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Infantil-->O Gatinho que bebeu a Lua -- 28/08/2005 - 09:13 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Naquela rua havia muitos gatos. Gatos angorás, siameses, gatos de todos tipos.
Alguns moradores chamavam aquela rua de República Livre dos Gatos. De noite, nos telhados a algazarra era total.Uns brincavam e outros remexiam as latas de lixo. Havia até um coral de gatos que repetia suas cantigas até quase de manhã, acordando muita gente.
Certa vez, um guarda noturno muito amigo do pessoal da rua, jogou um peixe no meio deles. Vocês não podem imaginar
a confusão que deu. Era gato em cima de peixe
que não foi brincadeira.

Mas de quem eu queria mesmo é falar para vocês,de um gatinho que numa certa madrugada apareceu na rua. Um gatinho feio. Não se parecia com nenhum dos gatinhos que
vocês já conheceram; não tinha cor, de tão sujo que era. Tão magrinho que suas costelas apareciam por baixo da pele.

Quando os outros gatos viram aquele gatinho feio a remexer as latas de lixo da rua, trataram logo de expulsar o intruso. Disseram que não faziam aquilo por mal e coisa e tal ; era para manter a reputação do lugar. Que apenas os gatos de raça poderiam morar ali.
Nosso gatinho feio, que andava muito fraco para correr, tratou logo de se esconder numas latas velhas que havia em uma casa quase no fim da rua.


Naquela casa morava um garotinho que os colegas chamavam de Lipe. Certa noite, porque comera uns bolinhos salgados e bebera muita água, Lipe levantou da cama e foi ao banheiro. Quando passava pela janela que havia no corredor viu o gatinho feio. Estranhou porque nunca havia visto por ali aquele gatinho tão sujo. Ele nunca havia visto um gatinho tão sujo e feio como aquele. Nem nós!

Durante o dia, em vão, nosso amiguinho tentou encontrar o gatinho. Mas, à noite, ele foi à janela e viu o nosso gatinho com os olhos bem grandes e vermelhos, como se estivesse chorando.
Lipe procurou no forno do fogão umas migalhas de comida e jogou pela janela para o gatinho comer. Depois foi dormir. Durante muitas noites, antes de ir para cama, Lipe deixava para ele um pouco de comida. Mas os gatos sentiamo cheiro da janta e apanhavam tudo, deixando o gatinho sem nada.


Certa vez, depois de ter visto que o gatinho parecia ter mais fome ainda, Lipe voltou ao fogão e apanhou um bocado de comida e uma tigela com água. Abriu a porta bem devagar para não acordar seus pais,foi lá fora, botou os gatos para correr e deixou a comida perto das latas velhas voltando para a cama. O gatinho feio comeu tudo, deixando o prato limpo. Depois, quando ia começando a beber a água da tigela tomou aquele susto. A lua estava ali dentro. Sua imagem viera lá do céu, morar na água. Então o gatinho bebeu a lua.

Na noite seguinte, quando Lipe foi deixar comida para o gatinho feio,o que ele encontrou foi um gato muito bonito e prateado com os olhos bem abertos. Lipe nunca havia visto um gato tão bonito assim, e botou o nome dele de lua.

Daquela noite em diante, o gatinho feio que bebeu a lua, era o mais bonito da República Livre dos Gatos. E todas as noites, Lipe esperava que o gatinho todo prateado de lua, viesse lhe dar Boa Noite!
E só depois, ia dormir.





Esse gatinho é dedicado Felippe
Cesar Tonel Leite, meu neto
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