.

O que disso podemos tirar proveito para melhorar e aplicar em nosso cotidiano?

Desde que somos concebidos nossa mente vai registrando toda e qualquer experiência que vivemos. Seja através de sentimentos, impressões, sensações até as vivências propriamente ditas.

De modo que, através de movimentos ela vai registrando tudo e com isso, compondo o fundo que permanece como um banco de dados, que sempre será consultado pelo nosso consciente.

Conforme vamos crescendo, vamos também movimentando todos esses dados, revendo, alterando, trocando, reformulando, pois de alguma forma estamos sempre a interferir nesses dados, que representam em última análise, o resumo vivo de nossa história.

Quando por algum motivo deixamos que alguns aspectos em nossa vida se cristalizem, não se mexam mais, não se atualizem, adequando-se ao momento presente, então deixamos de estar sincronizados ao movimento, que é a expressão permanente da vida. Diria que começamos então a criar uma espécie de “arquivo morto”, e aí começam nossos problemas.

Esse fundo estático passa a ser um elemento a mais em nosso cotidiano. Porém como permanece imóvel interfere sempre exatamente da mesma forma, pois não possui mais a qualidade de articular-se agindo compulsivamente.

O que disso resulta é o que chamamos comumente de paradigma, ou de trauma ou de condicionamentos, enfim, há uma gama de qualificações, adjetivos e identidade, para os resíduos gerados pela inércia, que se cristalizam em nossa mente e formam “nódulos” energéticos, provocando alterações em todo o funcionamento dela.

Todos nós em alguma medida estamos sempre a gerar estes resíduos, e conforme vamos vivendo podemos ter a possibilidade de atuar sobre eles ou não.

A única forma pela qual podemos interferir nestes nódulos, é através do auto-conhecimento.

Não era sem motivo que os gregos aconselhavam com profunda convicção: “conhece-te a ti mesmo” isso para não mencionar conselhos preciosos que podemos encontrar na Bíblia: “vigiai e orai sem cessar”, e tantos outros conselhos que poderíamos ficar dias apenas comentando-os e citando-os.

Importa que possamos estar conscientes deste fato. A vida nos foi dada como um presente. E devemos começar por este pequeno detalhe. Um presente!!!!

Não nos foi dada como uma herança, nem como uma promessa futura, mas nos foi dada plenamente como presente. E só aí já teremos algo maravilhoso para aprendermos. A vida nos é dada como presente. Presente é hoje, aqui, agora, é atualidade, é já.

Uma vez que possamos perceber esse detalhe, que traz em si, talvez, a pista que pode nos levar a um entendimento melhor de nossa rotina, teremos a possibilidade real de nela interferir e nos tornarmos mais conscientes do domínio que podemos exercer.

Interessante como nos comportamos muitas vezes, ingenuamente. Pretendemos dominar espaços, situações, coisas, e até pessoas.... sem nos darmos ao trabalho de conferir até que ponto vai esta nossa pretensa autoridade, até onde ela é legitima e até que ponto saberíamos usá-la.

Quando começamos a nos conhecer com seriedade, a explorar nosso intimo com calma e autêntica honestidade, no propósito de nos conhecer, então coisas estranhas passam a acontecer.

De início descobrimos algo que, não nos agrada, por vezes nos contraria tanto que algumas pessoas ai mesmo já desistem, e fogem refugiando-se no arquivo morto, na ilusão, protegendo-se de si mesma. Nossa primeira descoberta é que não possuímos poder algum sobre nada que nos rodeia. Sejam situações, circunstâncias, coisas, lugares, negócios, pessoas! Não temos domínio saber nada externo a nos.

Mas, quando nesta descoberta não desistimos, não nos deixamos assuntar, então damos outro passo, igualmente importante e descobrimos algo deveras importante. Nos é dado o poder de dominar nosso interior. Essa é uma descoberta determinante em nossa vida. Em posse desta descoberta podemos exercer o primeiro ato de vontade que poderá mudar toda nossa existência. A escolha de conhecer e aprender a utilizar o domínio que nos é dado.

Se apenas nos é dado o poder de controlar nosso interior, penso que nos dedicarmos a ele é a atitude mais inteligente e produtiva que podemos adotar, exercendo assim nossa primeira escolha, nosso primeiro ato consciente do presente que recebemos.

Passamos então a nos interessar por esta qualidade, tão atípica, que descobrimos em nós. E vamos compreendendo a tolice que é desperdiçar energia tentando exercer um poder que não temos e jamais teremos. Da mesma forma, passamos a nos encantar com as possibilidades que existem no poder que nos é dado e, fascinados com a lógica perfeita da natureza ao nos oferecer tamanha dádiva.

Um dos efeitos colaterais que perceberemos é o amadurecimento natural de nosso ego. Surge, em seu melhor feitio, uma humildade interna própria das mentes que se deparam com a realidade mais sutil do funcionamento mental. Nada de subserviente, mas uma perfeita compreensão do que nos é permitido e como conseqüência um respeito mais agudo em relação às outras pessoas.

De certo modo, nesta primeira lição está contido o segredo da existência humana.

A partir desta descoberta, nunca mais seremos os mesmos. Nem que desejássemos poderíamos retornar à ignorância deste fato. Eis algo interessante e que, infelizmente, assusta algumas pessoas, que não percebem a grandiosidade desta condição e do grande avanço que ela representa para todo nosso planeta.

Bom ressaltar aqui que a vida sendo energia, é una, um só oceano de Luz, que se expressa em infinitas formas, mas sempre uma só energia. Isso é de suma importância se compreender, pois implica em noções que delimitam os espaços por onde percorremos nosso cotidiano, desenhando nossa existência.

Sendo a Vida Una, Uma só energia, é legítimo compreendermos que não podemos estar fora dela, ou dela nos separarmos como bem nos aprouver, ou ainda estando nela, nos isolarmos de alguma forma da totalidade.

Esta percepção é a mola propulsora de nosso desenvolvimento interno, e sem dúvida um toque divino que com genialidade possibilita vôos mais altos e prazerosos á nossa alma.

Nossos dias são como mosaicos que se juntam compondo o cenário que é nossa própria vida.

Que sejam mosaicos coloridos e que se encaixem com perfeição, para que nossa existência torne-se uma obra de arte digna de ser deixada aos que atrás de nós vierem.





Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas



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