CHIQUITA BACANA
Chiquita Bacana lá da Martinica
Se veste co´uma casca de banana nanica
Não usa vestido, não usa calção
Inverno pra ela é pleno verão...
Existencialista, com toda razão,
Só faz o que manda o seu coração.
Certa vez, conversando com uma amiga argentina, falávamos de bananas e eu lhe perguntei qual era a sua preferida. Muito espantada, ela respondeu: “Como así? Banana es banana”. Só conhecia um tipo!
Banana prata, ouro, maçã, da terra, de São Tomé.
E a nanica, pra mim rainha, sempre me intrigou,
pois graúda, é chamada de pequena...
Depois aprendi que seu pé – a bananeira – é que é naniquinho, bem baixinho.
Crua, assada, cozida, frita, em rodelinhas,
fatiada ou amassada,
coberta de açúcar, canela, aveia e mel,
ou sem nada,
sempre gostosa, essa fruta,
em nossa terra, dá pra chuchu.
Não gosta de geladeira, não gasta eletricidade.
Descascá-la é fácil, não necessita força nem faca.
Pra comer, então, basta mansa mastigação.
E tem vitamina, muita vitamina, como já dizia Oswald de Andrade:
Banana, menina, tem vitamina, engorda e faz crescer...
Foi numa casca de banana que eu pisei, pisei, escorreguei... Quase caí...
Beatriz Cruz
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