Não existe quase nada,
ou quase nada aconteceu,
é sempre assim, a distância
não espera o momento, pois
nunca se sabe quando esta numa boa,
a gente tentou,
mas chega a hora em que nada
mais tem a ver...
o foda é quando a saudade bate,
machuca o peito, feito ferida na carne,
e depois passa, como tudo nesta vida...
a gente pensa que tudo é beleza, que,
quando se ama, não se teme a dor,
não existem razões para chorar,
e é quando se dança errado, pois
parece que a dor vem mais forte,
e o ritmo da música é outro, a
gente até insiste, na ilusão de que tudo
vai mudar, que as coisas vão ser diferente,
e tudo vai ser bonito como era antes...
mas é esquisito, nada mais é igual, os beijos tão
teatrais, tanta mentira, num lance real.
e é como se fôssemos estranhos, no mesmo ninho,
o espaço não mais comporta, apesar do desejo de amar...
então abre-se a porta que conduz ao esquecimento,
mas tudo bem, ainda bem, que neste momento,
tudo é passado, e nada mais... |