Cantarás com tua viola,
afinada como os sinos das catedrais,
cantarás com a força de um martelo,
a força de ferro...
Cantarás com tua viola,
nas fábricas, aos operários,
e saberão o quanto é belo
o canto entoado com o coração,
saberão que o canto de guerra
fala mais alto, do que as balas
de um canhão...
Cantarás com tua viola,
aos meninos da América Central,
e cantarão contigo,
pois entenderão que um canto amigo
é para ser amado,
feito um hino nacional...
Cantarás com tua viola,
as verdades que não são faladas
quantas vezes escondidas,
nos sujos porões da subversão oficial,
cantarás, cantarás e cantarão,
com toda a garra, todo fervor,
como quem canta, como quem reza
uma oração... |