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Cronicas-->22. CONTRARIEDADES -- 30/07/2001 - 07:16 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não poucas vezes, saímos da carne insatisfeitos com nós mesmos, por não termos sabido reagir perante os diferentes desafios. Isso até pode vir a ser prejudicial para a acomodação perispiritual à atmosfera da espiritualidade, por assim dizer, uma vez que não nos deixamos, de imediato, penetrar pelas doces vibrações dos amigos desejosos de nos verem em sua companhia, para os processos de restauração dos danos causados ao organismo etéreo.

Quais são as principais causas dessas contrariedades? Sem dúvida nenhuma, a prepotência que gostaríamos de ter mantido relativamente aos desafetos, em primeiro lugar. Há outras razões para que nos perturbemos, como o medo, o excessivo zelo pelas realizações pessoais, como se tudo no mundo dependesse de nós, a ciumeira pelas conquistas alheias, a inveja etc. etc.

Cá não viemos para ensinar ninharias aos confrades encarnados, senão que temos a obrigação de demostrar os efeitos das atitudes que tomamos, a ponto de nos vermos impedidos de todos os atos em absoluta lucidez e de conformidade com as diretrizes evangélicas superiores.

Assim fui eu em vida. Tive inúmeras oportunidades para evidenciar que havia assimilado os ensinos de Jesus, como o perdão, o amor, a fé no divino poder, a comiseração, a esperança em porvir de glória, a fraternidade universal, o despojamento dos bens materiais, mas só admitia o trabalho em favor do próximo, quando tinha a clara informação de como iria obter algum lucro, mesmo que no plano da espiritualidade, como se tudo devesse, necessariamente, ser retribuído por bónus-horas, conforme lera em Nosso Lar, de André Luís, pela psicografia de Francisco Càndido Xavier.

Eis estranha anotação para quem conhece as obras espíritas, pois tal leitura só teria sido possível se tivesse regressado à pátria espiritual nos últimos cinquenta anos. Pois faz trinta e cinco desde que cheguei, depois de difícil desenlace.

Por dezoito anos perambulei pelo Umbral, tendo sido apaniguado com a permissão de vagar pela face do orbe, acompanhando o desenvolvimento da civilização. Foi assim que o que não entendi durante a longa estadia na carne pude perceber com o contacto dos humanos, principalmente durante as leituras das principais obras espíritas.

Entretanto, a bem da verdade, devo reconhecer que, de início, a releitura das obras foi extraordinariamente penosa, tendo em vista a necessária refacção dos conceitos, quando ia descobrindo como é que adaptava as noções ao meu modo particular de ver as coisas.

Hoje me sinto bem e tenho condições de falar a meu respeito, sem estremeções ou pruridos de sentimentalismo. Mas a fase das crises morais foi verdadeiramente terrível, mormente por ter-me considerado bastante ligado ao espiritismo kardecista.

Eis a origem principal das contrariedades que se instalaram em minha mente, após o desencarne.

Se, para bom entendedor..., deverei suspender aqui o relato, já que não teria nenhuma novidade para contar, pois é conhecida dos amigos a luta que se estabelece na consciência, até a descoberta de que a causa de todos os males foi ali incrustada por nós mesmos, inadvertidos para a malversação da vontade, na concretização dos atos da vida.

Contudo, vou prosseguir um pouco mais para afirmar que não trago nenhuma solução, já que todas se encontram nas obras espíritas. Basta ler com atenção, buscando comparar os conselhos doutrinais e as recomendações morais, sentimentais e intelectuais com o que se vem praticando no dia-a-dia da caminhada rumo à perfeição.

Não é assim que, de fato, em geral, agem os mortais, ou seja, procuram ajustar o que lêem às deliberações, forçando a adequação dos raciocínios, para que se registre na consciência que as atitudes foram o que de melhor obteriam naquelas determinadas circunstàncias?

Longe de nós levantar qualquer suspeita em relação aos leitores. Todavia, se não for pedir-lhes demais, tendo em vista a procedência mediúnica desta solicitação, vejam se conseguem estabelecer nexo entre as nossas palavras e sua experiência pessoal de vida. Não temam o confronto, pois dessa análise deverão surtir os estratagemas empregados para a sufocação dos ímpetos conscienciais, caso haja alguma coisa nesse sentido.

De qualquer forma, acreditem, haverá época em que tal exame necessitará ser feito, por força de se conhecerem os pontos positivos e os negativos, para a programação das atividades que se desenvolverão a seguir.



Temos consciência de que a extensão média das comunicações deste grupo é maior do que a que apresentamos até este ponto do desenvolvimento. Não obstante, que não seja o fato de ser o texto muito curto motivo de contrariedade para os leitores ou o escrevente. Quanto aos orientadores, temos certeza absoluta de que se limitarão a observar as qualidades e os deslizes da estrutura, para as devidas ponderações e orientações. No que respeita ao teor dos conceitos, sabemos que os mentores estão atentos desde o início e não deixariam passar nenhuma informação contrária aos dispositivos evangélicos. Nós mesmo nos empenhamos sobremodo nesse sentido, pois é o de que precisamos para evoluir.

Eis, afinal, os cuidados que desejamos evidenciar em relação à mensagem. Que estas mesmas precauções estejam na pauta dos procedimentos dos amigos.

Reginaldo.


Esclarecimento

Este grupo resolveu atribuir um nome para cada espírito. Isto não quer significar que tais designações não sejam verdadeiras, mas, certamente, quererá dizer que algumas características da personalidade se escondem, para que não haja reconhecimento por parte dos leitores. Estamos demasiado verdes, para nos constituirmos em modelos significativos.

Aqui, mais que em nenhum outro lugar, vale o ditado segundo o qual se deve fazer o que dizemos...

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