(...)
Não consigo ver o que o outro sente.
Observo de longe uma chuva,
colocando na perna uma luva,
Não consigo sentir o que tu sentes;
Mas na solidão me encontro tão demente...
(...)
Nosso mundo é repleto de coisas que apenas faz sentido a nós mesmos. Quando nos "monstramos" aos outros temos mais medo de sermos este nós mesmos. E progredimos sempre que estamos enclausurados em nossa rede de sociedade, cada um agradando o outro. E sair desta zona é infringir a norma... a Ética: uma porcaria criada para pelos homens para domesticá-los, ponderar suas energia.
É um absurdo nos centrarmos na iminência de um holocáusto da auto-destruição. Você que esta me lendo agora deve estar pensando: que bobagem, nunca que faríamos a bobagem de deteriorar com simplicidade.
Não precisamos falar tanto sobre a discordia de nossos atos. Muitos pensadores já tomaram conta desta temática com excelente maestria. Pode até ser que Jacques Rosseau estivesse correto ao afirmar que temos a natureza pura. No entanto A maldade é uma questão meio que Markxista... é provinda de uma luta de poder que perdura pelos séculos, desde a fundamentação de sociedade.
Me lembro de minhas aulas de Introdução a Filosofia e Sociologia na Faculdade. A professora "massava" muito a questão de que estamos envoltos de laços sociais e que na solidão tendemos à loucura e tal. Mas até que ponto sou um ser de origem social agindo sobre essa inter-ação ilusória? Os humanístas falam de uma relação dialógica do Eu-Tu, direcionando como unidade mínima de asssociação, ao contrário da Sociologia de Durkheim que diz ser a família o objeto mínimo de estudo.
Posso estar com pensamento de rebeldia ao não aceitar de prontidão as palavras de minha mestra e de seus célebres teóricos, mas acho que este egoísmo social deveria se preencher de um egoísmo maior: SOMENTE FAÇO O QUE QUERO... pode ser!!! A relação consigo mesmo é mais intensa e mais proveitosa. Das diversas vezes que temos uma iluminação racional, não a temos em um ambiente grupal, mas num dado momento só nosso. A intimidade é mais valiosa/valorosa que a atitude de muitos interagindo. O homem em grupo tende ao caos (holocáusto já falado). Quando de nossa ação no outro e com o outro, já há muito que tivemos um momento conosco.
Primemos por uma qualidade maior de nossas auto-relações (isso existe? pode ser que não nas formalidades científicas aceitas). Cuidemos meus amigos, por algo que tenha mais carisma e singeleza. Acredito que nelas estão as alegrias da vida.