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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->FALLING DOWN -- 20/06/2002 - 10:42 (LUIZ CARLOS LOCATELLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Obs. O texto a seguir é uma escaleta cinematográfica Ou seja, um resumo de sequências, por onde o roteiro propriamente dito será elaborado. Está no primeiro tratamento, que poderá ser modificado se o autor achar necessário, ele está sendo publicado para apreciação. Ainda há erros de concordâncias e colocações verbais. Mas está sendo revisado.

Por favor, caso haja interesse, comuniquem-se com o autor.

LUIZ CARLOS LOCATELLI
luizlocatelli@yahoo.com.br

Obrigado, o autor.

FALLING DOWN


Escaleta cinematográfica para filme de arte
Por: Luiz Carlos Locatelli


Obs.
As imagens devem seguir um padrão estético.
Uma cor para as cenas de alucinações.
Cor diferente para as cenas de Flash Bach.
Outra cor para as cenas atuais.


01: INT. TEATRO-PALESTRA – DIA 01

Fundo escuro, sem imagens.

ZECA o psicólogo, é convidado pelo mestre de cerimônias para iniciar a palestra.

Zeca entra e é aplaudido por todos. Ele agradece, senta-se num banco, e inicia um texto poético que fala sobre o valor da vida.

02: CRÉDITOS – TEXTO EM OFF 02

Inserir os créditos com um fundo escuro.

Aos poucos a imagem deve clarear até que o psicólogo esteja de costas para a câmera e de frente para a platéia, não vemos de quem se trata.

Ao terminar os créditos, a imagem é desfocada aos poucos.

Fundir com/

03: EXT. IMAGEM DO ALTO-CAMPO ABERTO - DIA 03

Vemos uma imagem desfocada. PAN. Sai do sol e desce até o chão.

A imagem foca-se aos poucos, enquanto vemos um menino de 06 anos de idade olhando para cima.

Em off ouvimos a voz de uma pessoa dizendo que ele vai morrer em no máximo 24 horas, é o tempo que vai durar a ação do veneno em seu organismo. Acha que o sujeito está louco. Tomou o veneno mais forte que existe e não tem antídoto.

Em pensamento ouvimos uma voz que diz que o veneno está em seu organismo há muitos anos e realmente não tem remédio.

O menino que está olhando dá um forte grito que é sufocado por um suspiro forte.

FADE OUT.

04: EXT. AVENIDA MOVIMENTADA – NOITE 04

ESCURINHO, um homem branco, 1.80 m de altura, mais ou menos 80 quilos, cabelos curtos por pentear. Barba curta no rosto, dentes estragados. Anda pela avenida alucinado.

Câmera nervosa, e movimentos rápidos. Há um certo silêncio na cena.

Escurinho olha muito para traz, tem medo de alguma coisa.

Agarra-se nas pessoas que os empurra contra as paredes.

Cospem nele, imagem da visão de Escurinho. As pessoas o desprezam muito.

Ele bate com a cabeça num poste e cai meio que desmaiando.

A imagem branqueia. Faz se um silêncio total.

Cortar p/

05: EXT. MATO ABERTO / ESTRADA – MANHÃ 05

O silêncio é quebrado com o som de algumas sirenes de carro de polícia que passa em alta velocidade.

Os policiais procuram por alguém muito perigoso, falam pelo rádio.

Há muitos policiais correndo a pé no meio do mato. O sol está surgindo no horizonte.

Não encontram o sujeito, acreditam que é alarme falso.

Cortar p/

06: INT. CEMITÉRIO – MANHÃ 06

Mostrar uma tumba de cemitério.

Escurinho se aproxima aos poucos. Ele está alucinado.
Segura alguma coisa embaixo da camisa.

Escurinho anda mais pelo cemitério, ele não encontra o que procura. Olha muito para trás e para os lados.

Escurinho para diante de uma tumba coberta com terra. Ele para um instante. Joga-se sobre a tumba. Depois vai levantando-se aos poucos. Ele tira um bouquet de flores velhas e amassadas da roupa e coloca sobre o túmulo. Ascende um cigarro de maconha e sai andando pelo cemitério.

Cortar p/

07: INT. BARRACÃO VELHO – DIA 07

Um homem estranho, com cara de mau, carrega vários cartuchos de espingarda.

No final ele testa um dos cartuchos numa tábua, explodindo-a.

Ela solta um sorriso falso. Vai até uma gaveta pega muitas balas de uma arma pesada. Vai até um armário e pega uma espécie de rifle. Junta com a espingarda de 2 canos e sai do barracão.

Cortar p/

08: EXT. ESTAÇÃO FERROVIÁRIA ABANDONADA – DIA 08

Escurinho chega perto de uma estação ferroviária abandonada. Há vários mendigos no local. Escurinho quando passa o próximo trem passageiro.

Os mendigos se olham e fazem sinais de que ele está maluco.

Escurinho vira-se rapidamente e percebe que riem dele. Ele grita muito forte querendo saber a que horas passa o trem passageiro.

