É tempo de presenciarmos a sensibilidade revelando que ser humano é além daquilo que se observa, ainda que a hipocrisia disfarçada da suposta "moral e bons costumes", tente impor um comportamento típico. É época de vermos por quem e para quem realmente os sinos dobram, tempo para estarmos atentos o dobrar das injustiças sociais que acontecem todos os dias, tempo de estarmos atentos ainda, à s jogatinas e armações do golpe político em que escolhe-se um "Cristo" a quem enxergou a dor do semelhante à margem da sociedade e o integrou à sociedade dando-lhe oportunidades de se transformar em cidadão com deveres e também com direitos. É tempo de assistirmos o dobrar de uma perseguição junto aos que erguem a bandeira da igualdade social e a enclausuram. Tempo de assistirmos o dobrar de uma corrupção com a cara lavada do cinismo peculiar aos que forjam uma mentira midiática política com evidências do jogo do esconde-esconde. Tempo de assistirmos o dobrar dos interesses pessoais se sobreporem aos interesses coletivos de um bem que deveria ser comum e observar ainda o dobrar da eficiência de um judiciário politizado e a favor do fardamento. É tempo também de percebermos o dobrar do sincretismo de interesses escusos a usar a máscara da hipocrisia social.
Será que realmente a mensagem de Natal dos humananimais está em sintonia com a essência do Natal em Cristo? Será que o dobrar dos sinos que anunciam o nascimento do menino Deus, não estariam a chamar a sociedade o verdadeiro dobrar dos valores invertidos e expressos descaradamente por meio de atos sutis de um ciclo histórico que nunca se encerra?
Questionamentos para esse momento que exige de todos nós cidadãos, uma reflexão que ultrapasse o campo visionário de uma mera celebração familiar e que nos faça a enxergar a família não apensas como uma célula social, mas como um meio de propagação de cidadãos em números maiores que saibam empoderar vivendo valores mais éticos.