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Artigos-->JK, Jango e Lacerda e o beijo da morte -- 04/01/2004 - 22:26 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
JK, Jango e Lacerda e o beijo da morte

Athos Ronaldo Miralha da Cunha





O instigante romance–reportagem O Beijo da Morte escrito por Carlos Heitor Cony e Anna Lee nos remete a algumas reflexões e interrogações. Será que realmente foram assassinados esses políticos?



Em um curto espaço de tempo, agosto de 1976 e maio de 1977, dois ex-presidentes e um ex-governador do Brasil morrem em situações e circunstâncias não bem explicadas. Essa é a premissa do livro.

A partir daí os autores começam a mostrar dados e formular uma argumentação e hipóteses que levam a indícios dos prováveis assassinatos e nos deixam na dúvida.



Por exemplo.

Miguel Arraes está exilado na Argélia. Em dado momento recebe um telefonema para não sair de casa nos próximos dias, pois receberá uma visita de três pessoas que passarão algumas informações. Era o serviço de inteligência da Argélia que avisaria Arraes sobre um projeto de uma possível abertura política das ditaduras do cone sul. Só que essa abertura política teria um preço: todos os possíveis líderes populares que estavam no exílio seriam eliminados. E na lista fornecida pela inteligência da Argélia constavam os nomes dos brasileiros.

Em depoimento na Comissão da Câmara dos Deputados que investigou a morte de João Goulart, o ex-governador Miguel Arraes expressou-se com uma certeza radical: “Para mim, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda foram assassinados. Os fatos são outra coisa”.



A Operação Condor, patrocinada pela CIA e FBI, controlava e manipulava as ditaduras dos países do Cone Sul. E, segundo as investigações dos escritores, a Operação Escorpião executou Jango.



O livro não traz uma conclusão mas nos mostra os fatos que nos levam a acreditar que JK, Jango e Lacerda foram, realmente, assassinados.



Todos temos conhecimento que as ditaduras militares cometeram atrocidades nessa tão sofrida América Latina. Cárcere, tortura e exílio eram a tônica da década de 70.

Quando vemos diante dos nossos olhos o preço que deveria ser pago pela abertura política, percebemos que as coisas não acontecem por acaso, principalmente quando envolve o poder e grandes interesses. E, assim, quantos fatos foram forjados nesses 500 anos de história.



Lembro nesse instante um exemplo recente da nossa república. A morte de Tancredo Neves. Alguns juristas ainda argumentam que Ulisses Guimarães, por ser o presidente da Câmara dos Deputados, deveria ter assumido a presidência da república, visto que Tancredo não havia assumido, seu vice também não poderia assumir. E todos sabemos, de trágica lembrança, que José Sarney tornou-se presidente. Mas isso é outra história.

Recomendo para quem gosta de história e política o livro O Beijo da Morte e também como leitura obrigatória de todo brasileiro que se interessa por política a leitura dos livros de Elio Gaspari As Ilusões Armadas.



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