Ninguém sabe responder.
Escurinho sai por entre eles chamando-os de vermes da sociedade. Chega perto de uma criança que olha para ele. Pega o pedaço de pão que ela come e começa a comer. A criança apronta uma choradeira.

Um dos mendigos vendo de longe, se aproxima rapidamente para tomar satisfações. Escurinho saca de uma faca pequena e pede para ele entrar se for homem. O mendigo para. Escurinho o chama de frouxo e vai saindo devagar dando as costas.

O mendigo pega uma caixa de frutas, e sai dizendo quem é o frouxo. Mas antes que ele acerte Escurinho, é atingido pelo punhal de Escurinho. Ele cai gemendo e sangrando.

Escurinho sai meio amalucado, dizendo que não queria fazer aquilo, mas ele o atentou. Sai reclamando e desaparece.

Cortar p/

09: EXT/INT. BARRACÃO VELHO – DIA 09

Um carro de Polícia se aproxima devagar do barracão abandonado.

O policial sai do carro cauteloso. Arruma a arma no coldre. Aproxima-se do barracão. Empurra a porta do barracão que está aberta. Entra.

Inspeciona o local com um certo receio. Ele abre o armário e tira uma arma velha de dentro.

Num estalo uma mão tapa a sua boca e um revólver é colocado no seu ouvido.

Revela-se o homem estranho e com cara de mau. Que diz para tomar cuidado, quando mexer nas coisas dos outros.

Em seguida os dois se abraçam. Revela-se os dois serem irmãos. Um é policial, e o outro assassino de aluguel. Um é útil para o outro, e por isso se fazem favores.

O homem é contratado para matar o tal Escurinho, já que a Polícia não tem autorização.

O homem aceita e diz que vai agir só. Diz que está precisando caçar um pouco mesmo, já que as caças no mato, estão cada vez mais escassas.

O policial vai embora.

Cortar p/
10: EXT. ÁRVORE ALTA NO ESCAMPADO – DIA 10

Escurinho se droga embaixo de árvore alta.

Ele fica mais alucinado do que está. Levanta-se e começa a girar em volta como se estive maluco.

Ele começa a tirar as roupas e girar mais. Grita muito no meio do escampado.

Sai correndo para todos os lados de braços abertos dizendo que está livre.

Encontra uma possa de barro. Joga-se dentro como se fosse água. Lambuza-se como se estive nadando. Levanta-se e dá um grito olhando para o sol.

A imagem escurece aos poucos, ele continua olhando para cima. Grita que quer morrer.

FADE OUT.

11: INT. RUÍNAS – DIA 11

Escurinho está armando uma maneira de se matar.

Ele arma uma flecha, que ao soltar a trava ela vai de encontro ao acento.

Ele testa num mamão, está tudo correto. O mamão explode.

Ele senta-se no acento, puxa corda, mas a flecha para no meio do caminho, bem perto dos seus olhos.

Ele apenas arregala os olhos e apaga.

CORTAR P/

12: INT. RODOVIÁRIA – DIA 12

Escurinho está numa rodoviária de cidade pequena. Anda para todos os lados. Olha em relógios, está com medo de alguma coisa.

Um relógio toca marcando as horas, ele se invade do local.

CORTAR P/
13: EXT. ARVORE GRANDE NO ESCAMPADO – DIA 13

Insert Seq. 10.

Escurinho rola-se na lama. Levanta-se devagar, olha para cima, vê o sol. O seu olhar é desviado para os galhos da árvore.

Começa a ouvir sons de risos e gritos.

Ele fica mais alucinado e grita dizendo que quer morrer.

14: INT. LIMBO SUJO – NOITE 14

Escurinho está dentro de um limbo escuro.

Muitas fitas enlameadas penduradas.

Há muitos capetas lhe cutucando e rindo e dizendo que ele vai morrer.

Ele tenta escapar, mais forcas são colocadas em sua frente. Olhar histérico.

Corre alucinado e tromba numa parede.

FADE OUT.

15: EXT. ESTRADA DE TERRA – DIA 15

Escurinho anda por uma estrada de terra, surge um ônibus velho ao longe.

O ônibus se aproxima e Escurinho levanta a mão.

O ônibus para. Escurinho rodeia-o devagar procurando a porta para entrar.

A porta se abre devagar, ele fica olhando meio assustado.

Quando ele vai entrar vê o capeta ao volante que lhe abre um sorriso. Ele se apavora e sai correndo para fora.

A porta se fecha de devagar e sai.

Na traseira do ônibus ele vê uma cruz enorme. Não entende nada.
Ele cobre os olhos com as mãos, apavorado, ouvindo gritos e risos.

Fundir com/

16: EXT. ARVORE GRANDE NO ESCAMPADO – DIA 16

Escurinho abre os olhos e está no escampado perto da arvore.

Ele está olhando para trás, ao voltar-se para frente, ele dá de cara com várias tumbas e cruzes de madeira como a que ele visitou no cemitério.

