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Cronicas-->32. PASSO DE CORAGEM -- 09/08/2001 - 10:28 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Até escritores famosos tremem, quando se trata de vir ao posto da psicografia.

Imaginem-se, caros amigos, autores de dezenas de obras literárias sérias, honestas, conceituadas. Depois, ponham-se as vasculhar as idéias que as fundamentaram e descubram inúmeros contrastes com os pontos evangélicos em estudo no etéreo. Será que teriam ànimo de comparecer perante o público, para declarar que estavam errados, que a verdade era outra, que a vaidade do mundo se infiltrara nos corações?

Apesar da facilidade técnica, os escritores temem revelar-se inferiores, pois o humano saber lhes dá sentido autóctone em relação aos pares, como se as estruturas mentais é que lhes definissem os passos da vida e lhes dessem características indefectíveis e imperturbáveis. Donos de seu estilo, tais seres deveriam sentir-se sempre iguais, de forma que, se se apoiarem em outros princípios, não serão reconhecidos e de nada lhes terá valido o sucesso e a fama.

É problema muito sério, que todos deveremos resolver, antes de nos apresentarmos para os ditados, mesmo quando em vida não tenhamos passado de simples analfabetos. É que os dramas são pessoais, são intransferíveis e são pungentes.

Esta é a principal razão de estarmos consignando o escrito sob a epígrafe da coragem, pois há que se ter impregnada a convicção da verdade na coluna vertebral do caráter.

Quando, então, o tradutor dos pensamentos e sentimentos não se afina com as vibrações mais sutis dos estremecimentos conscienciais, sendo rudes na transferência para o humano linguajar, aí mais haverão os melhor dotados que temer o descompasso e o desalinho doutrinal e filosófico. Nestes casos, repetem-se, indefinidamente, as lições mais conhecidas, sob domínio da mente do médium, impedindo os mentores que sensações mais sutis sejam comunicadas, para que não venham a ser desvirtuadas.

Não há aí, verdadeiramente, necessidade de muita coragem, para enfrentar os percalços das manifestações?

Se estivéssemos dirigindo as apreciações para a conduta mais adequada dos companheiros encarnados, diríamos que deverão estar constantemente com os livros nas mãos, para o aprendizado oportuno. Se preciso fosse, recomendaríamos que voltassem aos bancos escolares, para novas aventuras no campo do saber. Só assim se porão aptos a receberem as mensagens mais perfeitas, eivadas de conceituações complexas, propícias a oferecerem soluções para os problemas mais agudos, pois nem sempre as leis podem ser aplicadas a grosso modo. Há que se conhecer as sutilezas da letra e a funcionalidade dos ensinamentos.

Mas estamos tão-só relatando as dificuldades espirituais, de sorte que daremos trégua aos amáveis leitores.

Duvidamos que todos os problemas levantados por Kardec em O Livro dos Médiuns se tenham colocado para enfrentamento de cada um. É uma delícia a leitura esclarecedora, mas a oportunidade do conhecimento factual não se inteira sem a correspondente experiência epistemológica, sustentada pelo fator do circunstancial que só o empirismo proporciona.

Há quem leia o parágrafo anterior e, imediatamente, estabeleça a crítica, apontando diversas falhas conceituais. Há quem só sinta o forte desejo de abandonar o texto, dada a complexidade inerente aos conceitos. Mutatis mutandis, se o indivíduo for analfabeto, o problema nem se coloca, passando em brancas nuvens. Eis que a simplicidade das imagens nos conduz com segurança para a explicação que desejávamos, qual seja, a de que os desníveis culturais é que dão o colorido a ser empregado nos textos.

O estudo da receptividade do público é fundamental para os escritores encarnados e, de certo modo, não é desprezível para os autores espirituais. Efetuá-lo é de lei na Terra, mas exige muita ponderação e sabedoria no etéreo, onde as responsabilidades se fazem presentes como atos de consciência. Deixando claro: no justo instante em que se delibera pelo enunciado de algum pensamento e se escolhe a melhor forma de apresentá-lo, também trabalha a consciência, no sentido do julgamento contemporàneo, havendo de o indivíduo estar preparado para exposições desagradáveis, caso as tendências apontem para outro sentido, por força de estarem sendo incompatíveis com os ideais evangélicos.

Pensamos ter caracterizado a necessidade da coragem.

Eis que perpassamos por séria crise, para podermos registrar estes aspectos não muito comuns, como se as manifestações do grupo não fossem alcançar leitor algum. Ao mesmo tempo, não podíamos oferecer nenhum dado perturbador, pois os encarnados não estão afeitos às perquirições de ordem tão intrínseca junto à psique. Quase sempre se dão por satisfeitos, quando chegam a enquadrar os textos nos paràmetros estabelecidos, sem desejarem ampliar os conhecimentos, no temor de ofenderem a Divindade com ousadias doutrinais, como se Deus não fosse misericordioso e não perdoasse as investidas investigantes em campos não explorados pela mente humana.

Quando estamos temerosos, aí, mais que nunca, há que se ter muita coragem, para se dar o próximo passo rumo ao desconhecido.

Estendi-me demasiado nos conceitos e impedi que o texto apresentasse a espécie de problemas que carreei para o etéreo, na última jornada. Em todo caso, devo referir-me ao fato de que fui espírita e de que jamais admiti qualquer novidade no campo doutrinal. Se Kardec não apreciou, não me permitia acatar qualquer desenvolvimento, restringindo-me às verdades reveladas, com o mesmo temor que a pusilanimidade tem de derrubar o dogmatismo católico. Meu medo era o de pecar.

Penso que o texto tenha deixado claras as consequências desse hábito, pois não foi sem tremer que me expressei o tempo todo, conquanto me sentisse fortemente amparado pela equipe. Afinal de contas, não estamos apresentando-nos para fazer desfilar teorias próprias, mas para demonstrar que estamos aptos à pregação evangélica.

Não é verdade que um dom a ser desenvolvido é o da vigilància, para que tudo adquira sentido cármico? Então?! Nada será melhor para concretizar as informações do que saber o que se está fazendo, para o que deveremos sempre e cada vez mais dedicar-nos aos estudos.

Fechando o ciclo, damos por encerrado o trabalho, rogando ao Pai que ampare os amigos na leitura, para a compreensão exata dos dizeres. Buscar chifres nas cabeças dos cavalos seria o apogeu da idiotice. Isto não seria coragem mas temeridade e nós não pretendemos ter chegado a tal ponto.

Como derradeira propositura, estariam os confrades preparados para apresentar trabalhos como estes, assim que desembocarem na espiritualidade? Pois saibam que não há fugir deles.

Otacílio.


Em tempo.

Dentre os diversos discursos da turma, há alguns que nos foram oferecidos por autores de nomeada. Saberiam os amigos apontar quais?
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