M U S A
Um dia,
Colocarei asas
E, como um colibri...
Flutuarei no espaço,
Bordejando por aí...
Penetrarei no teu quarto,
E pousarei sobre o teu corpo desnudo,
Germinando-o de pólen e desejos...
Oh, sim... Sugarás dos meus lábios
Todo néctar do amor nos meus beijos!
A noite se revelará sobre a tua cama!
E andará no frescor e na forma da libido
Sob a penumbra do teu rosto escarlate
Na doçura primitiva do teu sorriso...
E, das minhas mãos recorrentes,
Deslizando sobre o teu ventre,
Decifrarei os teus secretos labirintos.
Rocha e mar! E o amor nas tensões
Das curvas delirantes do infinito...
Partirei, rirá a lua em fino bordado.
Depois nada... Um céu de cobre,
As minhas asas recolhidas ao alforje.
E na embriaguez de uma canção banal,
A noite foge...
Nhca
Jan/02
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