Ele para de andar. Fixa o olhar numa das tumbas. Ele ameaça correr para ela. Mas suas vistas embaraçam, ele para. As cruzes começam a se mexerem. Ele fica assustado tenta voltar correndo.

Surgem atrás dele, muitas outras cruzes com tumbas no chão. Ele se encolhe, seus olhos alucinam-se.

Começam a saírem mortos das tumbas de terra, eles seguram as cruzes nas mãos. São todas as suas vítimas, identificada pelo mendigo. Alguém diz que voltaram para buscá-lo. Ele precisa conhecer o local para onde os mandou.

Ele pede para voltarem aos seus lugares. São seus mortos. Não deveriam estar ali.

Ele sai correndo meio apavorado, trombando nos morto, acaba caindo numa cova. Não consegue sair.

Os mortos chegam e começam a jogar terra sobre ele. Suas vistas se escurecem quando uma pá muito forte é jogada sobre seus olhos.

Fade out. Cortar p/

17: INT. RUÍNAS – DIA 17

Escurinho inventa uma segunda maneira de se matar.

Ele pendura por uma corda alguma coisa muito pesada, numa trave alta.

Vai embaixo para ser esmagado.
Ao puxar a corda, o peso não cai, paira no ar.

Ele estapeia-se e olha para o sol.

Sai do local, o peso cai.

Fade in. Cortar p/

18: EXT. ESTRADA DE CHÃO – DIA 18

O Caçador anda pela estrada de terra que antes Escurinho andava.

Ele vê o ônibus ao longe. O ônibus se aproxima.

Ele dá com a mão, o ônibus para. Ele rodeia o ônibus procurando a porta.

A porta se abre devagar, ele fica olhando.

O homem entra no ônibus normalmente. O motorista o cumprimenta. Ele vai para o fundo, está vazio.

Dos fundos ele pede para leva-lo ao campo santo abandonado.

No meio do caminho o motorista fala de um maluco que apareceu e fugiu sem dar explicações.

O caçador para perto da grande árvore, perto dela há uma pequena cruz, dessas de gente que morreu.

Vê sinais no chão e segue o caminho andando.

19: EXT. RUA DESERTA – MANHÃ 19

Escurinho anda por uma rua deserta. É manhã. Está muito calmo.

Um carro surge ao longe e fica na espreita.

Escurinho fica assustado olhando o tal carro

Escurinho sai andando como se nada tivesse acontecendo. O carro começa segui-lo.

Ele começa andar mais depressa e o carro também.
Escurinho corre por lugares diversos, o carro atrás.

Escurinho se esconde embaixo de uma ponte e o carro passa direto.

Cortar p/

20: EXT. RUA – MANHÃ 20

É manhã. Escurinho brinca com um carrinho de brinquedo como uma criança.

Escurinho fica com raiva de brinquedo e atola-o numa possa de água feita por uma mulher que lavava a calçada.

A mulher pede para Escurinho sair de lá. Escurinho apenas ri, ela joga água nele expulsando-o.

Escurinho sai bravo.

Cortar p/

21: EXT. VISÃO DE CIMA DA ÁRVORE – DIA 21

Temos uma imagem vista de cima, está embaçada. Aos poucos ela se limpa.

Uma criança de 06 anos está olhando para ele.

Nos fundos surge um motoqueiro, que passa fazendo poeira.

Cortar p/


22: EXT. ESTRADA NO MEIO DO MATO – DIA 22

Uma moto estilo HD corre em alta velocidade pela estrada de terra.

O motoqueiro entra no mato.

Sai para a estrada novamente.

Vemos os olhos do motoqueiro, está inquieto.

O motoqueiro para bruscamente. Põe o pé no chão. A câmera sobe e vemos Escurinho na sua frente parado, com uma arma nas mãos.
Em câmera lenta o motoqueiro tira o capacete, eles falam alguma coisa mas não ouvimos.

Escurinho levanta a arma muito lentamente e puxa o gatilho soltando muita fumaça o fogo pelo cano.

Cortar p/

23: EXT. RUÍNAS – DIA 23

Escurinho está deitado nas ruínas sobre umas das vigas. Ele acorda assustado ao ouvir um estouro de motor na rua.

Ele se apavora, sai andando pela viga ao ver luzes vermelhas.

Ele vê os giroflex de polícia.

Mas são pedaços de garrafas quebradas.

Escurinho desce das vigas por cordas penduradas.

Ao colocar os pés no chão o assassino aparece com as armas em sua nuca.

Ele diz que tem uma tarefa a cumprir, e vai cumprir. Um favor para um parente. Eliminar mais um verme que devora a terra.

O sujeito tem que morrer, mas a polícia não pode aparecer como culpada.

Escurinho vai ficando cada vez mais nervoso e descontrolado.

Os dois entram desafios corporais: brigam de todas as formas, se drogam juntos. O cara acaba confessando que só faz aquilo por dinheiro. Escurinho não tem um preço bom, apenas vale um favor.

Quando o assassino vai atirar em Escurinho uma pomba faz barulho no local e o distrai. Escurinho toma-lhe a arma e assume a briga.

