Quando eu lia Lya
Aroldo Arão de Medeiros
Quando soube que Lya Luft faleceu, fiquei deveras triste. Não porque fui leitora assídua dessa escritora, tradutora e colunista mensal de revista de renome nacional e professora.
Tenho meus/minhas escritores(as) prediletos, porém tudo que cai em minhas mãos são devorados com ansiedade. Canções de Limiar foi o primeiro livro que ela publicou e que tive o privilégio de lê-lo.
Esboço, Inquietação, Poesia, Chamado e Sutil foram as poesias que mais me tocaram.
Em As Parceiras, Lya romanceia e cria personagens nada comuns, uma tia beata e outra tia anã.
Em a Asa Esquerda do Anjo ela relata a vida de uma personagem que desconfio que seja ela própria. Narra as aventuras e desventuras de uma mulher filha de um alemão e de uma brasileira.
Não vamos ficar aqui tecendo detalhes de suas obras, pois ela foi e será respeitada sempre que o assunto for literatura. Lya Lufter, como outras brasileiras merecem o respeito e admiração. Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Rachel de Queiroz, Cecília Meirelles, Cora Coralina, Adélia Prado, Nélida Piñon e Fernanda Young são algumas que me veem à cabeça no momento. Desculpem quem é fã de outras e que não citei.
A conjugação do verbo ler no Pretérito Imperfeito é a seguinte: Eu lia, tu lias, ele lia, nós líamos, vós líeis, eles liam. Quem for leitor frequente desta mulher deveria conjugar o verbo começando com eu lya. Mesmo em outros tempos do verbo tentar eu leyo, eu ly. Assim homenagearia a mulher que merece agora e sempre todo aplauso.
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