BRASILIDADE (Por Escritor ADhemyr Fortunatto):
O PAULISTA - DEITADÃO NUMA VARANDA:
---Ô mãe, nóis tem aí pomada pra mode queimadura de taturana?
---Pru que, meu fio? Uma taturana encostou no cê, é??
---Não, mãe... Mas ela tá cada vez mais perrrtinho...
O BAIANO - A MÃE DELE VAI VIAJAR. E PERGUNTA:
---Quer que a mãinha lhe traga alguma coisa da viagem, meu dengo?
---Ô, mãinha... Por favô, me
traga um relógio que diz as horas.
---Ôxe, meu cheiro... E o seu não diz não?
---Diz não, mãinha... Eu tenho de olhar nele pra saber...
DOIS MINEIROS DA ROÇA...
---Uai... Será que tá chovendo? --- Pergunta um.
---Não sei, não, ué... --- Responde o outro, que picava fumo.
---Vai lá fora e dá uma oiada...
---Vai ocê... --- Retruca o que picava fumo, e que não ia parar, não.
---Por que eu, ué?
---Por que tô é picando fumo, num tá vendo não?
---Então, chame o nosso cachorro.
---Uai, chama ocê... --- Responde o picador de fumo, já irritado.
Aí aquele que não picava fumo, chama o cachorro.
O animal entra na tapera. Para e deita de costas para os dois.
---E então... Tá chovendo? --- Pergunta o picador de fumo.
Aí outro só respondeu, todo folgado:
---Num tá chovendo não, pro móde que o cachorro tá sequim, sequim...
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Escritor ADhemyr Fortunatto.
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