Diz várias coisas e no final descarrega a arma no assassino, que morre rindo. Pisa sobre ele, pega suas armas e seu resto de droga.
Foge em seguida.

Cortar p/

24: EXT. IMAGEM DE CIMA DA ÁRVORE – DIA 24

Imagem de cima da árvore. Ela branqueia por duas vezes.

Nos intervalos das piscadas, uma aparece o menino, e em outra a moto correndo.

Tudo branqueia.

25: EXT. ESTRADA NO MEIO DO MATO – DIA 25

Repete-se a seqüência da moto correndo no meio do mato, estradas, etc.

O motoqueiro para ao deparar-se com escurinho.

O homem tira o capacete lentamente. (câmera lenta).

Escurinho fala alguma coisa que não ouvimos. Levanta a arma.

O homem cai de joelhos.

Escurinho atira, e o homem vai caindo lentamente.

Escurinho chega perto e o meche com o cano da arma.

Fade in./

Cortar p/

26: EXT. ESTRADA DE TERRA E A POLÍCIA – DIA 26

4 viaturas de polícia passam em alta velocidade com sirenes ligadas.

Na boléia um dos policiais diz que encontraram o corpo do contratado.

Deduzem que além de solto o sujeito está muito bem armado. É preciso intensificar as buscas.

Continuam pela estrada.
Surge Escurinho que fica rindo dos policiais.

Escurinho para um carro que vem do contrário. Leva o carro do homem na marra, deixando o homem caído.

Diz que vai para outra cidade.

Cortar p/

27: EXT./INT./EXT. AVENIDA/SORVETERIA SHOPPING – DIA 27

ZECA, um homem aparentando uns 35 anos, passeia com a namorada por uma avenida movimentada.

Escurinho chega com o carro e para. Fica olhando para o casal.

Zeca entra no shopping e se encaminha para a sorveteria, em seguida são servidos.

Escurinho se aproxima e senta-se na mesma mesa. Não tira o olho dela.

Zeca intimida-se e ameaça sair. Escurinho põe a mão sobre o braço de Zeca e mostra a sua arma.

Escurinho diz que está com sede se sexo, e ela vai sacia-lo.

Os policiais passam na avenida ele se abaixa dizendo para o casal que a caça está muito perto dos caçadores, precisa sair fora.
Pede gentilmente para os dois saírem na sua frente.

Eles descem pela escadaria.

Na rua faz eles entrarem no carro que ele está e saem pela avenida.

Cortar p/

28: INT./EXT. CARRO/TERRENO ESCAMPADO – DIA 28

Dentro do carro a moça questiona o seqüestro. Escurinho apenas diz que eles serão sua segurança.

Escurinho para o carro, os três descem todos, sai levando os dois por um terreno escampado.

Os três passam perto de uma árvore alta. Escurinho diz que ali serão revelados muitos segredos.

A moça é linda, ele tenta agarrar ela na marra. O namorado intervém e apanha.

A moça se entrega para o cara rasgando suas roupas, a troco de deixa-los em paz.

Ele fica alucinado e confunde-se ela com sua mãe. Ajoelha-se pede perdão e diz para ela ir embora.

Ela não quer ir só. Ele então diz que vai levar todos para o destino.

Saem andando.

Cortar p/

29: EXT. PEDREIRA – DIA 29

Os três passam por perto de uma pedreira bem alta.

Surge um comentário, em viver após despencar aquele abismo.

Escurinho tem um ataque e quase joga Zeca no Paredão de pedras.

A moça fica apavorada e sai correndo com medo. Escurinho atira nela por trás, mas não acerta, o namorado tenta segurar a arma e leva um tiro na mão.

Saem do local, prevendo a chegada da polícia.

30: EXT./INT./EXT. CASA VELHA ABANDONADA – DIA 30

Escurinho e Zeca chegam numa casa velha e abandonada.

Escurinho bate palmas. Está inquieto. Reclama por não lhe obedecerem.

Uma velhinha abre uma das janelas e fica espiando por uma fresta.

Escurinho pede para abrir a porta, precisa falar urgente com o dono casa, quer comida e pouso.

A velhinha diz que o dono da casa está morto.

Escurinho diz que assim é melhor. Ela então vai lhes dar o que precisam.

Escurinho arromba a porta e entra.

Sentem um mal cheiro muito forte. Dão de cara com um defunto sobre a mesa da cozinha.

Escurinho começa a ter uma alucinação.

O morto levanta-se e o ataca no pescoço. Ele se desespera e não consegue fugir do morto. O morto ri muito dele, diz que em breve serão companheiros de morada.

Escurinho volta a si e está abaixado num canto da sala se drogando.

Ele levanta-se e enfrenta a velha chamando-a de insensível, zeca intervém e é atingido na cabeça com a coronha do revólver.

A velha começa a rezar. Escurinho fica irado com a situação e pede para a velha deita-se ao lado do morto.

Ela vai deitando-se devagar, ele pede pressa. Após ela deitar, ele diz que os dois fazem um belo casal. Pede para ela tomar um pouco do líquido que está no copo ao lado.

