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Artigos-->M A N D E L A, o apóstolo da Paz! -- 03/02/2004 - 09:24 (Renato Souza Ferraz) |
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Mandela, o apóstolo da paz
O bom coração bate como proeza divina,
No corpo de homens de bem e mente sã.
O homem correto continua umbilicalmente
Ligado ao seu criador,
Às vezes, mesmo, sem o saber.
Não lhe importa o reconhecimento fútil,
Os aplausos fáceis e imediatos da dominadora e poderosa
Arma do século: a mídia.
Segue sua trajetória,
Caminha na sua trilha.
Mandela é homem reto e determinado,
Defensor da liberdade dos homens,
Como líder político da África do Sul
É-nos exemplo de vida!
É o pivor da luta contra a tirania do seu povo.
É como um cacto
que desponta no solo árido
da caatinga.
Uma flor exótica,
Nascida em plena adversidade do deserto.
Mandela é como um pássaro
Que nasceu para semear o pólen da paz.
Seu canto é de alegria, como o é das aves em liberdade!
No seu coração não há espaço para o ódio e o rancor;
Sentimentos que podiam tê-lo ferido mortalmente,
Durante os quase vinte e oito anos de cárcere.
Mandela é uma estrela rara no firmamento humano.
É astro-guia de terras longíquas que nasceu para brilhar.
Sua luz ofusca as trevas da opressão.
É um marco divisor das forças da tempestade
Do regime de segregação racial,
Mártir da história democrática e contemporânea da África do Sul.
Sua vida é uma história de luta, sofrimento e glória,
Contra o regime de opressão e racismo do seu povo.
OTAN, UNESCO e outras siglas deviam ser semeadas por
Homens de tal envergadura,
Assim o destino dos demais seria menos conflitante.
Muitos nascem, poucos germinam como deveriam.
A vida tem seus mistérios...
Os desígnios de Deus são tortuosos
E cheios de interrogações.
Mas homens como Mandela nos ensinam a árdua lição
De sofrer sorrindo, na esperança de um futuro melhor,
Mesmo que não seja imediato.
A história da humanidade mostra
que regimes de apartheid, totalitários e autoritários
Têm seu tempo e sua hora para acabarem,
Mas como uma onda, vão e voltam.
Há sociólogos e sociólogos...
Mandela vive a sociologia,
Sem precisar ser cátedra,
Enquanto outros opostamente o são sem vivê-la.
Mandela não precisa de subterfúgios
nem reeleição para provar a que veio,
Fez-se poder e dele sai sem ser contaminado.
Seu silêncio fala mais que a retórica demagoga
De outros líderes eloquentes,
Fascínoras do poder, disfarçados de estadistas
Por meios escusos.
Ó Deus,
No próximo milênio,
Dê-nos muitos Mandelas.
Que um nasça no Brasil,
E aqui não sofra mutação política.
Renato Ferraz
resofe@uol.com.br 08/05/99
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