Clamores das Tumbas
Vozes das tumbas queixam-se das injustiças contra elas cometidas. Das profundezas, onde não há luz, permanecem incomodadas com a ausência daquilo que lhes tiraram.
Os clamores constantes demonstram a indignação e o inconformismo. Querem ter de volta tudo aquilo que lhes tiraram. Querem fazer o mais que deixaram de fazer, por causa das injustiças que cometeram contra elas.
E agora, quem é que vai consolar esses aflitos, essas almas penadas, espíritos injustiçados, que por direito também mercem ter os dons divinos?
Quem os tirará das trevas? Quem os fará voltar para a vida novamente? Quanta injustiça cometida contra os pobres espíritos que não puderam e não podem se defender. Eles não conseguem fazer nada mais do que chorar, clamar e pedir.
As almas injustiçadas necessitam de consolo, de afeto, mas com tanta revolta, tanta ira, e indignação, não conseguem perceber e nem distinguir entre aqueles que lhes desejam o bem e os que lhes projetam o mal.
A vida foi-lhes tirada sobrando só, tão somente só, a amargura... mágoa que deseja a vingança. As almas querem retribuir - devolver aos algozes - o mesmo mal que lhes foi feito.
Elas crêem que o viço da vida lhes reencarnará, se pagarem com o sofrimento, aos algozes que as puseram a sofrer, suprimindo-lhes a alegria vital.
Que o amor de Jesus Cristo possa achegar-se e, envolvendo-os com os bálsamos da alma, possibilite-lhes a reencarnação entre os vivos.
(Irmão da luz)
|