Ela diz que não. Descobre-se que é veneno, e que a velha matou o marido por vingança. A traiu com uma vaca no pasto.

Escurinho faz ela tomar o veneno na marra. Ela toma e morre sobre o velho.

Escurinho e Zeca se alojam na sala, vão passar a noite. Zeca não quer, mas acaba ficando meio que obrigado.

Cortar p/

31: INT. DELEGACIA – NOITE 31

Revela-se o policial ser o Delegado da cidade e que tudo está muito calmo. Ele e um policial assistem a um filme pornô no vídeo. Comentam sobre as dádivas da atriz.

Recebe uma ligação da capital, informando-lhe sobre a fuga de Escurinho.

O delegado diz que a calma foi pro brejo. Mas vão sair em busca do bandido pela manhã.

Cortar p/

32: EXT. LAGOA BONITA – MANHÃ 32

Escurinho chega numa lagoa trazendo Zeca meio que arrastado.

Param diante da lagoa. Escurinho abandona Zeca e pula na água falando de liberdade.

Volta sério reclamando da vida, de tudo que poderia ter feito de bom. Mas acabou só fazendo o mal.

Zeca diz que é psicólogo e pode lhe ajudar.

Escurinho se enfurece e joga Zeca na água tentando lhe afogar, contrariando a idéia de ser ajudado, diz não ter mais remédio para ajudar-lhe.

Em seguida tira Zeca para fora sem dizer nada, no final diz que lhe deve alguns favores.

Zeca não entende e cai no chão se lambuzando na terra.

Zeca sai correndo para fugir do maluco.

Escurinho atira por trás acertando-lhe alguns tiros na perna.

A perna de Zeca sangra muito. Zeca pede ajuda a Deus.

Escurinho chega perto, diz que agora vão buscar a tal ajuda.

Cortar p/

33: INT. IGREJA PEQUENA – DIA 33

Os dois entram numa igreja pequena. Ela está vazia. O padre vem lhes atender perguntando o que querem ali na casa do Senhor.

Escurinho fica enfurecido dizendo que vieram encher a cara de cachaça. O padre não entende o trocadilho. Ri da situação.

Escurinho também ri.

Zeca também ri.

Escurinho vai ficando sério, saca de uma arma e diz que não estava brincando. Já que ninguém perdoa suas atitudes.

O Padre tenta conversar dizendo que Deus perdoa a todos.

Ele diz que não acredita em quem ele não pode ver e muito menos no perdão. Ninguém perdoa, nem uma criança.

Cortar p/

34: INT. BANHEIRO VELHO DAS RUÍNAS – DIA 34

F. Bach.

Há um homem negro batendo num menino branco. Não ouvimos nada no início.
Tudo isso é visto pelos olhos de um menino que aparece no final da cena.

O homem lhe dá choques, e o joga no chão.

No final ele sai arrastando o menino pelas orelhas.

No fundo surge o outro menino que vê tudo. E ouvimo-lo dizer que está tudo errado. Que ele é negro e o filho é branco.

O pai vê o menino nos fundos. O menino se esconde atrás de um pilar.

O homem sai levando o menino para dentro.

A imagem branqueia. Fade out.

Cortar p/

35: EXT. BAR DE CIDADE PEQUENA – DIA 35

Os dois entram correndo num bar. Dois homens jogam sinuca. Escurinho pede para saírem de lá. E joga Zeca sobre a mesa.

Os dois ficam nervosos.

Escurinho não dá atenção. Pega uma faca com rapidez e os dois se assustam e sentam-se num banco. Pega uma garrafa de cachaça, toma um gole e despeja o resto na perna de Zeca.

Zeca grita de dor.

Escurinho queima a ponta da faca com um isqueiro e extrai as balas da perna de Zeca.

O dono do bar chega amarrando a calça, fica assustado com o que vê, pega o telefone.

Escurinho acerta-lhe um tiro no meio da testa. Ele cai morto sobre o balcão.

Pega Zeca pelo braço e sai puxando-o.

Cortar p/
36: EXT. TEATRO – DIA 36

Escurinho trás zeca segurando-o pelo braço.

Zeca está muito mal. Sente muitas dores. Precisa de remédio. Está sem as balas, mas sangra muito.

Escurinho ê o teatro, e se encaminham até ele.

Força a porta e entram dizendo que ali eles se curarão.

Cortar p/

37: INT./EXT. BAR DE CIDADE PEQUENA – DIA 37

O delegado entra no bar juntamente com o Policial.

Os dois jogadores estão inertes.

Os policiais tomam na conta do morto. Jogam bebidas nas caras dos rapazes. Eles acordam e saem correndo de medo.

Os policiais se enfurecem e dizem que o cara vai morrer. E ainda por cima eles têm que agüentar as pressões da noivinha do cara seqüestrado.

Saem do bar. Do lado de fora está cheio de curiosos. Eles entram no carro e saem em alta velocidade.

