CAMINHEIRO
Estou aqui do teu lado vendo a poeira branca do mundo...
O aconchego desta hora é mágico, encerra-se aos olhos o pôr-do-sol de nós, atento, ao simbolismo das gravuras, da face inédita, do tempo...
Estou aqui numa homenagem constante, onde tudo é eterno e nada é eterno.
Eu vejo dos teus olhos brilhos que caem como gotas, chove em nós a centelha daquilo que buscamos, outrora, buscávamos os sonhos...hoje, dissipam-se venturas, vivemos só algo da vida: no complexo de ser, tudo absorvemos, relutantes a cada detalhe.
Não existe, em parâmetros, algo que venha ser mais importante
ou mesmo inevitável, constante nas nossas vidas:
tudo é benção que o Senhor nos dá a cada dia.; e, cada momento revigora a certeza de que a felicidade é plágio dos nossos sentidos. Não há o que buscar nem onde, determinamos, apenas,
o lugar e a hora que vamos acontecer...
Não precisamos da compaixão, da hierarquia, da filosofia...
basta somente a poesia que o coração interpreta.
Quando o que olhamos para trás não faz mais sentido,
é, verdadeiramente, que começa a vida.
Na metamorfose cíclica tudo há de passar e
se estabelecer em um novo começo.
Por isso, muitas vezes, haveremos de amar e nos afeiçoarmos com rostos, a priori, estranhos, mas afáveis como parte de nós mesmos. Não mais é segredo que estamos em tudo e tudo está em nós, quando O Criador faz sentido de nossas vidas. Amarmos uns aos outros como a nós mesmos não só é dadiva como também é benção e principio, do que se renova e do há de Ser...Deus!
Márcio Silva
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