Assim, tão simples,
que não preciso convencer,
pois qualquer amante outro,
bastará no espelho espiar,
que tua imagem poderá ver.
Assim, tão difícil,
que já não há como evitar,
porém me tortura esta idéia,
que talvez te possa esquecer,
se o espelho puder quebrar.
Assim, impossível,
como não conseguirei jamais,
pois esquecer-te não quero,
e se faltar-me no teu espelho,
inda de ti lembrarei muito mais.
Assim, tão lógico,
singra o barco pela corrente,
a nascente renova o regato,
só pensar reflete tua imagem,
evidente em mim para sempre.
AdeGa/98
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