Cortar p/

38: EXT. RUA DE CIDADE PEQUENA – DIA 38

F. Bach.

O padre corre desesperado por uma rua da cidade. Ele reza muito.

Atrás surgem Escurinho na frente de arma em punho e Zeca atrás com muita dor na perna e pedindo para se acalmar.

Ele diz que sua calma só aparece quando termina o que se determinou a fazer.

O corre e reza. Câmera lenta, olha para trás.

A arma é levantada. O tiro sai. Ele cai em câmera lenta.

Escurinho e Zeca param. Depois continuam andando, passam por cima do padre que dá o último suspiro.

Cortar p/

39: INT. TEATRO – DIA 39

Escurinho ri muito. Está descontrolado.

Zeca diz que não precisava ter matado o padre. Agora será amaldiçoado para sempre.

Escurinho revela a morte da platéia, tinha inveja o artista. Na seqüência ele diz que ali começou tudo e pode terminar.

Zeca enrola alguma coisa para parar de sangrar. Está sentado no banco do piano.

Cortar p/

40: EXT. CASA VELHA ABANDONADA – DIA 40

Há duas viaturas de Polícia e um Siate próximos a casa velha.

Os dois policiais saem da casa tapando os narizes.

Dois bombeiros saem da casa carregando um corpo coberto com um pano. Passam pelos policiais.

Os policiais chegam perto de um dos carros.

A noiva de Zeca está ali.

O delegado diz para ela ficar calma que o namorado não está entre as vítimas. Revela que aquilo aconteceu antes do assassinato do padre e acaba ficando nervoso.

O policial diz que é preciso tomar alguma decisão muito urgente.

O delegado diz que vai tentar agarra-lo, se não conseguir, ele põe os cães no rastro da fera.

Entram no carro.
Cortar p/

41: INT. TEATRO – DIA 41

Escurinho está sentado num dos bancos do teatro, pede para Zeca tocar uma música.

Zeca geme de dor. Está tendo febres. Se arrasta até o piano e começa a tocar.

Escurinho diz que realmente é louco, interrompe a música de Zeca cantando “Eu não sei de onde vim”.

Para de cantar e declama, labaredas, subindo na escada sempre de longe. Quando termina ele olha para baixo.

Em vez de ele ver zeca, suas vistas embaraçam, repete a palavra morte várias vezes e começa a ver o menino de 06 anos.

O menino está olhando para cima, começa a rodar de braços abertos feito um maluco e rindo muito.

A imagem vai ficando branca até apagar.

Fundir c/

42: EXT. IMAGEM DE CIMA/FLASHES DE MEMÓRIA – DIA 42

Vemos uma imagem vista de cima.

Um menino de 06 anos se aproxima em seguida tudo branqueia.

Uma moto passa em alta velocidade fazendo poeira na terra. Em seguida tudo branqueia.

Policiais surgem ao longe procurando no meio do escampado. Tudo branqueia.

Um menino de 06 anos se aproxima em seguida tudo branqueia.

Uma moto passa em alta velocidade fazendo poeira na terra. Em seguida tudo branqueia.

Policiais surgem ao longe procurando no meio do escampado. Tudo branqueia.

As mesmas imagens repetem com maior velocidade e no final branqueia de vez.

Cortar p/

43: INT. LIMBO BRANCO – DIA 43

Há um local branco em todas as paredes e no teto.

Escurinho está todo sujo de sangue e rasgado tentando escapar. Sente muita dor. Arrasta-se pelo chão. Ele tenta alcançar uma luz que está num canto da sala.

De repente uma grade preta cai sobre ele.

Ele tenta escapar das grades. Cai desanimado. Vai de encontro ao chão.

Tudo escurece.

Cortar p/

44: INT. TEATRO – DIA 44

Escurinho está se drogando, quando se droga fala da coisa cristalina. Uma estrofe.

No final ele está confuso começa falar dele aos 15 anos. Quando experimentou aquele troço pela primeira vez. Porque nunca pode falar nada, parecia estar de mãos atadas e boca tapada.

Fundir imagem. Voz em off.

45: EXT. BREJEIRO – DIA 45

Há uma menina de quinze anos com as mãos amarradas, e a boca tapada, sendo arrastada no meio de um brejeiro.

Ela se debate, tenta escapar mas não consegue. Ele fala de liberdade em off.

Cortar p/

46: INT. TEATRO – DIA 46

Zeca implora para Escurinho se transformar. É hora de mudar de vida.

Ele questiona que vida. Pra que viver. Se o que ele mais tinha de bonito ficou no passado, sua juventude.

No final ele diz que a vida não passa de pequenas vinganças. O tempo todo... a câmera passeia sai dele e...

A imagem branqueia.

Cortar p/

47: EXT. IMAGEM DE CIMA – DIA 47

Vemos uma criança olhando para cima. Branqueia.

Os policiais se aproximando ao longe. Branqueia.

A moto passando e soltando poeira. Branqueia.

Repetira a Seqüência 25, sem falas. Imagem em câmera lenta.

Cortar p/

48: INT. TEATRO – DIA 48

Ao voltar ele está meio amalucado no palco.

