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Cronicas-->13. MOMENTOS DE FELICIDADE -- 21/07/2001 - 07:29 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

É preciso saber transformar todo o tempo em momentos de felicidade. Se não forem graves os problemas em que nos enredamos, não haverá motivo para sermos sorumbáticos, pessimistas ou dispersivos.

Como vamos de saúde? Bem? Então, as demais preocupações podem aguardar que se apresentem as competentes soluções, pois tudo corre, na vida, segundo programações especialíssimas. Não há que bater o ferro frio, nem escaldar a pele em água fervente. O que é para ser feito, deveremos fazê-lo sem precipitação.

Eis-nos falando a respeito de como proceder, como se tivéssemos tido os melhores procedimentos. A bem da verdade, basta avaliar este escrito para saber que o estamos colhendo ainda verdolengo, na ànsia de cumprirmos a missão apostólica do alunado da Escolinha de Evangelização.

Mas um pouco de sabedoria todos temos e não iremos transformar este glorioso instante de contato com o plano material em algo penoso ou difícil de realizar. Aqui estamos e iremos deixar a doce impressão da felicidade maior que sentimos com as conquistas espirituais. Sabemos que muito deveremos ainda caminhar para estar ao lado de muitos companheiros encarnados, mas a oportunidade não se desperdiçará.

Claro está que deveríamos expor alguns conceitos mais relacionados com a idéia principal, mas não correremos o risco da aflição consciencial de não ter o que dizer e, mesmo assim, estarmos a derramar conhecimentos.

Conhecemos nossa medida por força da análise a que tivemos de submeter todos os atos conscientes da derradeira encarnação. Foi algo muito lamentável, pois não conhecíamos as diretrizes espíritas por desleixo, já que vários colegas tínhamos que nos chamavam para as lides da caridade, em centro localizado no bairro.

Mas resistimos à idéia de termos de trabalhar mais ainda, visto que éramos professor e dávamos muitas aulas. Maliciosamente, íamos prorrogando o ingresso na casa de assistência evangélica para depois da aposentadoria, a qual jamais nos chegou.

Entretanto, graças ao trabalho com os adolescentes, pudemos apresentar boa ficha de favorecimentos e de algum apostolado, mormente porque não reclamávamos dos baixos salários, sentindo-nos até apaniguados perante a grande miséria da região.

Com a consciência tranquila, aportamos do lado de cá, ciente de que muitos dos momentos junto à juventude foram transformados em êxtase de felicidade, como se a real atividade na Terra exigisse de nós que fizéssemos exatamente aquilo. Dar aulas foi vocação irresistível, não tendo perecido em plena atividade didática por injunção dos mentores, para que não se assustassem os pequeninos.

Na vida particular, não obtive o mesmo sucesso, pois o meu casamento falhou, talvez pela extrema mocidade da companheira. Não me lamentei muito, pois fui fartamente consolado, residindo aí os problemas mais sérios, pois não dei segurança emotiva a diversas criaturas que, talvez, acalentassem o sonho de se consorciarem maritalmente.

Hoje restabeleci os vínculos de frutuosa amizade com todos os seres que, de um modo ou de outro, nutriram algum ódio ou desgosto por mim e vivo bem satisfeito, na expectativa de reformular os planos existenciais, para dar continuidade à assistência àquelas mesmas criaturas que estiveram sob minha tutela intelectual. Não sei se vou conseguir, pois julgo que muitos avançaram para além dos círculos em que os deixei, até onde eu mesmo me capacitara a caminhar.

Crente de que os leitores estarão melhor preparados para a interpretação destes dizeres, vamos abandonar o posto, orando ternamente ao Senhor, para que todos possamos transformar estes instantes em verdadeiros momentos de felicidade.

Norberto.


Comentário

O amigo Norberto não descreveu todos os seus momentos, mas pretendeu deixar registrados só as melhores lembranças.

O professor Álvaro, com a autoridade que lhe dá o posto de mentor da turma, vem acrescentar que vidas inteiras sem dor, sem transtornos, sem ansiedades e angústias, podem apenas significar oportunidades de crescimento.

Norberto esteve bem próximo de centro espírita, mas se recusou a participar das atividades. Sofrerá mais por isso? Terá cometido pecado mortal? Irá para o Inferno? Nada disso. Mas deverá regressar à carne, para dar continuidade ao plano que ele mesmo organizara e que, no momento mais propício, deixou de executar.

Eis a razão de estar preocupado em regressar ao orbe.

Não é verdade que as informações importantes deixaram de ser mencionadas?

Oremos, fervorosamente, para que o Pai nos dê luzes para aceitarmos estas pequeníssimas advertências como momentos de felicidade.

Por outro lado, que o sentido de responsabilidade não fique toldado pelo desejo de estarmos perenemente em estado de paroxismo existencial. Trabalhos têm de ser feitos, inadiáveis, que exigem completa concentração, em abstração total das circunstàncias, de sorte que até conceitos filosóficos acabam quedando em zona do cérebro inativada, aguardando o instante do descerramento. Se essa intensa dedicação às tarefas não pode ser chamada de infelicidade, também não pode caracterizar-se como de absoluta consciência da integração do eu no Universo.

Perdoem-nos as divagações, mas acreditem que não se trata de mera especulação, porém, de constatação profunda da realidade. Não é verdade que Norberto abriu brechas em seus lúcidos momentos, quando restringiu os momentos felizes àqueles em que não somos premidos por nenhum sofrimento? Isto quererá significar que algo existe além da necessidade de se ser feliz?

Deixemos o comentário encerrar-se interrogativamente, na esperança de que algum outro membro do grupo venha complementar a mensagem.

Álvaro.


Complementação

Nem tudo que sai de nossa pena
Sai com a perfeição do Universo;
Estando noss´alma mui serena,
Poderá conter-se num só verso.

Porém, se sofrermos uma pena,
Por termos, na vida, sido adverso,
Aí, nossa obra, bem pequena,
Irá refletir rancor perverso.

Nosso grupo, assim, dispõe de vida,
Sem compreender, exatamente,
Que fator a torna apetecida;

Temos, na saudade, algum tormento,
Mas toda a alegria que a alma sente
Dá felicidade a este momento.

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