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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->AS DUAS FACES DA MOEDA -- 20/06/2002 - 10:28 (LUIZ CARLOS LOCATELLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AS DUAS FACES DA MOEDA.


Roteiro cinematográfico para Curta Metragem.
Por: Luiz Carlos Locatelli
Laboratório de Roteiros Terra Vermelha em Fevereiro e Março de 2002.


Personagens:

Mariana:
Jovem de 18 anos que leva um vida dupla. Ora é um anjo de candura, ora é uma prostituta drogada.

Mãe de Mariana:
Falsa Moralista. Faz com que as pessoas acreditem na sua religiosidade, mas só acredita no poder do dinheiro.

Namorado:
Cafetão de Mariana. Gay. Suporta ela como namorada, apenas por causa da profissão.

Pai de Mariana:
Político de fama Nacional por sua luta contra a imoralidade. Morre de enfarto numa cama de motel ao descobrir que a parceira daquela noite seria sua filha.

xxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Secundários:

Bar Man.
Um cliente para Mariana.
Uma amiga de profissão.
A amiga da Mãe de Mariana.
Dois policiais.
Mariana com 08 anos.
Um menino de 09 anos.
Uma prostituta do passado.
O padre.

Figurantes para o Quarto de Motel: Alguns Gays, Algumas Prostitutas. Bêbados.
Figurantes para as cenas do bar.
Figurantes para as cenas da delegacia.





SEQ. 01: INT./BAR/NOITE.

CENA 01
Abrir mostrando a fachada de um bar de periferia.

Cortar p/

CENA 02
Interior de um bar quase se movimento. Um relógio desses do Paraguai pendurado na parede marca 02:h00. Há poucas mesas e algumas garrafas vazias, ladeadas por meia dúzia de copos; alguns sujos, outros pela metade. Num Rádio velho, toca-se uma música brega. Um garçom com uma toalha no pescoço, mastigando um palito, usando uma camisa florida, com os botões desabotoados, serve um bêbado no balcão, que está quase caindo.

No outro lado do bar, mais ao fundo, Mariana, linda jovem de 18 anos, vestindo uma roupa vulgar, segura numa das mãos um copo de bebida, e na outra um cigarro pela metade, dança com trejeitos escandalosos. E numa mesa perto dela, uma outra jovem da mesma idade cheira cocaína. Decadência total.
Um sujeito bem vestido entra no local. Se aproxima de Mariana, segura ela pelo meio e começa beijar seu pescoço. Depois a boca vai deslizando por várias partes do seu corpo. Mariana não se entrega diretamente aos deleites do rapaz, foge as vezes. Com certeza ela espera alguma coisa antes.

O garçom grita no balcão que precisa fechar.
Mariana responde ao garçom dizendo para calar a boca, que ela banca o resto da noite.

RAPAZ:
Te trouxe um presentinho.

Ela tenta alcançar as mão dele, para pegar a droga. Ele abre a mão e não há nada.

RAPAZ:
Nan, nan, nan, nan nan..

O rapaz aponta com o dedo sua boca, ela beija. Aponta seu pescoço, ela beija. Aponta seu peitoral, ela beija. Aponta o seu umbigo, ela beija Aponta o seu pênis, ela abre o zíper e encontra um pequeno embrulho. Mariana pega o embrulho com a com boca. Fica muito feliz como que se estivesse encontrando um tesouro. Os seus olhos estalam, sua boca parece babar de alegria. Começa a desembrulhar dizendo:

MARIANA:
Finalmente alguém ouviu as minhas preces. Já estava cansada do cheirão da coisa. E do formigamento do pó branco.

Avistam do lado de fora os Giroflex de um carro de Polícia, Mariana pega o rapaz pelas mãos e entram correndo num banheiro. Enquanto que a moça que está caída na mesa, tem um pequeno ataque e começa a virar os olhos e a babar.
Dois policiais entram pegando pesado, com cacetetes nas mãos, fazem barulho batendo sobre as mesas.

POLICIAL 1:
Todos virados para a parede com as mãos para cima.

O bêbado tenta sair andando com as mãos levantadas, suas calças caem e ele cai junto. O segundo policial está perto da moça caída sobre a mesa.

POLICIAL 2:
Chi companheiro essa daqui tá viajando pra junto do capeta E pelo jeito sua chegada no inferno tá bem próxima.
O policial 1 levanta o bêbado pela gola da camisa e joga-o de encontro a parede, faz uma revista dizendo.

POLICIAL 1: ( ao garçom)
Tenho informações de gente usando coisa pesada aqui, onde estão?

