Não posso com as tuas mãos ríspidas que me tocam...
Sinto medo de possuído e, tudo, o meu deleite contesta.
Estou de franjas, babando nas sandálias, curvando ao cheiro de flores.
O tempo não sabe quem sou se, nele, confundidamente, passo...
Há os bosques que só rodopio, e plataformas em alturas banhando-me de céu.;
Há um instante em que penso em minha estrela: minha cor vermelha, parindo na serenata, teus olhos rubros...
Sou da tua mão, sou do teu pé e, quando queres, contraste de tudo.
Sou a tua volta o mundo, de cabeça para baixo, nu, no abstrato do sentido:
Sei te amar porque a ti ouço, e a ti vejo dentro do ruído do mundo e, não peças-me tu que me acalme, me aflige...posso suportar ser feliz, contigo, isento de tudo!
Solidão que me apalpa, venci o medo de vencer, perdi
O medo de perder.; não quero mais a razão da vida.
Olho dos lados, ao redor, do que eu quis...
As planícies estão abertas, sedentas do mundo do olhar a conspirar o luar,
inteiro, nos meus dias de Ser.
À noite, intercala-se febril o sorriso com a chama, o vento com o pó, a dor com a lágrima.; nada mais posso querer, nada mais devo pedir: Deus está exposto nas pálpebras e nos ouvidos do outro, nunca reticente, atento ao meu mundo .
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