MANDE ESSE BURGUÊS PARA CASA
QUE O TEMPO DELE JA SE FOI!
Nilton Manoel
tem diversos "prêmios" pela
Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel,
Eis de novo o bom menino,
doce,amigo,humilde e irmão,
pedindo votos de joelhos
na cidade e no sertão.
Traz na mão lindo santinho,
mostra ao povo mais "carinho"
o mestre da enganação...
Por amor a Deus e à vida,
grite: -Basta de lambança!
Com o voto atinja o alvo,
a pátria quer esperança
e o povo comida em casa.
Desse atrazo ,corte a asa
que ele quer é vida mansa.
Mande esse cara para casa
que o sangue dele é burguês...
Não fala a língua do povo!
pelo povo, o que já fez?
Quer do voto eterno o trono
enquanto o povo sem sono
chora o salário do mês.
Já conheço esse tinhoso
quando eleito é desacato
cai no mundo em boa vida
cospe até no próprio prato
para se ver na telinha,
como é franco esse carinha
não respeita o seu mandato?
Agora, meu povo, é a vez
de cobrar-lhe a má fé,
dizer-lhe não com o voto,
continuismo não dá pé.
Está na hora de ir pra casa,
fritar-se na própria brasa
beber do próprio café.
O cara tem que ir pra fila:
da saúde, água e luz,
pagar as contas da conta,
levar de povo a mesma cruz.
Mande esse líder de araque
sentir o peso do baque
de povo em túnel sem luz.
Mande esse cara pra casa
que ele só quer mordomia,
enquanto o povo tropeça
na mais rude carestia,
pousa ele de bom cristão,
nem sabe o custo do pão,
no balcão da padaria.
Mande esse cara para casa,
lavar louças,limpar chão;
Tire o cara da moleza
para dar vida à nação.
O Brasil quer gente nova,
que o povo cheio de sova
quer sair da perdição.
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