Nesse instante cai uma moeda do bolso do bêbado que sai rolando por todo o salão, passa por debaixo da porta do banheiro onde está o casal e entra. É uma visão surrealista onde todos acompanham com o olhar. A moeda indo para a merda.

POLICIAL 2:
Preciso de ajuda aqui.

O policial 1 solta o bêbado que cai como um saco vazio no chão e vai em direção à mesa onde está moça passando mal.

Cortar p/

CENA 03:
A moeda passa rolando na frente do casal dentro do banheiro, que já aparentam bem drogados, e cai no ralo.
A moça ouve em off a voz do bêbado, enquanto suas vistas se embaraçam.

BÊBADO:
Como que eu vou pagar a minha conta agora? To fodido.

Inicia-se um F - B.

Cortar P/

SEQ. 02: INT.- EXT./ ESCADA DE PRÉDIO - PORTA DE CINEMA/DIA.

CENA 04:

Mariana tem 08 anos.

Em câmera lenta, PB, Mariana desce uma escadaria de prédio correndo. Olha numa moeda, várias vezes, seguidamente, como se fosse um relógio.

Início de f - f b.

CENA 05:
Corte para os olhos da menina vendo uma tela de cinema iniciando um desenho animado.

Fim do f - f b.

CENA 06:
Ela continua correndo na escadaria. Sai pela porta do prédio e corre pela calçada. Uma prostituta vem em sua direção andando escandalosamente. As duas se cruzam, e se olham nos olhos. A prostituta apenas pisca um olho e continua andando. A menina para, olha para traz admirada. Um garoto vem correndo e tromba na menina passando a mão nos seus seios, ela assusta-se, mas gosta, e deixa a moeda que segura cair das mãos. O menino continua correndo e rindo com ecos. A moeda rola pelo chão. Os olhos da menina acompanha a moeda sumindo num bueiro. Fade out.

Fim do F - B.

Cortar P/
CENA 07:
A porta do banheiro onde o casal se encontra é estourada pelo Policial 1, os dois aparentam já estarem muito doidos.

POLICIAL:
Êpa, essa o papai não esperava. Temos aqui um casal de anjos da noite. Levantem-se, vocês estão presos.

Cortar p/

CENA 08:
Perto do bar, Mariana sendo puxada pelo Policial 1 e o rapaz pelo Policial 2, Mariana estica o braço da a impressão que vai pegar a arma do policial, é interrompida quando o Policial volta-se para ela rindo.

MARIANA:
Do que você tá rindo, retardado?

POLICIAL 1: (sério)
Da sua desgraça, imbecil.

MARIANA:
Você tá fazendo tudo errado, minha família é influente vai te foder. (rindo) Eu sou o que sou porque posso arcar com as minhas conseqüências.

POLICIAL 1:
Aposto que sua família não sabe disso.

Aponta para ela, como que se ela fosse um objeto, um animal, qualquer coisa.

POLICIAL 2: ( de longe)
Vai ver, ela nem família tem.

POLICIAL 1:
Sabe o que é isso? Irmãos, pai, mãe...

MARIANA:
Parem com isso.

A moça despenca a chorar. Chora derramando lágrimas.

Início do F - B.

CENA 09:
PB. Num canto do quarto há uma asa de anjo. Mariana tem 08 anos. Ela está se arrumando. Coloca uma túnica branca e bonita. Se apalpa para ver se tem seios grandes. Olha-se no espelho. A mãe entra apressada. Ela assusta-se.

MÃE DE MARIANA:
Vamos logo menina, faltam apenas 30 minutos para a coroação da Santa. E você ainda está aí?

MARIANA:
Mãe, deixa eu ir na matinê hoje?

MÃE DE MARIANA:
Mas que falta de respeito, o que você está aprendendo naquela escola.
Cortar p/
Início de F – F B.
CENA 10:
Mariana está ajoelhada ao lado de um quadro negro. Muitas crianças apontando para ela e rindo, todo o som é com eco. Uma freira de cara muito mal aponta o dedo para ela, como se fosse o dedo maior do mundo e lhe fala alguma coisa que não entendemos. Ela apenas chora. No chão tem uma moeda caída

Fim do f – f b.

CENA 11:
Ela diz numa só vez.

MÃE DE MARIANA: (entregando uma moeda)
Está aqui. Mas lembre-se a moeda tem duas faces. Por isso tem dois valores. O Divino e o Mundano. O da pureza e o do pecado. Bem aproveitado pode-se comprar de tudo.

Mariana fica apenas olhando fixo pensando na resposta.

Cortar p/

Início de Flash – Flash Forward.

