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| Poesias-->DESPEDIDA -- 18/04/2000 - 19:24 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) |
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Partirei
para algum lugar
quem sabe?
Talvez voltarei como os mortos
VOLTAM?
Para apenas as pessoas sensíveis, videntes, médiuns,
leais e amigas
Mas, nem sempre, podemos conceituar tal palavra:
AMIGO.
Caímos na velha retórica a indagar
quem de fato pode se dizer amigo,
ainda mais no mundo virtual
que as pessoas aparecem e somem no clicar d olhos.
Vou-me sem "click" e chiado
apenas com o "address book" "deletado"
"delete-me" de sua memória e de sua caixa postal
vou-me com o coração amargurado
mas vou calado
sem cor e brilho
vou no ecoar do delírio
Assim como nossa alma não morre
não morrerei
apenas partirei primeiro.
Partirei sem "reply s"
sem comentários e sem críticas.
Fui como o "Thackyn"
iria: Na poeira cósmica do cometa da "Net."
Parti...
Sem falar do ontem inexistente,
Sem idealizar um amanhã
Sem sangrar o hoje
Se quiser me ver vivo:
Leia os Jornais,
Compre o livro
veja o filme
quinhentas vezes para poder me identificar.
Assista o MG-TV e outras emissoras locais,
vá à Assembléia, ao Palácio, às ruas de cara limpa ou pintada
Devolva-me minhas memórias, contos e poemas.
Até aqueles que falsificastes o autor adulterando a autoria
Ou publicou como "Autor Desconhecido"
Publique agora como "Autor Falecido"
Aqui Jaz
Thackyn.
Eustáquio Mário Ribeiro Braga
17/03/2000
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