Cruzarei esta vida,
afirmando
[que passei metade da vida,
no auge dos sentidos,
amando.
Quando arrebatar-me (o Criador),
em derradeiro suspiro
[estarei reclamando,
que tenho outra metade
[da vida por viver.
Viver e sonhar com o vento,
na emoção dos reencontros
[com o desconhecido,
que em verdade ainda reclama,
sua outra parte dos sonhos.
E sobre estes tempos passados,
embevecidos
[pelo néctar da felicidade,
a gratidão pelo mel celestial,
com o qual fui suprido.
Entrementes sabe Ele,
o Criador, o mentor
[destes sonhos que carrego,
na inércia ou em claro,
em chegar ao ápice do amor.
Se o fechar das cortinas recair
[na juventude idosa do ser,
alquebrado vou insistir,
que a outra metade ainda tenho,
da vida por viver.
“Ora consigo crer, que existe outra parte da vida,
nas mãos Dele, para ser vivida em outra dimensão”.
AdeGa/98
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