SEQ. 03: INT./IGREJA/DIA.
(tempo atual, dias antes)

CENA 12:
Há um coral cantando no altar de uma igreja. Mariana já adulta canta fervorosamente entre eles. Veste-se de anjo. No final são todos aplaudidos. A mãe está orgulhosa entre as outras pessoas, apontando a filha. A filha retribui sorrindo e cumprimentando com a cabeça

Cortar p/

CENA 13:
Na sacristia da igreja, há uma bolsa aberta, e dela cai um pedaço de tecido vermelho. Mariana tira a roupa de anjo, sua mãe está perto mexendo em outra bolsa procurando alguma coisa.

MARIANA:
Tá fugindo do controle. Não agüento mais essa situação. Representar o tempo todo.

MÃE DE MARIANA:
Calma, o período eleitoral está terminando, e toda ajuda no momento é bem vinda para o Seu Pai. Que é o defensor dos bons princípios. E além do mais, você teve educação para isso.

A mãe olha para o lado e vê o pano vermelho e um batom na bolsa da filha. Não diz nada. Chega perto e tira o tecido. Ao tirar cai uma seringa.. Mariana fica de longe olhando amedrontada.

MÃE DE MARIANA: (assustada)
O que é isso?

MARIANA: (gaguejando)
E o que poderia ser. Um pano vermelho, um batom horrível e uma seringa de plástico. É do teatro da escola mãe.

A mãe abandona os objetos desconfiada. Pega um talão de cheques, e ao pegar derruba vários cartões de crédito sobre a mesa. . Mariana fica olhando.

MARIANA:
Não sou mais criança.

MÃE DE MARIANA:
Mas ainda depende do Salário de Deputado do seu Pai. Custa colaborar? Afinal somos uma família de tradição religiosa. Temos que continuar...

O padre entra na sacristia e o assunto é encerrado. O padre percebe algo no ar e completa.

MARIANA:
Você se parece realmente com um anjo, quando está naquele altar.

MÃE DE MARIANA: (assinando um cheque e entregando ao padre.)
Padre, isso é para as obras de reforma da igreja.

PADRE: (pegando)
Benza a Deus!. Deus há de lhe recompensar após o seu passamento.

Mariana que está olhando atentamente para a cena diz.

MARIANA:
Pena que o dinheiro não compra a dignidade e a verdade das pessoas, não é padre?

Ficam todos em silêncio. O padre disfarça e puxa outro assunto.

PADRE:
Que tal vocês conhecerem o novo ostensório que chegou, é de ouro.

Saem andando para o lado da porta.

Fim do f - b.

Cortar p/

SEQ. 04: EXT./INT./ RUA - BAR/ CAMBURÃO/NOITE.

CENA 14:
Do lado de fora do bar, os policiais colocam as algemas no casal. Mariana dirigi-se ao Garçom, de longe, como que se fosse pedir uma bebida, estando em estado etílico avançado.

MARIANA: (ao garçom)
Ei, seu Garçom, me traga um... Me manda o Anjo da Guarda, por favor. E o senhor será fartamente recompensado.

Os policiais jogam os dois no camburão e saem em alta velocidade. Sirene ligada, etc.

Cortar p/

CENA 15:
Dentro do camburão, ela está completamente drogada. O efeito parece estar aumentando. Fala com o rapaz, amigo.

MARIANA:
Escuta aqui meu chapa, eu sei que não vou ficar lá muito tempo. Tenho Grana, bufunfa para me safar... (ri da sua desgraça e repetindo.) Grana, bufunfa. (pausa) Isso não me falta....
RAPAZ:
É, o dinheiro compra tudo.

MARIANA:
Só quero ver o dia que a minha família descobrir, quem sou realmente.

RAPAZ:
Compra até a verdade...

MARIANA:
Verdade? Sério mesmo? Eu tenho a minha verdade e ninguém pode mudar isso. Ninguém. Nem você...

Cena 16:
O camburão passa correndo por um quebra molas. Ouvimos em off o xingamento de Mariana.

VOZ DE MARIANA:
Pensam que tão carregando animais, desgraçados?!.

Cortar p/

SEQ. 05: INT./SALA - CASA DE MARIANA/NOITE.

CENA 17:
A mãe de Mariana joga cartas com uma amiga na sala da casa. O jogo parece tenso. Ao lado das cartas algumas notas de 100 dólares. Uma carta se escorrega na manga da Mãe, e ela grita.

MÃE DE MARIANA:
Bati. É a décima vez que levo a rodada seguidamente. O que está acontecendo com você?

AMIGA:
Perdendo, perdendo e perdendo.

