Usina de Letras
Usina de Letras
153 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62210 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50604)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140796)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Padre, ser ou não ser? -- 09/03/2023 - 13:04 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

     Padre, ser ou não ser?

Aroldo Arão de Medeiros

     Enrico Romano nasceu em Indaial. Descendente de família que educava os filhos na fé católica foi mandado para São Paulo, estudar no Colégio Marista Arquidiocesano. Esse educandário embora não forme padres, com a experiência de mais de 160 anos o capacitou a desenvolver indivíduos íntegros, humanistas e transformadores. Todo interno recebe orientações cristãs, o que propiciou a Enrico o gosto pela igreja.

     Formou-se em pedagogia e lecionou no próprio Colégio Marista por dois anos. Entretanto, pretendia viver como a maioria dos jovens e resolveu dar voos mais altos. Começou, porém, com movimentos rasantes, vendendo e comprando ouro em São Paulo.

     Com tino para negócios, aventurou-se e partiu para Blumenau, onde começou no ramo imobiliário como auxiliar, adjunto, faz-tudo de um pequeno escritório. Esperto, dois anos depois abriu o próprio negócio, a Imobiliária Romana.

     Progrediu rápido, construiu para si uma grande casa, com piscina e todo o conforto. Nos fins de semana visitava os pais e parentes em Indaial, vindo a conhecer aquela que seria sua companheira até os dias de hoje, Giovana, que significa agraciada por Deus.

     Ela, formada em fisioterapia, trabalhou vários anos até se aposentar. O marido presenteou-a com uma academia, que ela frequenta, sem ter o compromisso de ficar o dia inteiro nela, pois passou a coordenação para uma das filhas.

     Encontrei o casal numa viagem que fiz para o Leste Europeu. Ele citou as igrejas que havia visitado: Catedral de São Vito, em Praga; Igreja de Matias, em Budapeste; Igreja de São Pedro, em Munique; Frauenkirche, igreja dedicada a Nossa Senhora, em Nuremberg; Catedral de Regensburg, em Regensburg, na Alemanha.

     Falou que sempre que visitava uma dessas igrejas, rezava para que a viagem continuasse boa como estava acontecendo e lembrava que um dia pensou em ser padre.

     Um outro caso me foi contado pelo meu fisioterapeuta. Colocarei as palavras, à minha maneira, e pedirei em seguida para que ele aceite algumas mudanças que fiz na história e nos nomes dos envolvidos.

     A começar pela personagem principal que receberá o spitzname de Klaus Dalsenter.

     Nascido na terra da Santa Madre Paulina, Nova Trento, foi crescendo cercado de religiosidade por todos os lados. Iniciou como coroinha, membro da Legião de Maria, depois pertenceu ao Grupo de Jovens Colo de Deus e foi catequista, não esquecendo que foi coroinha durante anos auxiliando o sacerdote.

     Na hora certa, os pais o encaminharam para o Seminário Diocesano Santo Amaro, em São Paulo. Cumpria com entusiasmo os preceitos cristãos e tudo levava a crer que seria um bom padre. Porém nas visitas que fazia a sua cidade, reparava que os amigos de sua idade divertiam-se com as namoradas e ele ficava de lado. A fé foi diminuindo, até que seis meses antes da ordenação, conversou com o bispo, expos seus fundamentos e pediu dispensa do curso teológico.

     Como era muito querido, o primaz aceitou e impôs-lhe a condição de que, caso se arrependesse, as portas da igreja estariam abertas a qualquer tempo. O bispo sugeriu que ele se apresentasse no Colégio Pio XII, atual Colégio Cardeal Pacelli, em Três de Maio, no Rio Grande do Sul. Como era formado em Teologia, lecionou nesse colégio até se aposentar.

     Durante as aulas fazia grande sucesso com as moças. Era alto, olhos verdes, bonito. Gostou da cultura gaúcha e aderiu ao CTG - Centro de Tradições Gaúchas. Compôs músicas para diversos festivais realizados naquelas plagas e vizinhanças. Com um toque especial, organizava pequenos festivais de música e, com o passar do tempo, adquiriu experiência para sair um pouco da zona de conforto que era Três de Maio.

     Não demorou muito e uma bela ragazza interessou-se por ele. O amor foi correspondido. Casaram-se, tiveram filhos que os amavam e, mesmo ele não estando mais presente, ainda o amam e lembram-se dele com muito carinho e admiração.

Ambas as histórias me chamaram a atenção porque, mesmo tendo desistido de se tornarem padres, continuaram por toda a vida servindo a Deus.

 

 

Comentarios

Gilmar Dalsenter  - 09/03/2023

Maravilhoso

O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 16Exibido 89 vezesFale com o autor