“Responda, objetivamente, qual o sentido da vida? Você acredita em Deus?” Esta é a pergunta que muitos fazem, porque não se contentam com a vida e as circunstâncias nas quais ela se desenvolve. Assim, pensam em uma outra melhor do que ela. Mas muitos de nós não conseguimos acreditar nessas idéias, por mais atraentes que sejam.



Os unicelulares são relativamente imortais. Absorvem nutrientes, aumentam 100% e replicam-se. Não morrem a não ser que sejam destruídos.



Mas os pluricelulares não têm o mesmo destino: têm um determinado tempo de vida e, como os vegetais, deixam apenas os seres resultantes de suas sementes para perpetuação das espécies.



Os chamados irracionais não acham a vida sem sentido: fazem tudo ao seu alcance para permanecer vivos.



Os chamados racionais, por sua vez, posto tenham tantos inventos para melhorar a vida, não raro não a aceitam e a destróem.



Insatisfeitos com uma vida curta, homens imaginam uma outra que não teria fim nem teria sofrimentos. Assim, vivem à espera de vida. Vivem sonhando com um paraíso, o único sentido que lhes parece ter a vida.



Os hebreus contentavam-se com a promessa de que seus descendentes iriam dominar o mundo. Já os cristãos ganharam uma promessa muito melhor: eles próprios virem um dia a ser donos do mundo.



Os hebreus nunca dominaram o mundo, mas devem acreditar que um dia o farão. Assim também, os cristãos têm certeza de que um dia “herdarão a Terra”. Esse é para eles o sentido da vida; melhor do que a promessa em que criam ou crêem os judeus.



Um dos criadores da Bíblia já dizia:



Ora, para aquele que está na companhia dos vivos há esperança; porque melhor é o cão vivo do que o leão morto. Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.



Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe o teu vinho com coração contente; pois há muito que Deus se agrada das tuas obras. Sejam sempre alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vida vã; porque este é o teu quinhão nesta vida, e do teu trabalho, que tu fazes debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças; porque no Seol, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Eclesiastes, 9: 2-10).



Concordamos com ele em que “não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer que a sua alma goze do bem do seu trabalho” (Eclesiastes, 2: 24).



Quanto ao mais, não conseguimos, como diz o Anticristo, aceitar uma “VERDADE TÃO INVERÍDICA”.

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