MÃE DE MARIANA:
Pois na vida, sempre ganhei. A minha filha por exemplo, está sendo preparada para assumir o lugar do pai. E isso é uma vitória no mundo de hoje. Nunca joguei uma carta para perder a mão.

AMIGA:
Isso é pura sorte, e um dia pode acabar.

Uma carta cai da manga da Mãe. A amiga vê, joga as cartas na mesa.

AMIGA: (CONT)
Eu paro. Não jogo com quem joga com a vida, e que para vencer pode até ser desleal.

Levanta-se e vai saindo. A mãe de Mariana levanta-se e segura em seu braço.

MÃE DE MARIANA:
Isso é apenas uma brincadeira, volte. Um joguinho simples..

AMIGA:
Pois é, um joguinho simples. Imagino os mais concorridos. Como a mente... preciso me precaver...



MÃE DE MARIANA:
Na vida tudo tem dois lados. Nem o mais santo dos homens escapou da punição. Do que você tem medo? Da verdade?

AMIGA:
Eu, medo da verdade? Ela também tem dois lados...

Sai pela porta.

AMIGA: (cont.)
By.

A mãe de Mariana fica apenas olhando, estampa um sorriso amarelo e senta-se carteando o baralho.

SEQ. 06: INT./SALA DE ESPERA - DELEGACIA/NOITE.

CENA 18:
Mariana está sentada num banco com as pernas cruzadas. O policial 2 Lê alguma coisa sentado atrás e uma mesa velha de frente para ela. Os seus olhos correm as pernas de Mariana de vez em quando. Ele passa a língua nos lábios excitando-se com ela. Há uma certa cumplicidade.
Mariana por sua vez levanta as pernas de propósito. O policial morde os lábios. A paquera é interrompida com a chegada do Policial 1. Vem acompanhando o rapaz do bar.

POLICIAL 1:
Nos desculpe pelo incomodo. Pode ir.

O rapaz sai jogando um beijo para Mariana. Mariana fica sem saber o que está acontecendo.

MARIANA:
Só ele, e eu? O que ele... dinheiro não é? Se o problema for dinheiro...

O namorado de Mariana entra falando e interrompendo.

NAMORADO:
Eu resolvo. É isso que ela ia falar, não é meu amor? Que eu resolvo.

MARIANA:
Puxa, você demorou demais meu Anjo da Guarda. Mas minha família...

NAMORADO:
Cala a boca. Não estraga tudo. Já pensou no escândalo? Seu pai é tido como o mais puro dos humanos...

MARIANA:
Eca.

Cospe no chão.

POLICIAL 1:
Vamos parar com esse lenga, lenga. Trouxe a fiança?

Cortar p/



SEQ. 07: INT./EXT./ CARRO – PORTÃO DO MOTEL/ NOITE.

CENA 19:
Um carro bonito, moderno entra num Motel. Do lado de dentro o carro para diante de uma cabana.

CENA 20:
Dentro do carro, Mariana fuma craque. Ela está bem loucona. O namorado apenas olha.

NAMORADO:
Você está abusando...

MARIANA:
Não se preocupe, dinheiro eu tenho.

Ela vai tentar beijar ele, mas ele esquiva-se.

MARIANA:
O que tá acontecendo?

NAMORADO:
Só estou cansado. Corri muito a noite toda atrás de trabalho.

Mariana dá mais uma tragada na droga. Começa a ficar doidona. Pega um cigarro de maconha e começa a mastigá-lo. Em seguida pega na mão do namorado e começa a lamber o seu dedo, como se estivesse fazendo sexo oral. O rapaz fica meio apavorado.

NAMORADO:
Calma menina. Você tem uma reunião muito importante ainda hoje...

MARIANA:
Reunião?

Despenca a rir, e a lamber o dedo do rapaz com mais afinco. Mostrar estar excitada.

CENA 21:
Flashes muito rápidos dela transando com pessoas de todos os tipos. E gente jogando dinheiro sobre ela, ela junta tudo aquilo e ri muito. Transa mais etc. joga o dinheiro nos seios, põe na calcinha. Etc.

CENA 22:
Ela continua chupando o dedo “fura bolo” do namorado. O namorado esquiva-se um pouco. Parece Ter medo do que sente. Ela agarra o dedo do rapaz com mais rapidez e força e acaba engasgando. Começa a vomitar sobre o rapaz.
Nesse momento há uma revelação. O namorado começa e se trejeitar como um Gay.

NAMORADO:
Para com isso, sua puta.

MARIANA: (calma)
Puta eu sei que sou desde quando tinha 08 anos, e você é Gay desde quando?

NAMORADO:
Desde que nasci, trouxa.

