Genérica e tacitamente aceite e determinado pelo trono da inteligência colectiva, só pelo temor a algo de físico ou espiritual se consegue manter a massa humana em estado de suportável equilíbrio.
Daí, além da impossível ideia da ressureição terrena, há ainda a possibilidade de se viver uma outra vida após a morte, uns em esplendoroso céu, outros em penitente purgatório e, para aqueles de imperdoável comportamento enquanto vivos, eventua-se a condenação a perpétuo inferno.
Interrogo-me: como podem caber atoardas tais em raciocínios lúcidos e sensatos em face da inequívoca realidade física?
Bem... Sobre tão imbrogliante assunto, nem para desenvolver mais dá. A cadeia argumentativa constituiu-se numa montanha que sequer um rato dá à luz. O gato come todos os ratos antes dos heróicos bichinhos nascerem.
António Torre da Guia
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