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Contos-->O Feiticeiro -- 22/11/2001 - 23:33 (mckay) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Demorou uma fração de segundo até que finalmente os olhos do feiticeiro encheram-se de terror ao perceber o que havia acontecido. Ele podia entender agora... Atrás da poeira e dos pedaços da parede, que não resistiu à investida do monstro, estava um troll, mas não era um troll qualquer, aquele tinha o tamanho de quase 2 homens, seus dedos eram do tamanho de bananas, no total, 10 garras afiadíssimas projetavam-se 12 centímetros à frente dos dedos, sua cabeça marrom, grande e medonha assistia o mundo de mais de 3 metros de altura. Seus músculos pareciam poder moer uma bigorna sem grandes esforços...
A garota humana estava do outro lado da sala... O troll farejou o ar logo seu cérebro diminuto confrontava uma dúvida terrível: Quem devorar primeiro ? A garota humana ou o feiticeiro ?
Decidiu-se pela jovem. Carne mais macia, provavelmente... O feiticeiro não poderia permitir que aquilo acontecesse...
O troll avançava lentamente contra a moça, ao mesmo tempo em que o feiticeiro revia mil pensamentos procurando uma magia que fosse boa para a situação, pensou na bola de fogo, mas ela incineraria tudo, inclusive a humana.
Essa não servia... O que mais ? Poderia criar uma nuvem de veneno poderosíssimo... Mas isso também não servia...
Subitamente a idéia inflamou-se em seus pensamentos: Telecinesia ! O dom de mover os objetos com o poder do pensamento. Felizmente o feiticeiro era bem estudado nessa magia.
Elevat ! Pensou.
O efeito manifestou-se imediatamente. Uma pesada mesa de madeira elevou-se vários centímetros no ar, no cômodo vizinho, manobrou ao redor dos outros móveis e avançou diretamente contra a cabeça do troll, à grande velocidade. Antes do impacto, a magia já lhe empurrava com a força de 4 cavalos robustos.
O choque a fez em pedaços. Para o troll não foi mais do que um empurrão.
A criatura se virou para ele, estava encrencado agora.
Elevat !
Começou a erguer o próprio corpo em pleno ar, para longe das garras do troll, para a segurança...
Uma fração de segundo lhe traiu. Uma fração de segundo apenas foi o tempo suficiente para que algumas das garras do troll perfurassem suas vestes e sua perna.
O monstro apertou com tanta força que lhe quebrou todos os ossos do pé esquerdo...
Demorou menos de um segundo para que a criatura o jogasse no chão. Esse movimento quebrou algumas costelas e partiu outros ossos.
A garota humana assistia a tudo, paralisada de medo. Não havia nada que ela pudesse fazer...
O feiticeiro sabia o que aconteceria agora, conhecia o comportamento dos trolls: Logo ele perfuraria sua pele, com uma das presas e injetaria um poderoso veneno em seu corpo, é claro que a mordida causaria muito estrago também, mais algumas costelas, certamente.
Precisava de uma magia, alguma coisa para afastar o monstro por apenas alguns segundos. A idéia já começava a se formar em sua mente, mas o logo chegou cedo demais.
Ele sentiu quando a presa gelada do troll entrou em seu tórax, cortando o fígado, rasgando o esôfago, perfurando um dos pulmões e causando sérios danos ao coração.
Sentiu o gosto de sangue na boca. O veneno ardia em suas veias...
Um grito cortou o silêncio, chamando a atenção do monstro, era a jovem humana, que não conseguiu suportar em silêncio o terror da cena, o troll se lembrou que havia um bom pedaço de carne macia a ser devorado.
É estranho como os feiticeiro sentem-se em paz quando o fim se aproxima... Estava caído no chão, não era muito mais do que uma massa disforme de carne e sangue...
O monstro caminhava em direção à humana, suas garras de 12 centímetros esticadas ao máximo.
Uma dor insuportável queimava cada neurônio do cérebro do feiticeiro com a fúria de mil tochas, mas ainda assim ele era capaz de manter uma linha lúcida de pensamento. Essa é afinal a característica de todos os feiticeiro, não é mesmo ? Eles sempre são capazes de pensar claramente, não importa a situação...
Com rapidez, vasculhou seu cérebro em busca de alguma coisa apropriada... Havia apenas uma coisa, uma tentativa desesperada: Uma milagrosa magia de cura, que lhe fora ensinada anos atrás por um druida e que ele nunca havia testado. Bem, não havia situação melhor do que essa para testar uma magia de cura.
Enervat ! Pensou rapidamente.
Nada aconteceu. Maldito druida !!!
A dor agora apertava sua garganta, com a determinação definitiva de mata-lo...
O feiticeiro apertou os olhos e esperou o mundo sumir... Mas isso não aconteceu.
Depois de 2 segundos imensos a dor que dilacerava neurônios em seu cérebro minguou e continuou minguando até desaparecer por completo... Em seguida foi o frio.
A energia mágica, mana, como é chamada pelos feiticeiros, filtrou seu sangue até eliminar o último traço de veneno e, além disso, produziu mais 2 litros para completar o que ele já havia perdido na forma de uma poça vermelha à sua volta. Os sangramentos foram todos estancados.
Os ossos foram recolocados nos lugares onde deveriam ficar e foram soldados pela mana. Músculos e ligamentos retornaram às suas posições, colaram-se aos ossos.
A pele esticou-se novamente, para recobrir tudo isso, os órgãos foram curados, o pulmão perfurado inflou-se novamente, o coração voltou a bombear com força.
Quando o curativo da magia terminou, sentia-se maravilhosamente bem. A vida efervescendo em suas artérias. Era hora de parar o troll.
Levantou o dedo e gritou: Izac Ignamius !
A energia mágica produziu 143 mil volts de eletricidade que partiram diretamente dos dedos do feiticeiro para as costas da criatura.
O monstro cambaleou, balançou a cabeça e virou-se contra o feiticeiro, seus olhos vermelhos e abobalhados encheram-se de fúria.
Não era possível ! Aquela carga derrubaria um elefante adulto ! Mas o troll ainda estava em pé !
Bem, não era a hora para filosofar sobre o que era ou não possível, pois agora o troll caminhava novamente contra o feiticeiro, garras expostas, presas de fora, posição de ataque.
Fixou os olhos no monstro e pensou: Imperium !
Tentaria dominar a mente do monstro... Mas não surgiu nenhum efeito.
Imperium ! Novamente, nenhum efeito... A mente do troll era pequena demais, primitiva demais para poder ser controlada.
Não havia mais tempo para pensar. Era preciso usar uma magia proibida. E ele já sabia exatamente qual usar, a mais forte de todas é claro, a maldição da morte.
Ainda olhando fixamente para os olhos do troll, pensou: Necros !
Não demorou um momento para que os olhos do monstro passassem de vermelho vivo para o mais absoluto negro. O troll desabou imediatamente. Já estava morto antes que seu corpo atingisse o solo.
A moça estava salva, mas agora havia muitas explicações à serem dadas ao conselho...
Recuperaram-se do susto e partiram...
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