MARIANA:
Tudo se explica... Gay! Como pude me enganar assim? Legal! Vou garantir a noite.
Ela desce do carro levando a bolsa. E ele sai com o carro para o outro lado.

Cortar p/

SEQ. 08: INT./QUARTO DE MOTEL/NOITE.

CENA 23:
Um homem de mais ou menos 50 anos, está sobre a cama quase nu. Joga perfume no corpo e no quarto. Há um relógio muito bonito na parede, atrás, marcando 04h00, Toma um gole de bebida num copo. Alguém bate a porta. O sujeito se prepara na cama.

HOMEM:
Pode entrar. Mas espere. Entre de costas.

A porta se abre. Um corpo nu se apresenta. O homem liga o som com um controle remoto.

HOMEM:
Quero te ver indo antes de te ver vindo. Quero te curtir de todos os lados. Quero te conhecer antes do sexo minha ninfeta. Vou te lamber inteirinha, como um touro lambendo sal num cocho. Vou te dar o céu essa noite, minha coisinha, nesse pedacinho de inferno.

Ele pega umas moedas sobre o criado e começa a jogar para cima.

HOMEM:
E vou te encher de dinheiro. Não isso que você veio buscar?

Ela faz brincadeiras com o traseiro, e ele se arrepia todo. Em câmera lenta ela se vira. O homem, leva as mãos ao rosto, e começa a gritar desesperado.

HOMEM:
É um ataque. É um ataque. Tão querendo me tirar do páreo.

MARIANA:
Pai?

O homem sente dores fortes no coração. Põe as mãos e vai perdendo as forças. Cai duro na cama. A moça continua parada sem se mexer.

MARIANA:
Socorro!.

Cortar p/ continuando...

CENA 24:
A mãe entra correndo no quarto e vê o marido morto. Mariana não está. Ela Fica desesperada.

MÃE:
Quem foi o responsável por isso? Só pode ser coisa da oposição.

Ela chega perto dele, depara-se com as moedas na cama. Ela pega uma das moedas. Calma.
Enquanto isso. Mariana se droga no banheiro, começa a vomitar no vaso sanitário.

MÃE: (CALMA)
Quem venderia o corpo a troco disso? ( FORTE) Dinheiro, dinheiro, dinheiro. Essa droga rege o mundo.

A mãe começa a ouvir tosses. Ela nada diz, apenas olha para o lado do banheiro. Pega mais algumas moedas. Despeja no peito do marido morto.

MÃE:
Será que o preço está sendo justo?

Em seguida surge a filha de dentro do banheiro vomitando muito. A mãe fica sem fala ao ver a filha.. o namorado entra
Ele se apresenta com trejeitos de gay.

NAMORADO:
Fica fria velha, essas coisas acontecem. Faz parte da vida.

A mulher começa a chorar. Nisso vão chegando os amigos dela da Zona, Os gays, bêbados. Muitos drogados. Vão todos se convalescendo com a moça que apenas delira. Entra também a amiga do jogo. A mãe levanta-se, vai para um canto vazio e fica olhando para as pessoas num misto de realidade e realidade fantástica.

CENA 25:
A mãe, a amiga do jogo, a filha e o marido estão no mesmo quarto jogando baralho sobre a cama semi nus. As pessoas estão todas olhando apreensivas. A amiga joga uma carta e pega outra. A filha joga uma carta e pega outra. O marido joga uma carta e pega outra. A Mãe joga uma carta e pega outra. E em todas está estampada a figura da morte.

CENA 26:
A mãe grita no canto do quarto.

MÃE:
Ganhei. As fichas são minhas.

Ela sai correndo em direção à cama e começa a juntar as moedas.

AMIGA:
Jogaram merda no ventilador. E vai ser difícil limpar. O julgamento vai ficar por conta de quem jamais soube a verdade

A mãe pega aquele punhado de moedas e fica diante da amiga e da filha que abaixa a cabeça.

MÃE:
Eu ganhei a vida toda. Tive tudo o que queria. ( diz para todos) Que isso daqui jamais tenha acontecido. Serão bem recompensados.

A mãe pega as moedas e começa a jogar no chão. A filha fica olhando. Fade out.

Início de Flash Back. Somente a voz em off.
A imagem é a do menino chegando correndo e passando a mão nos peitos de Mariana na Cena 06.

MÃE DE MARIANA: (entregando uma moeda)
Está aqui. Mas lembre-se a moeda tem duas faces. Por isso tem dois valores. O Divino e o Mundano. O da pureza e o do pecado. Mas bem aproveitado pode se comprar de tudo.
FADE OUT.

FIM.
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