Há volta de quarenta anos, quando pela primeira vez li "A SELVA", de Ferreira de Castro, logo adiante, ao traduzir "selva" para "humanidade", fiquei indignado com o autor: - Ora, este gajo está mesmo a comparar-me com um bicharôco qualquer!...
Hoje, ao cabo de 66 anos de existência, constato que Ferreira de Castro foi sem dúvida muitíssimo lisonjeiro com os seus semelhantes: fez tão só subentender por "selva" o que deveras é uma autêntica "fossa". Mais: alguns, que são diarreia absoluta, até se fingem de cagalhões...
António Torre da Guia
O Lusineiro |