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cronicas-->O poder da validação - artigo sobre a insegurança -- 27/07/2001 - 11:46 (K Schwartz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sempre manifesto a quem me escreve minha vontade de possuir mais tempo para poder escrever na Usina de letras. Porém, encontro-me impossibilitado de fazê-lo - por motivos particulares. Acrescento a isso o fato de não me considerar um mestre na arte de escrever. Confesso agora, de maneira pública, que os textos de autores como Bruno Freitas, Alberto do Carmo e José Pedro Antunes (entre vários outros) me parecem tão bem trabalhados que a mediocridade das linhas que traço destaca-se sobremaneira e serve também como fator de inibição.

De fato, poderia me considerar mais um poeta que escritor. Porém não publiquei um verso meu aqui! Somente um poema escrito a dez mãos, uma brincadeira que faço com uns amigos sempre que sentamos numa roda de bar para coversar, rir, enfim esquecer um pouco o nosso dia a dia tão fatigante. Novamente falta-me o tempo para organizar as anotações que tenho. Quem sabe mais à frente?

Contudo, vou publicar algo ocasionalmente - sejam matérias de minha autoria, sejam textos por mim considerados interessantes, colhidos de outros autores - a exemplo do texto abaixo. O mesmo trata sobre a insegurança e eu concordo com as colocações do autor. Este é um típico artigo do tipo: "Puxa, gostaria de ter escrito isso!". Minha exceção se aplica ao final uma vez que não concluiria jamais um artigo da forma utilizada por Kanitz. Mas o texto é bom, então vale!


O poder da validação
por Stephen Kanitz

Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho. Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o autor relaxa e parte tranquilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada artigo que escrevo e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.
Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fóssemos menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como conduzir essa insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora de nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode autovalidar-se, por definição.
Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem um significado para mim". Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a própria insegurança que não temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o
"máximo" que esquecemos de dizer a nossos amigos, filhos e cónjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos. Por falta de validação, criamos um mundo comunista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se ou dominar os outros em busca de poder. Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças a validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um
"valeu, cara, valeu".
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.
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