Anda de um lado para outro dizendo que ela não podia morrer. Não daquele jeito.

Vai de encontro a Zeca e pega-o pelos colarinhos fala um monte bobagens.

Zeca da um golpe e joga Escurinho no chão. Ele cai como um bebê.

Indaga, porque ela tinha que morrer daquele jeito.

Ele vai se acalmando. A câmera se aproxima de seus olhos, e ele pisca calmamente.

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49: INT./EXT. CASA DA FAMÍLIA – DIA 49

F. F. Bach.

Escurinho entra em casa sendo puxado pelas orelhas.

O pai o solta e pede para eles se compararem. Porque tanta diferença.

O menino começa a olhar assustado.

Revela-se então a mãe pendurada por um lençol no meio do quarto.

O pai pede para se comparar novamente. Agarra-se aos pés dela desesperado. O menino tenta encostar, o pai o empurra com força, o menino cai longe.

O pai vai até o guarda roupa, veste uma jaqueta de couro, um capacete e sai do quarto. O menino fica olhando a mãe morta, ouve um motor de moto sendo ligada.

O menino sai correndo do quarto.

O pai sai com a moto em alta velocidade pelo corredor.

O menino senta-se no chão fazendo uma cara séria.

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50: EXT./INT. TEATRO – DIA 50

Os policiais chegam correndo do lado de fora do teatro.

Descem do carro e pede para saírem com as mãos para cima, senão o local será invadido.

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Escurinho anda apavorado do lado de dentro do teatro. A noiva de Zeca chama o noivo do lado de fora.

Zeca vai falar algo. Escurinho faz sinal de psiu. E diz que a sua putinha já deve de ter repassado todos os policiais a troco de encontrar o chifrudo do namorado.

Zeca apenas pergunta se ele é o Escurinho?

Escurinho diz que é.

Aquele que...

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51: EXT. CASA DE ESCURINHO – DIA 51

Um menino sai da casa de Escurinho e vê um homem judiando de outro menino perto dos banheiros.

Ele sai correndo e fica de longe olhando.

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52: INT. TEATRO – DIA 52

Zeca então faz a brincadeira, de quando os dois eram crianças.

No final a cena dele ser ladrão desde pequeno.

Escurinho interrompe e diz que o amigo diz que ele está delirando.

Zeca começa a falar do pedido da sua mãe.

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53: INT. CASA DE ESCURINHO – DIA 53

A mãe está sentada na cama e o menino entra.

A mãe então diz para Zeca cuidar de Escurinho, ele é adotivo, e o pai não sabe. Pensa que é fruto de traição.

Pela janela eles vêem o menino sendo judiado.

Zeca fica olhando por um tempo e promete a mãe que se puder fará alguma coisa.

O menino sai do quarto.

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54: INT. TEATRO – DIA 54

Escurinho chora ao descobrir que é adotivo.

A porta é estourada e ele não resiste. Está chorando como uma criança.

Os policiais o prende com muita rigidez.

Levam-no para fora.

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55: EXT. TEATRO – DIA 55

Os policiais saem levando o preso.

Escurinho e sua noiva ficam na porta do teatro.

Escurinho revela que antes de ser Psicólogo havia se formado em direito. Mas nunca exerceu a profissão. Vai fincar a cara nos livros e tentar mudar a vida de Escurinho.

A moça resiste, ele diz que deve isso a ele apesar de tudo.

Saem andando do local.

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56: INT. DELEGACIA – NOITE 56

Escurinho é jogado numa sala escura. É um local isolado para presos perigosos.

Ele se encolhe de medo num canto ao descobrir que tem ratos e baratas com cia.

Ele ouve os policiais comentando do lado de fora, que não importa a decisão do júri. Assim que ele botar o pé para fora daquela delegacia ele será morto antes de chegar ao destino.

Ele diz para si, que não será morto na mão deles. Vê uma barata passando, ela olha para ele. Super close na barata. Ela olha para ele. Ele desespera-se e começa a suar.

O seu olhar começa cruzar com o da barata e começa a ter uma alucinação.

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57: INT. BARRACÃO ABANDONADO/ALUCINAÇÃO – DIA 57

Escurinho está sentado numa cadeira, amarrado. Uma barata passeia em seu corpo.

Em sua frente um juiz, é o Delegado que o prendeu.

No outro lado estão os jurados. São todas as pessoas que ele matou.

Ainda não está o homem da moto, nem o assassino profissional.

O Juiz o acusa de culpado pela morte de todos.

Eles apenas olham para ele.

Ele começa a ficar desesperado dizendo que não matou o cara da moto nem o assassino.

Eles estão vivos.

Eles dizem que estão em sua lista. Com certeza vão mata-lo.

Ele começa a gritar e a imagem entra pela sua goela.

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58: INT. SALA DE CONFISSÕES – DIA 58

Ele é levado para a sala de confissões.

Ele confessa apenas a morte da menina de 15 anos.

Para os policiais essa não consta em seu currículo.

