65 usuários online |
| |
|
Poesias-->Violão Solitário -- 21/04/2000 - 11:37 (Renata Marques) |
|
|
| |
Diz tudo o silêncio
diz mais que as falas
E a canção do silêncio
diz mais que o som de um violão solitário
Eu adoro fechar os olhos
sentir a brisa no rosto
e ouvir a mudez da natureza
o silêncio dos amantes noturnos (...)
Minha mente divaga e minha alma avança
Mas quando tudo está silente
e o universo inteiro parece dormir
escuto vozes distantes
melodias marcantes
e imagino imagens difusas de um rosto sorrindo
de dedos que tocam
de braços que abraçam
de lábios que murmuram...
Sei que estou bem perto pra achar
Não há disfarce algum que pode ocultar no silêncio
o som de um violão solitário
nem fingi-lo onde não exista
Escuto o som de cordas suaves que são únicas e pessoais
Vou seguir as pegadas na areia
mas a noite chegou e a maré subiu...
A lua se esconde silenciosamente
e uma sombra se perde na linha infinita do horizonte
Vejo essa canção como o desafogo de uma grande emoção
que me abafa o espírito
enturva-me a razão
Sinto os pingos de chuva na pele
e finjo não enxergar o abrigo
Quero deitar na areia molhada e interrogar as estrelas:
Como encontrar o que está perdido no infinito com medo de ser reprimido?
Sinto o gosto de uma lágrima salgada
uma lágrima muda e testemunha de uma mágoa
Alguém está chorando
o violão está tocando
e ninguém está escutando
ou todos fingem não escutar
|
|