Quando o vento da saudade
Bate no meu rosto,
Fico a pensar...
Imagino que, com Aline,
Sucede o mesmo,
Onde quer que ela esteja.
Surpreendente, aquele dia.
Noite estrelada, no “nosso” jardim...
Como nos velhos tempos,
De mãos dadas. Às escâncaras.
Sem medo de ser feliz.
Tudo favorecendo.
Isso mesmo. O mundo conspirou
A nosso favor, não?
Libertos das convenções.
Trocando proibidas juras de amor,
Desafiando a vida e a todos.
Sorvendo o néctar das poucas horas.
Seu lindo vestido, como os de outrora.
A ingenuidade nas palavras. Nos gestos.
Traços de um sonho. Um dia na vida!
Só nosso! Gostosa realidade, negada antes.
Na hora, partir... Sem olhar para trás.
Sabíamos que nunca mais nos veríamos.
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