Ele então começa a contar como matou a menina que não quis ficar com ele.

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59: EXT. PLANTAÇÃO DE FRUTAS – DIA 59

A menina se olha numa pequena lagoa.

Um rapaz grita de longe que pra ela vir para dentro lavar as louças.

Ela diz que não é empregado dele.

Ele grita dizendo que se ela não entrar, vai bater nela.

Ela sai correndo pelo meio do pomar.

De repente ela é presa com uma mão sobre sua boca. Ela se debate mas não escapa.

Pensa que é seu irmão. Mas ao ver que não o é, ela se apavora.

Escurinho sai arrastando a menina pelo pomar e a leva bem longe, dizendo que eles têm algo para fazer.

Joga ela deitada no chão, e com uma faca acaricia seu corpo. Arranca a blusa calmamente, sempre dizendo algo.

Depois tira o soltiem com a ponta da faca.

Quando ele vai morde-la é acertado por trás com chute nos escrotos.

Ele grita de dor e cai do lado, ela escapa dele e sai correndo.

Em seguida ele a alcança. Dá um soco com muita força nela, coloca fita em sua boa e amarra seus braços.

Sai arrastando ela pela lama.

Ao chegar perto de uma lagoa. Desamarra-a e tira a fita.

Ela tenta escapar e ele corta o seu pescoço. Em seguida chupa seu sangue se lambuzando todo.

Joga ela na água. E sai andando.

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60: INT. SALA DE JULGAMENTO – DIA 60

Há o julgamento dos crimes de Escurinho.

Ouvimos somente o texto de Zeca que o defende, que além de psicólogo também é advogado, embora nunca tenha exercido a profissão.

Escurinho é condenado a uma prisão de recuperação. De drogados e doenças psíquicas.

61: INT./EXT. TRANSPORTE DO CONDENADO – DIA 61

Escurinho está sendo transportado num furgão da polícia para a prisão de recuperação.

Aos poucos se revela existir uma navalha em seu poder.

Ele consegue matar todos os dois policiais. O furgão para imediatamente.

Ele sai do furgão e sai em alta velocidade correndo pela estrada.

No furgão um rádio está ligado. Um dos policiais antes de morrer consegue pedir socorro.

62: EXT. FAZENDA DE FRUTÍFERA – DIA 62

Escurinho chega correndo há uma plantação de frutas. Sua calça esta caindo. Está muito cansado. Para um pouco. Respira, procura por uma fruta. Encontra uma corda. Amarra a corda na calça.

Procura por drogas, sentado embaixo de uma das plantas. Ele não encontra, sai meio maluco querendo drogas.

Ele sai andando e chega perto de um depósito da fazenda. Encontra veneno de inseto. Toma para substituir a droga.

Ao terminar de tomar o veneno, um cano de espingarda é colocado na sua nuca.

O dono da fazenda diz que ele tomou veneno e vai morrer dentro de 24 horas. Explicando a ação do veneno. Não tem antídoto.

Escurinho se apavora e agarra o homem pelo pescoço, diz que ele vai ter que salva-lo.

Ele começa a ter uma certa tonteira, solta o homem e sai andando.

63: EXT. ESTRADA – DIA 63

Os policiais passam em alta velocidade.

O delegado diz que o cara é perigoso, precisa ser preso, ou morto. Pede para mandarem uma tropa por terra.

64: EXT. ESTRADA DE CHÃO SEM MOVIMENTO – DIA 64

Escurinho anda pela estrada sem movimento.

De longe ele avista o ônibus.

(idem cena do ônibus, dessa vez mostrar a cena inteira, quando ele vê a foto de uma cruz atrás)

65: EXT. ESCAMPADO – DIA 65

Os policiais caminham pelo escampado procurado por Escurinho.

66: EXT. CRUZES NA ESTRADA – DIA 66

Escurinho tromba numa cruz a beira da estrada, a cruz se mexe.

Ele ajoelha-se.

Começa a rezar muito.

Tudo branqueia.

67: EXT. ARVORE ALTA – DIA 67

Escurinho chega perto da árvore correndo.

Senta-se ao seu pé.

Procura drogas, toma veneno.

Ele tira a corda da calça e fica olhando para cima.
Ele vê o barro e começa a tirar a roupa.

Tudo branqueia.

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68: EXT. MATO RALO – DIA 68

Um menino de 06 anos caça com um estilingue no meio de uma mata rala.

Quando ele vai matar um pássaro, chega o pai com uma moto espantando o pássaro.

Ele diz ao filho que está indo à cidade falar com a polícia sobre o cara que tomou veneno.

A moto sai. O menino sai andando.

69: EXT. ÁRVORE ALTA – DIA 69

Imagem de cima.

Passa o motoqueiro ao longe levantando poeira.

Um menino se aproxima.

Ao fundo policiais a pé.

Visão do menino vendo Escurinho e gritando de que tem um homem pelado ali.

70: INT. TEATRO – NOITE 70

Zeca termina sua palestra sobre os problemas psíquicos do dependente químico.

FIM.











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