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Cronicas-->Personagens -- 04/01/2024 - 06:46 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

     Personagens:

Aroldo Arão de Medeiros

     Nas crônicas, este metido a “artista da palavra”, aproveitou-se, em várias situações, para dar vida a personagens, criando uma identidade, utilizando pessoas, conhecidas por ele ou não.

Tentou fazer existir pessoas que o público pudesse identificar. Por fim, sempre mostrou alguma falha da qual padecesse seu herói (personagem).

Em “3 ou 7 de setembro” ele aproveita os alunos que desfilam no Dia da Independência e faz um relato de como gostaria que fossem os desfiles de hoje, relembrando os de antigamente. Para exemplificar a diferença entre os anos sessenta e os atuais, eis algumas pitadas retiradas das crônicas que produziu.

Não posso deixar de ficar indignado, pois do que eu mais gostava era, todo ano, desfilar ao som da fanfarra no dia 7 de setembro.

Os tempos mudaram para valer.

Na minha infância, nos dirigíamos até a concentração de calça curta, cabelo cortado, penteado e melado com Gumex.

Não parava por aí.

Nós não podíamos, na fila, sequer mascar chicletes. Hoje até celular os garotos carregam no bolso e, o que é pior, tocando músicas!

Outra protagonista aproveitada por este simples escrevinhador foi uma fisioterapeuta. Diferentemente do causo anterior essa história é bem mais recente. Nela os elogios necessários são usados quase em todo o relato. Curtam comigo.

Ela coordena minhas atividades físicas há mais de três anos. Vou para as aulas e, mesmo saindo cansado, retorno faceiro.

Além da admiração, cabe uma ressalva, o desembolso para atividades extras.

Era época de Natal e para ela, que estava em férias, veio a calhar. Não tinha qualquer compromisso e ganharia uns pilas extras, fazendo o que sabe e gosta.”

No discorrer do autor, se ressaltam os méritos dos gaúchos.

Gaúcha de quatro costados, nela se destacam a honra, o empenho e a fidalguia.”

Deixemos a seriedade de fora do próximo exemplo e partamos para algo mais leve. Usaremos Januária, a personagem mais desligada que conheci, e comecemos com algo que se relaciona com o faz-me-rir.

“- Januária querida, onde está o dinheiro de seu salário?

- Está no meu apartamento. Por quê?

- Você continua passando cheques? Como é que, sem fundos, o banco vai pagar?

- Ele não paga? Pergunta a ingênua jovem.

Januária e um primo desligado igual a ela.

Pegaram galhos de árvores, jornais, lata de margarina vazia e uma garrafa de álcool, e atearam fogo. Um detalhe, o chão onde esse circo foi armado era o piso da edícula (puxado) de sua avó. Depois que o fogo conseguiu pegar, os dois foram brincar de bafo com as figurinhas de futebol. Esqueceram totalmente da fogueira, só se lembraram quando sentiram o cheiro de queimado. Correram e foram apagar o fogo com o resto que sobrou da garrafa, álcool. Ficou de castigo por uma semana.”

Januária um dia foi ingênua, sem ter uma desculpa convincente.

“- Januária, não tirastes o primeiro lugar no concurso?

Ela bem tolinha respondia:

- Não, seu Arantes, a máquina trancou e eu nem bati o meu nome.

Até agora meus personagens foram adolescentes e duas jovens. Pelo que tenho conhecimento são seres humanos que falam, caminham, se alimentam e exercem atividades físicas. O próximo personagem, não é uma pessoa. Não é tão jovem quanto um adolescente. No Brasil está quase extinto de tão velho e não se locomove mais nessa imensidão, por falta de apoio do governo. Ele não fala, porém quando se aproxima de uma travessia ou chega ao seu destino ele fala, cheguei, soltando um apito. Ele não caminha, se desloca sobre trilhos. Ele não se alimenta como nós. O personagem que será lembrado agora, se alimentava de carvão. 

Que tal passearmos de trem numa viagem vivida há muito tempo?

Nos passeios cruzava com todo tipo de gente, carregando as mais estrambóticas cargas. Malas que chamavam a atenção pelo estado deplorável, embrulhos malfeitos onde a maioria carregava seus sonhos.

Eis as classes de pessoas que estavam ao meu lado no percurso para a alegria.

Havia engraxates, biscateiros e, provavelmente, mulheres de vida fácil, que eram sempre as passageiras mais difíceis para eu identificar, pois recentemente tinha deixado os cueiros.

Só não choro de saudade, porque dizem que homem que é homem não chora.

Mantenho até hoje gravado nas retinas os viageiros carregando galinhas, ovos, galos de briga, pássaros, cachos de bananas e balaios e mais balaios de laranjas.

Se você quer me doar alguns personagens para as próximas crônicas, envie-me rápido, pois a quantidade que tenho anotada, ou na memória, é extensa. Porém, fique tranquilo, meu coração é grande e sempre tem lugar para mais uma pessoa, animal, ou quaisquer outros seres vivos, ou mesmo inanimados, participarem das minhas histórias.

 

 

 

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