Mãe 2017
Aroldo Arão de Medeiros
Samuel – Mãe, faremos pequena homenagem para a senhora. Usaremos palavras que costuma empregar e, quase sempre, nos faz rir. E quando escutamos outra pessoa falar, lembramos com amor da senhora.
Rubens – Esperamos que, ao final, não nos premie com uma camaçada de pau.
Flávio – Perto de nós estão as nossas mulheres e, temos a certeza de que, diante delas, a senhora não vai nos deixar passar vergonha. Assim posto, iniciemos.
Samuel – A Jane troche um litro de azeite de Olívia para dar mais goxto na salada.
Rubens – Esperamos que, depois do almoço, planejemos nova festa e que a senhora deixe por nossa conta afirmando: Vocêx que sabe.
Flávio – Trocando um pouco de assunto, mãe, quando ficarmos em dívidas, qual carro novo será o nosso próximo? Deveremos comprar um Colan?
Samuel – Uma das noras preparou como sobremesa, arroz doce, banana nevada, cassata e outro doce que agora não lembro qual é. O que desejamos é que a senhora coma, goste e não diga: Não sou de doçura.
Rubens – Samuel, a mãe pode falar o que quiser. Não podemos é perder a boquinha lá na casa do pai. Entendesse?
Flávio – Mãe, como o figo de boi tem vitaminas A, B, C, cobre, zinco, esperamos que a Inês (Agnes) goste e coma bastante.
Samuel – Nas travessas de inôx tem bastanta coisa que a senhora gosta.
Rubens – A gente espera que o surraxco esteja no gosto da senhora, que por enquanto é a única mãe entre nós.
Flávio – Da partileira vieram a mox muxcada e o xuxi.
Samuel – Para terminar vou falar igual a senhora: “Seus abobados. Porque que tu, Samuel, não calaaboca”.
Samuel, Rubens e Flávio – Ahhh, faltou apenas uma. Nós só dissemos tudo isto porque amamos demais a senhora.
Aroldo Arão de Medeiros
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