Minha amada, quanta falta você me faz.
Quantas dores noturnas e dias perdidos
Nestas tristes procuras por ombros amigos,
Quantos sonhos fadigos que você me trás.
Quantas nuvens nos dias cinzentos de chuva,
Que chovem e lavam as cores do mundo.
Lava o verde dos montes, o vinho das uvas,
Leva as gravuras. Resta o branco dos muros.
Amor, é tão triste esperar o teu sorriso,
Incrédulo e branco. Gracioso e conciso.
É tão triste apenas lembrar nossa história.
E como me dói esse imenso desgosto
De em muitos dias, traído pela memória
Já não consigo, (perdão), lembrar do teu rosto.
Rogério Penna
jan 2002 |