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Cronicas-->Cronicas DO MATRIMÓNIO - (... E aí?...) -- 02/08/2001 - 00:32 (Bruno Freitas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(... E aí?...).


Talvez seja a pergunta mais frequente após a cerimónia e da sua lua-de-mel. O fato é que todos as pessoas partidárias ao casamento empenham-se em descobrir qualquer mudança que seja na vida do casal. Como se num passe de mágica, tudo fosse transformar-se durante a lua-de-mel.

Pois, é verdade: O céu parece mais azul e os passarinhos embelezam a aurora com sua melodia simples e singela. As flores enchem de cores o dia a dia, e seus perfumes afloram junto com a primavera. O vento sopra uma brisa leve e cheia de frescor durante um momento de calmaria antes da tempestade. O sol já nem aquece mais o bastante, deixando a temperatura amena com pancadas de chuvas esparsas durante à tarde. E, é como se houvessem sinos e badalos, ecoando o tempo inteiro dentro dos tímpanos do casal, onde tudo se torna belo e cheio de encanto, magia e felicidade. "... E aí?...".

"... E aí?... - Como se sentem os noivos? - Agora que são marido e mulher...". Sei lá! Dá no mesmo... Tudo igual. A única coisa diferente é a diferença desigual do peso da aliança, e o incómodo incessante nas mãos - Deus! Como tornam difícil a arte da escrita, ou seja, da digitação. Sem mencionar na única pergunta que ecoa em uníssono dentro de todas cabeças pensantes, mas sem conteúdo algum a dizerem. A mesma pergunta repetida ininterruptamente à exaustão: "Como se sente agora?...". Igual. "Não muda nada? - Nem psicologicamente?". Não... [...] Absolutamente!

"... E aí?... - Como foi a lua-de-mel?". Querem a resposta em detalhes? Pois bem, ela, a noiva, continua linda e bela como sempre foi, e seus olhos ainda traziam a luz e o frescor das primeiras olhadelas sentimentais trocadas em momentos de descontração e lazer. A cumplicidade continua por aí, pelos quatro cantos da casa, em qualquer telefonema, qualquer apelo sexual, sensação de desamparo, medo e até covardia. O respeito? Não confundir com obediência, tão pouco dependência, ou subserviência. Ele está lá, em seu devido lugar, trancafiado a sete chaves, e escondido por trás de uma combinação casual do casal. Não diz respeito a ninguém mais... Somente ao casal.

"... E aí?... - Então, não mudou nada?". Nada mesmo. Continua tudo igual... Além do fato de sermos pessoas mais sérias, e compenetradas. Um casal com responsabilidades - perante a lei. Tudo isso é besteira. Nós, aqui, continuamos os mesmos cabeçudos de sempre, e parece que assim o seremos, até que estejamos velhos o suficiente para não mais respondermos por nossos atos.

Pois, a verdade é que depois de tanta cobrança. Após a lua-de-mel, o casal ainda recebe o bombardeio de mais cobranças e perguntas, e assim pro resto da vida. Porque agora, são um casal com responsabilidades, e cheios de vida pela frente. O que muda são as questões em referência. Depois da incompreensível mudança após a noite de núpcias, vem a questão dos filhos: "... E aí?... - Quando vem o primeiro herdeiro?".



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