IDÉIAS LUMINOSAS
“O nervo ótico transmite idéias luminosas para o cérebro”.
Fiquei pensando nesta frase - tirada das “pérolas” do ENEM – para entender o que o aluno quis dizer. Não sei qual foi a pergunta, talvez essa: o que é o nervo óptico? Ou, para que serve o nervo óptico?
Fui procurar, pois só me lembro que é o nervo que comanda os olhos. E o que achei no Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa foi:
Nervo óptico: cada um dos dois nervos constitutivos do par de nervos cranianos e que serve à visão. Nervo craniano é o que nasce do encéfalo.
Sei que pouco adianta essa definição, melhor perguntar ao professor de Biologia. Ele vai explicar direitinho o que é o nervo óptico, e como ele comanda os olhos.
Porém, o que me interessou mais, foi essa história de “transmitir idéias luminosas para o cérebro”. Achei até bonita a idéia do rapaz, os olhos captando a claridade de um dia ensolarado, de céu bem azul, levando toda essa luz lá para dentro... pra iluminar suas idéias.
A imagem mais comum que fazemos de “idéia luminosa” é a de uma luzinha que se acende no meio da nossa cabeça. De repente uma idéia surge do nada (aparentemente), ou ainda, compreendemos um problema que nos parecia sem solução. É a famosa lampadinha do professor Pardal...
Mas o aluno tem razão, através dos olhos é que enxergamos o mundo, com todas suas cores e beleza. O que registramos visualmente fica arquivado em nosso cérebro. E as imagens, junto com tudo aquilo que conhecemos – que já aprendemos, que sabemos, que sentimos - se processam, formando o pensamento.
Se você pensar bem, verá que estamos continuamente pensando, sempre temos idéias. Confusas, claras ou mirabolantes.
As luminosas, entretanto, acontecem somente de vez em quando.
Aí a gente pode gritar, contente, como o sábio grego Arquimedes: Eureca!
Beatriz Cruz
|