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Contos-->Ordem Secreta - Parte 1 -- 20/11/2001 - 22:55 (ANGEL DRAVEN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

ORDEM SECRETA

Revelações sobre os
Cidadãos Anônimos do Mundo
(1987)

Aos
Cidadãos do Mundo
e a todos que buscam
o Conhecimento
a Verdade
e a Justiça


Prefácio

"Algo não se torna impossível,
somente por ser improvável.”
(Filosofia Empresarial)


Ordem Secreta - Parte 1

Cidadãos Anônimos do Mundo

"[...] Nas últimas 90 crianças de sete a nove anos que interrogamos, 26 tinham um quociente intelectual de 140, o que equivale ao gênio, ou quase. [...]"
(Dr. J. Ford Thomson, 1956, Serviço de Educação de Wolverhampton)

"A maior parte das crianças prodígios perdiam as suas qualidades ao atingir a idade adulta. Mas, parece, agora que se tornam adultos superiores, de uma inteligência sem medida comum com os homens de tipo corrente. Têm 30 vezes mais atividades que um homem normal bem dotado. O seu ‘índice de êxito’ está multiplicado por 25. [...] Finalmente, escapam às doenças psicossomáticas, notadamente o câncer. "
(Lewis Terman, cientista americano)


"Pode-se igualmente esperar que, numa limitada proporção de casos, essas mutações produzam um efeito favorável e dêem uma criança genial. [...]"
(Sir Ernest Rock Carling, patologista, conferência atômica de Genebra)

"Tratar-se-á de uma Mutação da espécie humana? Estaremos nós assistindo à aparição de seres que se assemelham exteriormente e que, no entanto, são diferentes? É esse formidável problema que vamos estudar. O que é certo é que assistimos ao nascimento de um mito: o do Mutant. O nascimento deste mito, na nossa civilização técnica e científica não pode deixar de ter o seu significado e o seu valor dinâmico. [...]”
“Se o Mutant existe, o que estamos tentados a acreditar, ele dispõe de um poder muito superior a tudo o que a imaginação pode sonhar. De um poder que o homem vulgar não explora: ele dispõe da Inteligência. "
(Louis Pauwels e Jacques Bergier, Le Matin Des Magiciens)

"[...] Um homem genial, pertencente à nossa espécie, um Einstein, por exemplo, publica os frutos do seu trabalho. Faz-se notado. O que lhe provoca muitos aborrecimentos, hostilidade, incompreensão, ameaças, exílio. Einstein, no fim da sua vida, declara: ‘Se eu soubesse, seria encanador’. Acima de Einstein, o Mutant é suficientemente inteligente para se esconder. [...] Vive uma vida tão discreta quanto possível, tentando simplesmente manter contato com outras inteligências da sua espécie. Bastam algumas horas de trabalho por semana para prover às suas necessidades e utiliza o resto do seu tempo em atividades de que não temos a menor idéia."
(John W. Campbell, 1941, Astounding Science Fiction)

"[...] Talvez passem a nosso lado disfarçados de professores de aldeia ou de agentes de seguros, Mutants inteligentes e racionais, munidos de uma memória absoluta e de uma inteligência constantemente lúcida."
(Louis Pauwels e Jacques Bergier, Le Matin Des Magiciens)

“Nove em cada dez americanos são a favor da manipulação genética [...]. Quase metade é favorável à manipulação genética para melhorar as características físicas das crianças.”
(das agências internacionais sobre a primeira pesquisa sobre genética humana realizada nos EUA)

"Apenas eles próprios parecem se auto-reconhecer - pensava intrigado. Foi quando ela me perguntou:
— Mas Frank, como eles se auto-intitulam?
— Esse é o problema – respondi - eles são como qualquer cidadão comum... Como qualquer um de nós. Apenas ninguém os nota. Eles parecem conseguir com que ninguém no mundo inteiro os note. Permanecem completa e totalmente anônimos! Fazem tanto pela humanidade, estão em todo lugar do planeta... E ninguém os conhece! E pior, não se auto-intitulam nada.
— Então, deviam se chamar: Cidadãos Anônimos do Mundo. “
(Frank McCloud, Cidadão Anônimo do Mundo)



