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Cronicas-->O SONHO QUE TODOS GOSTARIAMDE SONHAR -- 20/01/2022 - 00:20 (Renato Souza Ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O SONHO QUE TODOS GOSTARIAM DE SONHAR

Renato Ferraz

 

Quem morre não volta para contar

como foi a sua passagem para o lado de lá

Nem como está sendo a sua experiência pós vida.

Nada se sabe sobre o local, os costumes, nem da partida

Outro dia alguém contou que teve um sonho importante

Desenvolvia-se no céu e ele achou superinteressante.

Era um gramado bem verde com um teto azul celeste

Saramago foi quem primeiro apareceu, à oeste

Caminhava lentamente e foi reconhecido

Carrancudo, tinha nas mãos um livro ainda não lido

No bolso da camisa uma folha de papel

com rabiscos de escritos e desenhos do céu

Um grupo de estudantes se aproximou e a ele perguntou

O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO, o que Jesus achou?

Saramago respondeu: nada disse ainda. No exacto momento ele falará.

Eu e ele temos muito o que conversar

Mais â frente sentado estava Drumond de Andrade

Creia quem quiser, estava sorridente e com cara de felicidade

Á sua frente uma pilha de livros, ele os abria e folheava

Depois um a um em cima do outro, ele os guardava.

Resmungava baixinho, “no meio do caminho, entre o céu e a terra, há o pecado. Há o pecado, no meio do caminho, entre o céu e a terra. Há o pecado!”

Era o seu primeiro poema feito no céu.

 

Quem vinha no sentido contrário a Saramago era Fernando Pessoa, que passou apressado, o cumprimentou e seguiu à passos largos.

Ia se disfarçar de Alberto Caeiro e depois este em Álvaro de Campos que por último acordaria Ricardo Reis. Todos tinham agenda lotada

Fernando Pessoa havia relido o novo poema de Alberto Caeiro: CONTRADIÇÃO

“O homem é um ser contraditório

É tão contraditório

Que faz uso da ciência para o bem e para o mal também”

 

Quem ouvia música e recitava um poema novo para Matilde, era Pablo Neruda: Ó Matilde amada, te amo porque te amo. Se não te amasse como te amo, o amor não seria amor. Te amo porque te amo...O amor só é amor porque sempre foi amor.

 

Um pequeno grupo mais distante tocava violão

Alguém conhecido por todos, tocava e cantava:

Tarde no céu:

Uma roupa simples para usar

O dia inteiro para descansar

Um céu que nunca vai acabar

E uma grama macia para se deitar.

Era Vinícius de Morais repassando a sua nova composição...

 

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