Antônia-R *
Obrigado, Antônia. Mais uma vez Deus está do meu lado. Hoje tive um dia cansativo. Após os exercícios de sempre, tomei banho, fiz lanche, nem vi TV. Preparava-me para dormir mais cedo. Força maior levou-me até o computador. Acessei o "out look": mensagem de Antônia Cardoso. Como não abro mensagens desconhecidas, quase não abria a sua. Depois pensei: o sobrenome é sugestivo... será de alguém que conheço?... raciocinei um pouco mais e concluí, ainda meio indeciso, por abri-la. Surpresa: Antônia (Tonica), filha dos tios Sebastião e Arlinda. Grande alegria!
Pois é, querida, nas minhas contas, foram 20 e tantos anos sem que nos víssemos. Devo essa reaproximação à Cida, que, sempre atenciosa e gentil, tentou descobrir-me e teve paciência de levar-me aos meus parentes. Sou-lhe devedor eterno.
Nossa infância. Que bela e triste às vezes! A minha, principalmente, de humilhações, de miséria, de fome e de malvadezas. Enfim, tudo passou. Não guardo rancor nem mágoa. Apenas registro na contabilidade da vida, em livro de partidas dobradas.
Família é família. Sempre lembrada. Há alguns que deixam a desejar, mas o mundo é assim. Não há como transformar o que o destino prevê.
Deus é o centro de todas as coisas e o governo de todos nós. Digo, com frequência aos mais próximos, Ele é muito melhor comigo do eu com Ele.
Saudades são recíprocas. Também senti-as durante todo esse tempo. Que bom possamos matá-las antes de ir para o outro lado! Há um dito popular mais ou menos assim: "Visite os amigos antes que eles se vão!" Estamos tendo o privilégio de encontrar-nos de novo, ainda com saúde e vigor.
Com certeza, haveremos de rever-nos muitas vezes. Vindo a Brasília, procure-me.
Interessante: estávamos de carona (você com o filho, eu com minha prima extraordinária, a quem rendo todas as homenagens). Em carta (e a Cida sabe disso), avisei à tia Nair que desejaria passar pelo menos uns 5 dias. Infelizmente, dessa vez não foi possível. Espero que logo possa fazê-lo.
Agradeço o convite amável. O mesmo lhe faço. Veremos quem o aceita primeiro. Tomara seja você. A distância de Goiânia encurtou-se, e a saudade fá-la mais curta. Portanto, espero-a também.
Que cérebro! Parabéns! É real: quando você, Roney, Cida foram comigo, Telma e Christianne a Formosa, a Lylli tinha poucos meses de vida.
Da minha parte, querida prima, nada que desculpar. Só agradecimentos.
Por gentileza, mande-me o endereço para eu enviar-lhe um livro.
Amanhã, pego o arquivo no serviço e passo a você mensagem que transmiti à neta de dona Odília, proprietária da Pensão Palmeiras, em que me hospedei nos tempos de agruras bravas. Igualmente, a que fiz à Neire.
Com gratidão por haver tido a delicadeza de esperar-me tanto para desfrutrarmos minutos de alegria e de ternura, despeço-me saudoso e lisonjeado.
Recomendações a todos.
Que Deus a abençoe!
Estima e abraços,
Bené
* Brasília, DF, 13/09/2012.
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