Prólogo

Conexão Internacional

Olhava o aparelho de "fax" soltando a folha com a informação que precisava para a conexão. Nela só havia um número telefônico impresso. Notei pelo prefixo, que era de algum nó em Houston, no Texas. Estranho... era a primeira vez que me conectava com Houston. Ouvi dizer que lá ficava a "Central". Estaria prestes a me conectar com a própria "Matriz"? Muito improvável! - imaginei.
Já havia passado das dez horas da noite, e apressei-me em ligar o terminal do computador. Após os procedimentos iniciais e normais para acessar o "diretório de trabalho" em meu microcomputador, iniciei a execução do software de comunicação. Digitei, entre outras informações, o número telefônico impresso no fax que havia acabado de receber, no sistema de comunicação que costumeiramente usava. Fiz a programação para a conexão com Houston para o horário combinado. A tela somente mostrava:
"From: To:”
"SPaulo at 22h14min Houston at 00h39min"
"Scheduled Connection: 04/24/93 - 22h15min"

O relógio digital no canto superior esquerdo do monitor do microcomputador indicava a hora de Brasília, embora eu estivesse em meu escritório de São Paulo, local do envio da transmissão. Eu havia consumido toda a noite de sábado, 24 de abril, na preparação da conexão internacional. Aproveitei a espera para acertar meu relógio de pulso, que estava adiantado.
No canto superior direito do monitor eu via o horário do receptor da mensagem, no Texas, Estados Unidos. Só precisava esperar mais um minuto, o último minuto!

"04/25/93 - 00h40min”
Connecting to Houston JCN Network..."

Enfim, o horário programado e tão esperado chegou. Foi feita a conexão, e agora, era rezar para as linhas telefônicas e o canal de satélite funcionarem:

"04/25/93 - 00h41min - Connection Accept"

Conexão aceita! Senti um frio na espinha. Esses equipamentos raramente me decepcionam... mas, nunca se sabe. Agora a parte mais importante: as senhas. Abri na frente do teclado o pedaço de papel onde tinha anotado o código de acesso, embora já o houvesse decorado, três dias antes:

"JCN Network, Houston, Node 07”
"03/25/93 - 00h45min”
“Access Code: [____________]"
Digitei o código de acesso, letra por letra: " C I V I L I Z A T I O N ". Ao final, fiquei aguardando algum sinal de que tudo estivesse funcionando. Mas nada mudava na tela do micro. Por ser uma conexão internacional, o tempo de resposta é bem mais demorado. Mas aquela espera estava me deixando louco. De repente a tela apagou-se... teria eu errado o código? Acendi um cigarro, nervosamente.
Passei a consultar o relógio de pulso: 1 minuto de espera... 2 minutos... 3... 4... 5. Levantei-me da cadeira para alcançar um cinzeiro. "Que diabos, já tinha feito isso várias vezes, por que desta estava demorando tanto?" - perguntei-me, já quase desesperado. Comecei a pensar em pegar outro telefone e ligar, eu mesmo, para Houston, quando a tela piscou:

"Good Morning, Professor"

Era a resposta! Dei um salto de volta à cadeira. Eu havia entrado no sistema, e agora era só transmitir o arquivo com as informações. Digitei os outros comandos e a transmissão iniciou-se normalmente. Tudo estava acontecendo como planejado. A tela exibia:

"JCN Network, Houston, Node 07”
"03/25/93 - 00h53min”
“Receiving Message.... Wait..."

Em função do tamanho do arquivo que estava transmitindo (aproximadamente 2,5 Megabytes), sabia que o processo iria levar uns bons minutos, pois a velocidade de transferência era baixa (9.600 bps). Resolvi relaxar e pegar um café. Agora era só esperar...
Sentei-me novamente na frente do microcomputador, com uma xícara de café numa mão e um cigarro na outra.
Esta cena me lembrou o início de tudo.
Estava feliz por estar aqui. Olhava minha sala e meus "aparelhos de trabalho": um microcomputador, dois telefones e um fax. A tela do micro, exibindo a transmissão dos blocos de dados de um arquivo, me fazia sorria por estar chegando ao fim de toda essa "aventura". Ou estaria eu realmente apenas... começando a aventura? - perguntei-me. Não importava. Agora sabia que não existem "começos", nem "fins"...
E ainda tinha outra certeza: existem várias ordens sigilosas, a maioria secreta, mas somente uma é o centro de todas, e é chamada simplesmente de “Ordem”. Seus membros também não têm um nome especial. Ninguém sabe quem são e pode haver um bem próximo de mim, no trabalho, no restaurante, no avião, em qualquer lugar comum.
Eu os chamo de Cidadãos Anônimos e estão espalhados por todo o mundo.


(Continua...)
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