UM PASSEIO A INHOTIM, MG
Um museu a céu aberto
com figuras engraçadas
sanfona tocando perto
muitas poses ensaiadas.
Nesta foto eu apareço
Com um marido emprestado
Simpático, mas não conheço,
Foi apenas pra o bailado.
Sua mulher consentiu
Pois era jovem e bonita
Perigo em mim não sentiu,
Ela era a favorita.
Inhotim é agradável
De paisagismo exuberante
Mas não é recomendável,
Pois só tem um restaurante.
Tem turista em demasia
E na hora do almoço
É a maior agonia
É o maior alvoroço.
Tivemos que abandonar
O passeio à metade
E outro lugar procurar
Pra se comer à vontade.
Mas foi no “Rapa de tacho”
Restaurante beira estrada
Que de comer quase racho,
Comida boa, danada.
Minas Gerais é assim
Comida pra todo lado
Mas se for a Inhotim
Leve um bom lanche embalado.
Inhotim é um parque, ou melhor, uma espécie de jardim botânico, a cerca de 60 quilômetros de Belo Horizonte.
Eu não chamaria o local de "reserva ecológica", porque lá, de vida só tem as maravilhosas plantas, arbustos raros e árvores belíssimas. Mas estranhamente, quase não se ouve um pássaro cantar. Entre a exuberância das folhagens não se vê, camaleões, lagartixas, calangos, esquilos, ou qualquer outro anilmazinho próprio da mata. O que foi feito dos animais de Inhotim? Nunca existiram? Ou vivem em abrigos subterrâneos, como refugiados de guerra atômica?
Na entrada do parque eu vi alguns marrecos chineses nadando num pequeno lago verde (excesso de algas na água estagnada). Logo mais adiante, vi um casal de cisnes e seus filhotes, nadando também num lago igualmente tomado por algas. Pobres aves.
Eu não me recordo o nome da cidade mais próxima de Inhotim, o parque no estilo Burle Marx. Mas vale a pena a viagem lá, mas não esqueçam de levar o farnel.
Hull de La Fuente
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