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Artigos-->U-zine (38) -- 07/01/2004 - 06:29 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como o leitor reagiria, caso alguém se desse ao despautério, ao despropósito, ao desplante de proclamar: "Eu sou o meu escritor preferido"?



O U-zine reproduz abaixo um meu artigo que trazia esse título. Saibam desculpar-me os minguados leitores que já o conhecem da secção "Discursos". Acho que a estratégia de lançamento não foi das melhores. O meu "discurso" ficou soterrado sob a discursaneira onusiana do luminar LUMONÊ na virada do ânus, digo, do ano.



Nesse mesmo momento usinal, o Ujeca teve a idéia de jerico de dizer que dona Milazur é a nossa "Neruda de saias". Depois quem agüenta é a gente!!! Suponho que Dona Milene tenha aposentado, no ato em que leu, todos as calças compridas, para seguir fazendo jús ao epíteto. Saias, saiotes, anáguas e babados fortes em geral espalharam, no já congestionado ar do tempo, odores ancestrais, misturados à naftalina do fundo mais fundo das arcas e dos baús desencalacrados.



Um leitor me pergunta: "Uai, essa esquina da usina não é onde dona Shirlei também roda sua bolsinha?" Excelente pergunta, aliás.



Fiquemos com Paulinho da Viola, que canta: "e os poetas, como sempre, no vício das esquinas".



Agora, vocês prestaram bem atenção nesse soneto que foi reproduzido nos QAs por um entusiasmado D.O.M? É claro, como não poderia deixar de ser, as emendas só poderiam ser mesmo bem piores do que o sonetastro. Chama-se "Meu marido pederasta". Uau!



Talvez impressionado com o babado fortíssimo (de nooovo!) que inspirou a poeta, o nosso arguto eterno-candidato-a-síndico, agora também ensaiando seus primeiros passos como pregador da palavra, nem chegou a perceber alguns defeitozinhos técnicos na construção dos versos, bem como certas rimas que são a mais pura forçação de barra. E, crau!, já achou de dividir com o mundo das letras seu irreprimível alumbramento. Mas há que reconhecer-lhe a coragem. Não é todo mundo que enfrenta barras tão pesadas com igual desprendimento e denodo.



Uma perguntinha à Neruda de saias: "Não será o AZUL também uma espécie de loucura? Quiçá a mais ensandecida?" [Trilha sonora: "Nel blu dipinto di blu". Não vale brincadeira com esse "dipinto", tá legal?!]



Conhecem um poeta simbolista, negro, chamado BLUES & SOUZA? Coisas e loisas do bandido que sabia latim.



Continua preocupante o estado de saúde mental de certos freqüentadores dos quadros de avisos . Pra esses caras valentes (ouçam a filha da Elis), que têm a manha de bater o pinto na mesa antes do incontornável pedido de arrego pro sr. Waldomiro, há que inventar uma "camisinha de força", não acham?



Eu me pergunto se a nossa brilhante cromoneuropsicoterapeuta, ela que sempre foi íntima daquele médico lá de Viena, não terá lido "O alienista" (do Machado, é claro), já que seria demais esperar que tivesse visto "Das Kabinett des Doktors Calligari". Se bem que umas pitadinhas de Gestalt do colegial já desaconselhariam esses saltos mortais, sem pára-quedas, pra dentro dos côcos (eu disse "côcos"!) alheios.



Mas vamos ao texto antes lançado em "Discursos":



_________________________________



"Eu sou o meu escritor preferido"

_________________________________





Não, leitor, não me julgue mal, não ponha na minha boca tão estultas palavras, nem as faça jorrar de meus dígitos à beira de um ataque de tendinite. Agora, falemos francamente: Não é o que dizem neste site, em pensamentos, palavras e obras, nine out of ten maníacos do ranking?



