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Cronicas-->Rota das vinícolas -- 18/02/2022 - 16:38 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

       Rota das vinícolas

 

Aroldo Arão de Medeiros

 

     Quando uma pessoa imita alguém, ele e a família chamam de imitão. Sabe-se que a palavra não existe, mas continuarão usando, como também as que inventaram: romariar, para esnobar, pedantear ou ainda para quem é convencido, mala e marrento. Também usualmente é pronunciado pela família disfalçar, em homenagem à mãe que assim pronunciava a palavra disfarçar.

        O pai dele, uma vez por ano leva os filhos, genros, noras, netos e bisnetos para um passeio de confraternização.

        Já levou a tchurma em um barco que sai de Joinville e chega em São Francisco do Sul, denominado Barco Príncipe. O almoço, servido a bordo, com buffet livre, fortalece-os para uma caminhada na pacata e turística cidade.

        Duas outras vezes levou todos para um almoço no aprazível Restaurante Colonial Recanto das Flores, em Jaguaruna. Antes do almoço realizaram divertido bingo, sendo que os prêmios, são doações do querido pai.

        Como a prole é grande, oito filhos, no total divertem-se em torno de quarenta adultos e cinco crianças, ele não tem condições de financiar pernoites e por isso sempre faz programas de bate e volta.

        Ele, tremendo imitão, fez um pouco diferente, pois a prole é muito menor, três filhos, no total nove adultos e apenas uma criança, e como dispunham de mais tempo aproveitou um feriado e levou-os para um tour nas vinícolas do meio oeste catarinense, Rota da Amizade.

        Quando estava a aproximadamente 15 quilômetros do destino, entraram numa cidadela e viram uma casa com a frente ornamentada de vasos pequenos na parede. Flores multicoloridas, decoravam-na e era de uma beleza ímpar. Cinco minutos depois encontraram outra igual. Isso, na opinião do motorista que se perdera, pois o sinal de GPS sumira e repetira o mesmo trajeto. Resolveu prestar mais atenção nas placas para não dar mais vexame.

        De todos os participantes, quem mais se divertiu foi a neta. Ela tem somente 4 anos e, portanto, era a mais paparicada e fotografada.

        Tiveram experiência inenarrável em um dos jantares. O restaurante tinha pistas de boliche e o pessoal, com pouco conhecimento do esporte, jogava a bola como se fosse jogo de bocha. Atiravam para o alto e o barulho ensurdecedor incomodava quem estava jantando. Depois o barulho foi diminuindo porque os participantes que começaram a jogar conheciam do escrito e atiravam as bolas como devem ser arremessadas.

        Em todo passeio que realiza ele compra uma lembrança para si. O regalo é sempre o mesmo, um boné. Entrou com um filho em uma loja e escolheu um, mas para sua surpresa o filho disse-lhe para deixar aquele ali, pois já comprara um com o irmão para presenteá-lo. Com a voz embargada agradeceu e depois fez o mesmo com o outro filho.

        No retorno da visitação de uma vinícola, aconteceu algo que o fez quase ter um piriri. Não foi por causa das doses de vinhos degustadas. Voltando, como sempre em três carros, ele era o segundo da fila e o automóvel deu sinal de falta de combustível. Estava com a esposa e uma nora. A estrada era de chão batido. Estava escurecendo e posto de gasolina por perto nem pensar. A nora, pelo celular, depois de muito tempo, pois sinal de celular em zona rural é muito difícil, conseguiu comunicar o marido e o cunhado. Graças a Deus, e às orações, conseguiram chegar a um posto de gasolina onde o frentista e o trono do banheiro o esperavam.

        Na vinícola, a esposa dele, que não é fã de vinho, provava e fazia cara feia, pois o sabor que lhe era apetecível era o do vinho suave e não do seco. E também não era qualquer um com sabor delicado que ela apreciava. Tinha que ser doce, de preferência com quase meio quilo de açúcar por litro. Finalmente apareceu um de seu gosto e o marido abriu a mão e presenteou-a com duas garrafas.

        Depois do passeio uma nora agradeceu por ele ter proporcionado a bela viagem, dizendo-lhe:

        – Eu adorei o lugar, os passeios e as ótimas companhias de todos os familiares que puderam estar presentes.

        Depois, quando chegaram em casa, todos estavam empanzinados. O que é isso? Sem nada para fazer, desinteressados, sujos?

        Não é nada disso. É com a barriga cheia de tanta comida.

        Todos querem repetir e ficarem felizes por alguns dias, juntos de quem se ama.

     No final da viagem, ele comentou: “Somos um time se especializando em viagens, buscando nos conectar com as experiências vividas, realizando os sonhos de cada componente desse passeio.”

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