[Já repararam como os vários recursos, falo dos visíveis, usados para a autopromoção e a multiplicação das sardinhas puxadas para a sua brasa, com o tempo acabam se tornando aceitáveis, lindinhos de viver, como diria a Hebe? E é como se eles nunca tivessem sido deploráveis. Reparem bem. Eles continuam aí à vista de todos. E eu com essa média ridícula de 60 leitores por texto! Francamente! Por que não nasci com o fiantã virado pra lua como tantos outros bundões?!]



Agora, se o LUMONÊ é louvado como gênio por esse seu discurso inacreditável sobre o papel de cada usineiro na construção de uma nação etc., então tudo é permitido.



Esse discurso, aliás, e alguém até se equivocou ao citá-lo num e-mail, também poderia ser do nosso síndico, o MINGÃO, que, aliás, faz coro a MILENE no vivo entusiasmo de se viram tomados ante este marco da mais pura oratória onusiana no melhor site do gênero [já fiz saber, alhures, e o fiz depois do Nelson Ascher, o que é "onusiano", mas repito, relativo a ONU]. Em tempo, já repararam como o síndico rega quase que diariamente esse jardim floriiiido ao redor do seu próprio monumento na arquipentelha "esquina da usina"? Ou será muita implicância minha?



Mas, justiça seja feita, o MINGÃO cometeria menos erros. Sua leitura do onusiano discurso foi, nesse pormenor, no mínimo caridosa, na base do "eu te elogio, tu me elogias e nós pedimos arrego pro sr. Waldomiro". Em crônica recente, no AOL Notícias, Marcelo Mirisola pergunta por que ele não pode ser Dostoiévski ou Machado de Assis, em se considerando que Xuxa é rainha, Lula é um estadista etc. etc. Poderia tentar transpor essa mirisolianíssima questão para os termos usinais, mas deixa pra lá. Ufa, por pouco não usava esse nojo que é um "xapralá" ao final de uma frase capciosa... É páreo duríssimo pra "quem viver verá" ou "há que separar o joio do trigo", entre outras pérolas dentro do quesito "originalidade".



Mas não, leitor apressado, o mundo não gira e nem toda cacholinha lusitana roda em torno desta sonífera ilha dos bundas ditosos com seus egos inflados. A frase que cito abaixo, vejam que coincidência, é de um gaúcho, tchê! Errou, não é de Shirlei Purpurina, que só não mede palavras para falar da limpeza do seu principal instrumento de trabalho [Cf. QA 1]. A frase é de um gaúcho mui famoso, do alto do incontestável prestígio literário que nem o TEMPO fez esmaecer (gostaram?) e nem o VENTO levou pra casa do chapéu.



Viva Érico Veríssimo, com esta sua formulação extraordinária:



"Eu não sou o meu escritor preferido."



Não é o máximo, tchê?



Hem?



_________________________





Estou com o amigo Mauro Guzzo: Está cada vez mais difícil até achar graça nisso que hoje pretende ser o funcionamento de um site literário. Quando o site deu essa guinada ridícula rumo ao "capitalismo paraguaio de mercado" (hehehehehe), com alguns bufões voluntários agarrando o que julgavam ser as chances de suas vidas então passadas a limpo, estabeleceu-se uma "Stunde Null", uma "hora zero", a partir da qual tudo recomeçaria como que do nada. Os escombros serviram de suporte ao sinteco brilhoso, onde cotidianamente escorregam e se esfalfam essas cabecinhas de purungo que caminham do nada para coisa nenhuma. O ranking dos pagantes é mesmo a invenção do milênio. Os QAs são vitrines dessa nossas fratura exposta, lembrando aqueles ringues de vale-tudo povoados por figuraças e seus tiques nervosos. Ouçam bem, esse barulho às vezes por baixo do sinteco são os fantasmas dos usineiros desaparecidos. Dizem que alguns uivam em noites de tempestade, fazendo estremecer 9 entre 10 eus-líricos na secção de poesias , que, já de per si, é arrepio puro.



Uuuuui!



Fui.



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